terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O CENTENÁRIO QUE FUGIU PELA JANELA E DESAPARECEU (DICA DE CINEMA)





















Pensem em Forrest Gump só que com 100 anos, foi este pensamento que me veio ao ver o filme sueco 'O Centenário Que Fugiu pela Janela e Desapareceu' neste fim de semana. Allan Karlsson o protagonista é um um senhor que no dia de seu aniversário de cem anos, resolve fugir literalmente pela janela do asilo de onde era um interno querido se envolvendo em grandes confusões. Baseado no romance best-seller de Jonas Jonasson, a história improvável de Allan karlsson, é divertida, emocionante e surreal. 

Como Forrest Gump, Allan karlsson sempre foi um homem atrapalhado. Apaixonado por explodir coisas desde a infância, que lhe renderia convites inesperados de grandes ditadores à cientistas do século XX. Com muita história pra contar, ainda mais com essa idade, muito mais do que o próprio Forrest poderia imaginar.  

Gosto de filmes que conseguem trazer leveza e humor para situações delicadas principalmente quando tratam de fatos históricos verídicos, diferente de Forrest Gump não há dramalhão em o 'O Centenário Que Fugiu pela Janela e Desapareceu' e sim muita ironia. Comédias de situação sempre são meus preferidos, e este filme é prazeroso do começo ao fim, ótimo para ver em família numa tarde de domingo, em vez do mais do mesmo da desesperadora TV dominical, disponível na Netflix. Mais um filme que eu recomendo neste meu humilde blog.


Sinopse

O Centenário Que Fugiu pela Janela e Desapareceu

Durante a sua longa existência, Allan Karlsson não só foi testemunha dos eventos mais marcantes do séc. XX, como foi parte integrante de alguns deles. Hoje está num lar de idosos e sente-se inconformado com a vida que lhe foi imposta. No dia em que cumpre o seu 100.º aniversário, resolve escapar da festa que lhe prepararam e desaparecer. Veste a sua melhor roupa, sai pela janela do quarto e segue em direcção ao mundo, decidido a usufruir do tempo que lhe resta, longe da monotonia daquele lugar. Sem qualquer plano em mente ou desejo particular, o velho senhor apenas sabe uma coisa: vai fazer o que lhe manda o seu coração aventureiro e não o que lhe ditam todos os que julgam saber o que é melhor para si. A aventura da sua vida começa verdadeiramente quando, na paragem do autocarro que o levaria para fora dali, Allan pega inadvertidamente numa mala cheia de dinheiro roubado. De mala e bengala na mão, o ancião transforma-se no alvo de um perigoso gang que não olha a meios para recuperar o que é seu. Mas, apesar do seu século de vida, Allan Karlsson não é propriamente uma vítima indefesa...
Escrito e realizado por Felix Herngren, uma comédia romântica sobre recomeços que adapta o "best-seller" internacional escrito, em 2009, pelo jornalista sueco Jonas Jonasson.

Título original: The 100 Years Old Man Who Climbed
De: Felix Herngren
Com: Robert Gustafsson, Iwar Wiklander, David Wiberg
Gênero: Comédia, Aventura
Classificação: M/12
Outros dados: SUE/Croácia, 2013, Cores, 114 min.  

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

FILOSOFIA PARA CORAJOSOS - PENSE COM A PRÓPRIA CABEÇA - LUIZ FELIPE PONDÉ (DICA DE LIVRO)






































Em "Filosofia para Corajosos" de Luiz Felipe Pondé, o que me chamou mais a atenção logo de cara quando peguei o livro para ler, foi seu subtítulo: "Pense com a Própria Cabeça". Onde ele usa como exemplo a linguagem de Friedrich Nietzsche, onde pensar com sua própria cabeça ou fazer história da filosofia vista pelos seus próprios olhos é 'aprender a falar sua própria língua'. E fazer isso não é tarefa para covardes. É necessário ter coragem para dizer o que se pensa. Ainda mais no mundo contemporâneo cheio de patrulhamentos ambidestros, do politicamente correto e do hedonismo narcisista exagerado.

'Pensar com a própria cabeça' vem sendo um exercício mental em minha vida, lógico que ter pensamentos originais é quase impossível nos dias atuais, então não tirar conclusões apressadas sobre qualquer assunto, faz parte deste exercício diário. Mudanças significativas aconteceram em minha vida por conta disso. 

O que mais me identifico em Pondé é sua honestidade intelectual e sua linguagem simples ao tratar da complexidade da História da Filosofia, é bom saber que além de mim, existe alguém, neste caso um pensador de notoriedade, que reafirme posições os quais em sua maioria conclui sozinho, