terça-feira, 12 de outubro de 2010

ON THE ROAD (DICA DE LIVRO)


On the Road (Pé na estrada em português) é considerado a obra prima de Jack Kerouac um dos principais expoentes da Geração Beat estadunidense, sendo uma grande influência para a juventude dos anos 60, que colocavam a mochila nas costas e botavam o pé na estrada. Foi lançado nos Estados Unidos da América, pela primeira vez em 1957.

Responsável por uma das maiores revoluções do século XX, On the Road escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano a partir da viagem de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriaty – que atravessaram os Estados Unidos de costa a costa. Acredita-se que Sal Paradise, o personagem principal, seja o próprio Jack Kerouac. 

Também são encontrados no livro alguns escritores na forma de personagens, como Allen Ginsberg, como Carlo Marx, e William Burroughs, como Old Bull Lee.

É um livro que influenciou a música, do rock ao pop, os hippies e, mais tarde, até o movimento punk.


Em 2003, o escritor Dodô Azevedo e a fotógrafa Luiza Leite refizeram a rota percorrida por Kerouac e produziram um livro onde avaliam o legado da obra do escritor para o século XXI. O Livro chama-se Fé na Estrada.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Quando eu tive o primeiro contato com o termo Beat foi por meio das músicas e textos referente as bandas de Rock americanas do final dos anos 60, como por exemplo, a banda The Doors, a qual sempre fui muito fã, e em sua biografia  seu líder, o vocalista e letrista Jim Morrison cita On the Road de Kerouac tal como o poeta  Willian Burroughs, entre outros.

Eu tinha 17 anos e sempre fui fã de música e de qualquer literatura referente a esse assunto. A minha curiosidade sobre o livro de Kerouac foi crescendo na medida em que, por meio dos meus ídolos juvenis, via On the Road como grande influência para esses ídolos serem o que foram.  No Brasil, músicos célebres, como o rockeiro Renato Russo, se diziam fã deste livro magnífico:

"Talvez tivéssemos, teríamos tido, tivéramos filhos/Estava lhe ensinando a ler
On the road e coisas desiguais"
 
(Trecho de La Nuova Gioventú música de Renato Russo)

Os anos se passaram e agora aos 31 anos tive o previlégio de ler On the Road e entendi o porquê este livro influênciou tanta gente e me perguntei o por que não o li antes? Pois bem, apesar da demora achei muito positivo poder o ler com uma certa maturidade, pois a mensagem de liberdade e aventura que ele nos traz faria com que eu ignorasse tudo e a todos naquela época e literalmente fizesse com que eu metesse os pés na estrada sem olhar para trás. 

Comprei uma edição em forma de livro de bolso da editora L&pm com tradução de Eduardo Bueno que conta também a sua aventura em traduzir este livro para a língua portuguesa nos anos 80 em um belo postácio. 

O livro me envolveu tanto que um dia o perdi no meio do caminho de casa, após o trabalho, e no outro dia imediatamente comprei outra edição para ler de onde eu tinha parado. O herói do livro, Dean Moriaty, é uma figura tão emblemática que no decorrer de minha leitura o imaginei com a fisionomia de um Jim Morrison misturado com James Dean.

Esse, sem dúvida nenhuma foi o livro o qual ao chegar próximo ao fim fui diminuindo a velocidade e a regularidade da leitura com medo de terminá-lo e por fim, terminar uma viagem que desfrutava sempre quando no trem ou no mêtro seguia, hora a caminho do trabalho, hora à casa de minha namorada.

On The Road é um livro para espíritos livres que acreditam que as experiências humanas devem ser exploradas para o crescimento pessoal e intelectual de cada ser.



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