sábado, 15 de outubro de 2016

OS LOBOS (HISTÓRIAS DO ROCK NACIONAL)



































Os Lobos é uma banda de rock formada por Dalto e Cristina (voz), Ronaldo (guitarra), Cássio (guitarra), Fábio (teclados), Francisco (baixo) e Cláudio (bateria) na cidade de Niterói (RJ) no início da década de 1970. Faziam  um rock psicodélico nos moldes dos Mutantes, chegando a lançar alguns discos pelo selo Top Tape. Posteriormente Dalto segui carreira solo, conseguindo emplacar alguns hits como "Flashback" e "Muito estranho". 
Fonte: Brazilian Nuggets.

























Banda emblemática dos anos 60/70, com seu som que mescla o acústico e o elétrico, com harmonias bem elaboradas unidas a melodias marcantes e a ritmos como o Charleston, o Rithim and Blues e o Rock, OS LOBOS emplacaram vários hits como “FANNY”, “SANTA TERESA”, “O HOMEM DE NEANDERTHAL”, “LET ME SING, LET ME SING” entre outros.


































Participaram de grandes eventos como o VII Festival Internacional da Canção, Som Livre Exportação, ao lado de nomes como Raul Seixas, Elis Regina, Ivan Lins, além de trilhas de novelas e do cinema. Em 2010, a música “MIRAGEM”, título do 1º LP da banda, foi incluída na trilha sonora do filme “1972”, de José Emílio Rondeau e Ana Maria Bahiana e que esteve em cartaz em salas do Rio e São Paulo.


































No ano de 2013 OS LOBOS tiveram sua obra lançada em coletânea pela gravadora DISCOBERTAS do produtor Marcelo Fróes e sua biografia em livro do jornalista Nélio Rodrigues, em evento no Teatro Municipal de Niterói no dia 6 de Setembro.

Da formação original estão o seu fundador, o guitarrista Cássio Tucunduva e o cantor Antonio Quintella.
Fonte:https://www.facebook.com/bandaoslobos




Os Lobos: a volta dos psicodélicos de Niterói
Por Silvio Essinger 05/09/2013 

RIO - Para muitos, eles são apenas uma banda de Niterói, do final dos anos 1960, da qual saiu o cantor Dalto, famoso alguns anos mais tarde por canções como “Flashback” e “Muito estranho”. Mas Os Lobos têm uma história mais extensa, que ultrapassa a adoração pelos Beatles e Rolling Stones e passa pela revolução psicodélica. Para comemorar a reedição pelo selo Discobertas de “Miragem”, seu primeiro LP, lançado em 1971, o grupo reformado fez em 2013, no Teatro Municipal de Niterói, um show para lembrar as músicas desse e de outros discos. Capitaneado por dois integrantes que participaram desse álbum (o guitarrista Cássio Tucunduva e o vocalista Antônio Quintella), Os Lobos voltam dispostos a retomar sua história de rock, fazer mais apresentações e gravar mais discos.

— A banda se desfez ainda nos anos 1970, voltou e ainda chegou a gravar um LP para a Niterói Discos em 1991 — conta Cássio, que já acompanhou cantores como Tim Maia, Sérgio Ricardo e Alceu Valença. — Mas logo depois paramos de novo. Aí teve o lançamento de um livro sobre o rock de Niterói e a inclusão da música “Miragem” no filme “1972” (de Ana Maria Bahiana e José Emílio Rondeau, lançado em 2006). Depois, o (pesquisador) Nelio Rodrigues veio nos entrevistar para o volume 2 do livro “Histórias perdidas do rock brasileiro” e o Marcelo Fróes (da Discobertas) se movimentou para relançar o LP. Resolvemos então voltar a tocar.


















Grupo de sucesso nos bailes na região serrana do Rio de Janeiro, Os Lobos conquistaram sucesso de rádio com a canção “Fanny”, gravada em 1970 para o selo Savoya (do organista Ed Lincoln). Logo depois dela, Dalto foi seguir outros caminhos, a banda trocou de tecladista (saiu Fábio Motta e entrou Fred Vasconcelos) e mudou de orientação musical.













— A gente era muito influenciado pelos Beatles, mais aí veio Jimi Hendrix, com outra cores. Entrou algum LSD na história e aí compusemos a música “Miragem” — conta Cássio sobre essa canção que acabou virando marca do grupo, com seu arranjo à la The Byrds. — O Antônio Quintella era místico, ligado às filosofias orientais e daí veio aquela letra, dos versos “e era história colorida / quase caleidoscopial / as suas cores entendia / maravilhado então fiquei”.

— Eu tinha visões quando criança e acabei evoluindo para a filosofia iogue, pensava em ser monge, mas depois vi que não era para mim — revela Quintella, grande fã dos Byrds, que chegou a cantar blues nos Estados Unidos, teve carreira solo lançada por Nelson Motta e fez parte do grupo de Tim Maia.

Gravado no estúdio da Musidisc, na Lapa, o LP “Miragem” reúne composições de banda (a faixa-título, o charleston “Seu Lobo”), de Luiz Carlos Sá (“Homem de Neanderthal”, “Santa Teresa”) e de Dalto ( “Pasta dental sabor chiclete”), além de curiosidades como a balada “Avenida Central”, de Paulinho Machado, que contou no LP com um luxuoso quarteto de cordas. Como “Fanny” e outras gravações para a Savoya não foram liberadas pela família de Ed Lincoln para o relançamento, o CD de “Miragem” vem então com raras gravações que o grupo fez para festivais da canção — caso de “Let me sing, let me sing” e “Eu sou eu, Nucuri é o diabo”, que lançariam, em 1972, a carreira solo de um certo Raul Seixas.















— Nossa intenção no show é reproduzir com fidelidade os arranjos das nossas gravações — avisa Cássio. — E não tem essa de baixar os tons por causa da idade, queremos fazer um show impecável, como naquela época.
Fonte: http://oglobo.globo.com/

Formação clássica

Dalto (voz)
Cristina (voz)
Ronaldo (guitarra)
Cássio (guitarra)
Fábio (teclados)
Francisco (baixo)
Cláudio (bateria)

Formação atual

Cassio Tucunduva ; Antonio Quintella ; Denise Pinaud; Rogerio Fernandes ; Danielli Espinoso e Francesco Nizzardelli.

Discografia

Compacto I (1970)























Compacto II (1970)























Miragem (1971)














sexta-feira, 14 de outubro de 2016

PENSAMENTO EM BOB DYLAN





























Se até Dylan
tornou-se conservador
de poeta porta voz
da contracultura americana
à protestante cristão fundamentalista
símbolo da antiguerra do Vietnã
à garoto propaganda de carros no Super Bowl,
o chamam hoje reacionário 
eu o defino homem de pensamento sem amarras
sua obra um tando superestimada
mas sem dúvida nenhuma a mais bem-sucedida
de cantor folk à Nobel da literatura
é para poucos ou para ninguém
Se até Dylan furou a bolha
demagoga da utopia
para viver em um mundo real
ele é a pura Metamorfose Ambulante 
um contador de histórias
crítico da realidade
da natureza humana!
Foi ele sempre
um capitalista de fato
acumulando o quanto possível
de uma riqueza incalculável
provando que o pensamento não é imutável
Jokerman da provocação
Se até Dylan
mudou de opinião
tantas vezes quanto quis
só posso enfim afirmar:
eis aí um homem realmente Livre!

Igor Motta
14/10/2016





segunda-feira, 10 de outubro de 2016

SOM IMAGINÁRIO (HISTÓRIAS DO ROCK NACIONAL)




























Som Imaginário foi uma banda brasileira formada no princípio da década de 1970. Criada primeiramente para acompanhar o cantor Milton Nascimento no show "Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário". Contou com a participação do músico Wagner Tiso antes de sua carreira solo. O músico Frederyko (ou Fredera), também pintor, escultor e jornalista, era o guitarrista. Tavito (violão), Robertinho Silva (bateria), Luiz Alves (baixo), Naná Vasconcelos (percussão) e Zé Rodrix (vocais e piano) foram outros músicos que mais tarde ganharam notoriedade que também passaram pela banda.






























O grupo passou por várias mudanças de formação e lançou no total três discos. Matança do Porco, provavelmente o mais progressivo, contou com os vocais de Milton Nascimento. Além deste artista, o Som Imaginário acompanhou em gravações MPB-4, Taiguara, Marcos Valle, Gal Costa, Odair José, Carlinhos Vergueiro, Sueli Costa e Simone, dentre outros.





























Em 2012, depois de quase 40 anos depois da última apresentação do grupo, a reunião de Wagner Tiso , Luiz Alves, Robertinho Silva , Tavito e Nivaldo Ornelas no projeto “Wagner Tiso e o Som Imaginário" , tornou-se um momento histórico para a MPB e para a memória das raízes da nossa música instrumental. Com apoio do Sesc, o grupo fez 3 apresentações na unidade do Belenzinho e depois não parou mais.























Cidades como São Paulo, Brasília, Sorocaba e Araraquara lotaram seus teatros e aplaudiram a volta do grupo ao circuito musical.

Em Belo Horizonte, o show levou mais de 5 mil pessoas à Praça do Papa.

No início de 2013, o maestro Wagner Tiso, preocupado em buscar uma sonoridade ainda mais autêntica e “progressiva”, como era nos anos 70, convidou o guitarrista Victor Biglione para ser o sexto integrante do grupo.





























Em sexteto, o show do “Som Imaginário” fechou a Virada Cultural de São Paulo com um show memorável no Theatro Municipal e também estreou no Rio de Janeiro, na casa de shows “Circo Voador”, onde consagrou-se definitivamente como um dos mais importantes grupos musicais do Brasil e está em atividade até hoje.




Wagner Tiso e Som Imaginário


























Depois de 40 anos do primeiro LP do "Som Imaginário" , Wagner Tiso convida Nivaldo Ornelas, Robertinho Silva , Luiz Alves Tavito e Victor Biglione para relembrarem  arranjos e canções  do grupo, que é considerado "seminal" da Música Instrumental Brasileira .

Criado , inicialmente, para acompanhar Milton Nascimento no show "Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário", sua formação inicial incluia Wagner Tiso, Luiz Alves Robertinho Silva e Zé Rodrix.




























Depois, o grupo teve muitos outros participantes nas suas diversas  fases:  Tavito e Fredera, no auge do sucesso do grupo ; depois  chegaram Nivaldo Ornelas, Toninho Horta , Nana Vasconcelos, Jamil Joanes e Paulo Braga, na última fase mais instrumental.

A fusão entre o erudito, o jazz, o regional e o rock progressivo, poderia classificar o "Som Imaginário" , que abriu um novo conceito musical no Brasil e deu características peculiares a discos importantes  do Milton Nascimento como "Clube da Esquina" e "Milagre dos Peixes".

A penúltima apresentação do "Som Imaginário" foi em 1974, no show ao vivo “Milagre dos Peixes”, com Milton Nascimento. Depois, o grupo se reuniu em 1976 antes do maestro Wagner Tiso ir morar em Los Angeles.






























A Cronologia da Volta 




























Em 2012, a reunião de Wagner Tiso , Luiz Alves, Robertinho Silva , Tavito e Nivaldo  Ornelas no projeto “Wagner Tiso e o Som Imaginário" , tornou-se um momento histórico para a MPB e para a memória das raízes da nossa música instrumental.


























Com apoio do Sesc, o grupo fez 3 apresentações na unidade do Belenzinho, em São Paulo, para o projeto Álbum,  e depois não parou mais.

O Som Imaginário já esteve em cidades como Brasília , Sorocaba, Araraquara e Belo Horizonte, onde o grupo reuniu 5 mil pessoas na praça do Papa.





























O encontro com Lô Borges foi no Sesc Itaquera.

No início de 2013, o projeto Wagner Tiso e Som Imaginário fechou a Virada Cultural de São Paulo com um show memorável no Theatro Municipal, recriando o LP "Matança do Porco".






























A partir do show do Theatro Municipal de São Paulo, Wagner Tiso, quis aproximar a sonoridade do grupo ainda mais ao estilo "progressivo" do som que era feito na década de 70 e, assim,  convidou o guitarrista Victor Biglione para ser o novo integrante do Som Imaginário.

No dia 15 de Agosto de 2013, com o show na casa "Circo Voador", no Rio de Janeiro, o grupo se consagrou definitivamente com uma apresentação histórica, que arrancou mais de 8 minutos de aplausos no final e a certeza de que a obra do Som Imaginário continua viva e atual.


(...) Impressionado com o talento de Lô, Milton começou a fazer algumas músicas junto com ele e a gravá-las em seus discos. Foi assim que, hoje, clássicas canções como "Para Lennon e McCartney", "Alunar" e "Clube da Esquina" foram registradas no disco Milton, que ele lançou em 1970, sempre com o parceiro Márcio Borges fazendo as letras e participando de uma maneira ativa dessas composições.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, surgia um grupo que, num futuro bem próximo, se tornaria o embrião musical do disco Clube da Esquina, o Som Imaginário. Formado pelo núcleo Robertinho Silva (bateria), Wagner Tiso (teclados), Luíz Alves (baixo), Tavito (violão), Laudir de Oliveira (percussão) e Zé Rodrix (teclados, voz e flauta), o Som Imaginário era essencialmente um grupo de rock progressivo, mas com influências jazzísticas e de bossa nova.

A banda havia sido formada no ano de 1970 para o espetáculo Milton Nascimento e Ah! O Som Imaginário, que fez um enorme sucesso, dando um impulso à carreira de Milton e resultando no disco Milton, gravado no final daquele ano. Antes disso, o show ? inicialmente planejado apenas para o Rio de Janeiro ? passou por São Paulo e Belo Horizonte. O sucesso dessa empreitada animou a chamada "turma de Minas" a tentar alguma sorte no Rio de Janeiro. Vários músicos se mudaram para a cidade em busca da tal efervescência cultural. "O Som Imaginário se tornou uma espécie de porto seguro para o pessoal novo, que estava chegando de Minas", lembra Wagner Tiso. E todos eles viam  Milton Nascimento como o elemento aglutinador de tudo isso." Extraído do Livro "Coração Americano" - de Rodrigo James/ publicitário e jornalista, graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).  

Formações

Atual: 
Wagner Tiso - piano Nivaldo Ornelas - sax / flautas Robertinho Silva - bateria Luiz Alves - baixo Tavito - violão Victor Biglione - guitarra

Formação clássica

Wagner Tiso - piano e órgão
Tavito - violão
Luiz Alves - baixo
Robertinho Silva - bateria
Frederyko atualmente mais conhecido como Fredera - guitarra
Zé Rodrix - órgão, percussão voz e flautas

Outros integrantes

Laudir de Oliveira - percussão
Naná Vasconcelos - percussão
Nivaldo Ornelas - saxofone e flauta
Toninho Horta - guitarra
Paulinho Braga - bateria
Jamil Joanes - baixo
Fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre, google e somimaginario-oficial.blogspot.com.br

Discografia

Som Imaginário (1970)
























Som Imaginário (Nova Estrela) (1971)
























Matança do Porco (1973)
























Com Milton Nascimento em Milagre dos Peixes ao Vivo (1974)














sexta-feira, 7 de outubro de 2016

OS EXCÊNTRICOS TENENBAUMS (DICA DE CINEMA)






































A dica de hoje vai para um filme que quando cheguei ao final pensei: como não tinha visto este filme antes!, trata-se de The Royal Tenenbaums (br: Os Excêntricos Tenenbaums; pt: Os Tenenbaums – Uma Comédia Genial) é um filme norte-americano de 2001, do gênero comédia, dirigido por Wes Anderson. A história da família Tenenbaum é narrada pela voz de Alec Baldwin, que dá o tom exato entre fábula e comédia de costumes à sua estranha trajetória.














Conheci o trabalho de Wes Anderson pelo ótimo "O Grande Hotel Budapeste" de 2014, realmente este é um diretor que pensa fora da caixinha, impressionante como estes dois filmes são atemporais, a fotografia dos dois são bem parecidas, uma característica que me parece ser a assinatura do diretor. O que mais gostei em "The Royal Tenenbaums" foi a forma que o diretor consegue tratar assuntos pesados e espinhosos com uma leveza e um humor tão peculiar, além é claro da ótima trilha sonora, que contou com clássicos do rock britânico como Beatles, Clash e Stones. Com um elenco estrelado que só o fato de conter nele o ator Gene Hackman, já valeria a pena assistir, sou fã deste cara, mas além dele o filme conta com ótimas interpretações de Bill Murray, Owen Wilson, Gwyneth Paltrow, Luke Wilson, Ben Stiller, Anjelica Huston e etc. Uma curiosidade do filme é que ele foi narrado pelo ator Alec Baldwin.  Encontrei este filme pesquisando na net dicas de títulos para assistir na Netflix, e ao ler as críticas, constatei que realmente o filme faz jus a todas estrelinhas que ganhou. Abaixo deixei uma ótima resenha do site Omelete sobre o filme da data de seu lançamento, escrito por Ederli Fortunato:

OS EXCÊNTRICOS TENENBAUMS









Royal Tenenbaum é um advogado de sucesso, que compra uma casa com jeito de castelo - incluindo bandeirolas nas torres - para alojar a família. Como num desenho animado, cada uma das crianças tem seu quarto num andar diferente, e todos são gênios. Chas, um rei das finanças que investe em imóveis aos onze anos; Ritchie, um fenômeno do tênis; e Margot, uma dramaturga que escreve a primeira peça aos nove anos.












Royal é um canalha, a mulher, Ethel, coloca-o porta afora e, mais tarde, o filho o processa e cassa seu registro de advogado. Ele vai à falência, mas como é um malandro de deixar brasileiro com orgulho - apesar de gringo - continua morando num hotel com todo conforto até ser enxotado de lá também. Se apenas com esse pequeno resumo, você já se sente em meio a um hospício, amarre os cintos porque a coisa ainda não terminou.











A princípio, a história não é nada original. Arrependido de suas sacanagens passadas, como dizer a todos e, a cada instante, que Margot é adotada, Royal (Gene Hackman) tenta se reconciliar com a família. A diferença está na realização.
















Os filhos, adultos, parecem congelados em seu momento de glória, apesar de já não serem os gênios maravilhosos de antes. Margot (Gwyneth Paltrow) continua usando os mesmos vestidos e o mesmo rosto inexpressivo. Ritchie (Luke Wilson), apesar de ter afundado sua carreira, continua com seu uniforme de tenista. Chas (Ben Stiller) trocou o terno por agasalhos, mas isso não é um elogio. Para sua volta ao lar, Royal inventa que está morrendo, e Ethel (Anjelica Houston) acredita não uma, mas duas vezes na mesma cena. Tudo isso apimentado pelo amigo de infância chapado Ely Cash (Owen Wilson), que sempre quis ser um Tenenbaum, Danny Glover, como o contador de Ethel, e seu pretendente, e Bill Murray como o analista e marido (traído) de Margot.


















A sensação de uma realidade um tanto doida continua com os capítulos de um livro que aparecem introduzindo as cenas numa Nova York sem táxis amarelos e superpovoada de camundongos dálmatas. Com tudo isso, dizer que o filme tem um final feliz parece estranho, ainda mais que uma das personagens morre, mas não é isso que interessa. O grande barato dos Tenenbaums é a viagem de conhecê-los.    
Fonte: https://omelete.uol.com.br








SURTO CONTEMPORÂNEO

I

O Intelectual Brasileiro

Intelectual brasileiro
destila seu veneno
tudo o que valha ao próprio ego
é parasitário
esquerdista partidário
compõem bossa na praia para passarinhos
saraus são tão monótonos
como a substância do seu pensamento
intelectual brasileiro
vampiros da vanguarda
querem que cobrem meia
mas querem receber inteiro
passeiam na Paulista de sandália
coque samurai no cabelo
de barba cheia e muito bem aparada
adoram qualquer música que tenham batucada
intelectual brasileiro
é vegano, feminista, marxista e LGBT
um pouco de tudo e muito de nada
intelectual brasileiro
consegue num discurso inteiro
o que talvez se resuma numa palavra
arrogantes
cagam regras
narcisistas sem espelhos
apedeutos diplomados
fazem passeata
adoram uma mamata
e fazem vista grossa
e choram se a cerveja artesanal
do botequim da moda não estiver gelada
se julgam rebeldes
são tão infantis
revolucionários com mesada
Intelectual brasileiro 
Fala mau da globo mas não dispensa o cachê
faz ponta em novela estereotipada
escrevem sobre realidades não vividas
de dores nunca sentidas
e te olham de cima para baixo
com ar de superioridade
já perdi meu tempo com estas linhas
obrigado pela inspiração!
vê se não se meta na minha
vá caçar coquinhos
e leve com você seu banquinho
e seu enfadonho violão
e não me encha o saco!

II

O Lar dos Covardes

Eles abandonaram a maturidade 
e preferiram a inocência 
largaram o nosso rock
por uma malemolência 
tão endêmica
que tornou tudo, tudo, tudo
muito mais careta
eles foram manipulados 
mas não largaram a soberba
tornaram-se aquilo
que combatiam,
recusavam e enfrentavam
fizeram "oposição" a favor
só se for 
mesmo
neste canto verde febril do planeta
o poeta pediu
Brasil
mostre a sua cara!
mas você
preferiu
se esconder atrás de uma máscara
de uma falsa "anarquia"
importada do primeiro mundo
e ainda reclama quando a mesada atrasa!
enquanto o verdadeiro povo 
continua a pagar sua conta
isso mesmo, vá e se esconda
procure abrigo no lar dos covardes!

III

O Amigo

Olha o amigo aí
"amigo dos pobres"
amigo do inimigo
inimigo do povo
amigo imaginário!

Olha o amigo lá no alto
avoando no jato
olhando pra baixo
lavando dinheiro
sorriso amarelado
"amigo da África"
amigo de Cuba!

Olha o amigo lá
na folha de pagamento
contando dinheiro
convencendo convertidos
apenas um grupinho 
tão pequeno que já foi tão grande!
traindo um país inteiro

sobraram apenas os míopes
classe média vermelha
e abaixo à hipocrisia
quem diria que o amigo aí
seria o pai do desemprego, 
do desamparo, da volta da inflação
será que ele não entendeu o que o povo mais anseia

contar com um amigo de verdade,
daqueles que dividimos os dias
amigo no trabalho, na escola ou na feira
amigo que se queira!
olha o "amigo" do pai aí
capitalizando o capital alheio
em nome da filantropia
Quem diria, Marx também queria
cuba libre já!

IV

A hipocrisia é um ateu que reza em segredo
é o moralista novo do politicamente correto
é o socialista que acumula riqueza
e o rico blasé que tem crises de consciência.

É o líder que se diz porta voz do povo
que ele mesmo nunca ouve.
É o crítico do sucesso alheio pela inveja
e a inveja disfarçada de indignação.

A hipocrisia realmente é um político nato.
É o promíscuo que não gosta de palavrão
e o virtuoso da boca pra fora
é aquele cristão só da porta da igreja pra dentro.

É o pastor avarento!
A hipocrisia é um odioso
que vive cobrando amor
do outro. 

V

A supervalorização do prazer
chegou em seu ápice na modernidade
um surto generalizado de hedonismo 
como se o prazer fosse o único bem 
intrínseco da vida

A nossa busca pela felicidade não tem nada a ver com isso,
a ela servimos cada dia de nossa luta individual
em busca do esperado sentimento do dever cumprido,
da realização completa de nossos valores mais íntimos

servimos melhor a qualquer coletividade 
respeitando a individualidade de cada um
e nos sentimos mais livres quando aprendemos isso,
e o efêmero uso de recursos artificiais para alimentar nossos egos,
de prazeres enlatados, só resultaram em grandes frustrações

A depressão será tão certa quanto as horas dos dias,
nenhuma maquiagem dura na cara por tanto tempo
e alteradores de consciência são muletas feitas de madeira fraca,
um dia te levará ao chão e então terá que se apoiar na realidade a força,
e essa busca louca por prazer a todo custo não valerá a escravidão eterna do próprio vício 
é o que eu tenho dito!

VI

Faça uma coreografia sem sentido, 
recite um texto desconexo,
crie um cenário disfuncional
toque um instrumento desafinado
seja irritante!
batuque incessantemente uma mesma batida
faça performances escatológicas
dê aquele toque retal
e as chame de "transformação subjetiva do corpo".
diga que o feio é belo
cante semitonado  
faça colagens infantis 
modele uma escultura disforme
rabisque qualquer coisa de tinta e o intitule de abstrato
justifique tudo com a soberba do seu nada
escreva poesia sem rima
invente novas palavras
faça um monólogo polissilábico sobre um mesmo tema
chame um amontoado de som e imagens de "cinema"
"invente" uma dança disrítmica
fique desnudo gratuitamente 
saia fora de qualquer contexto
chame isso tudo de nova arte
e ganhe a opinião da crítica acéfala!

VII

A verdade sempre foi uma "Persona non grata" no vocabulário de um hipócrita!

VIII

Nenhum Romance (Nova Canção)

As drogas que te fazem a cabeça
te aprisionam e escravizam
Anulam qualquer resquício
da personalidade que já teve um dia
Você se tornou figura do próprio clichê
um fantoche do próprio vício
E não há nenhum romance 
neste seu suicídio!

Ninguém mais te levará a sério
Ninguém mais lhe dará ouvidos
Olhe bem para o espelho
e eu te apresento o teu inimigo
E não há nenhum romance
neste seu suicídio!

A realidade pode ser difícil 
as vezes precisamos de uma boa dose de alienação
mas prazeres artificiais cobram um preço caro
use melhor sua imaginação
busque a arte, o trabalho, a amizade
e a real liberdade lhe dará atenção

Pense alto eleva seu espírito 
assumir erros é a tua porta 
para própria evolução
sempre podemos escrever uma nova canção
Olhe bem para o espelho
e reconheça o teu inimigo
porquê não há nenhum romance
neste seu suicídio! 



Igor Motta
2016











quarta-feira, 5 de outubro de 2016

EL CUERPO (DICA DE CINEMA)






































Minha dica de cinema hoje vai para "El Cuerpo", um Thriller policial espanhol dirigido por Oriol Paulo de 2012, estrelado por José Coronado, Hugo Silva, Belén Rueda e grande elenco, disponível na Netflix. Sou um grande fã do gênero suspense de filmes, e de um tempo para cá tenho encontrado no cinema estrangeiro, principalmente as de língua espanhola, ótimos títulos.   












Foi o que aconteceu com o "El Cuerpo", um suspense daqueles que nos prendem a atenção, uma história muito bem contada e costurada, onde a morte é um fio condutor para uma trama intrigante e com ótimas interpretações. Um detetive veterano e traumatizado, um necrotério, um corpo desaparecido, um suspeito e um final cheio de reviravoltas e inesperado. Por isso hoje indico este ótimo filme para os fãs de cinema. 














Sinopse


O detetive Jaime Peña (José Coronado) esta investigando o caso de um corpo desaparecido do necrotério, após um guarda-noturno do local ser atropelado. O corpo é de uma poderosa mulher, Mayka Villaverde (Belén Rueda). Há muitas questões sem resposta e ninguém parece ser quem diz, ao mesmo tempo que escondem algo sobre o passado de Mayka. Ele conta com a ajuda do marido dela, mas uma intrincada rede de interesses surge no meio da investigação.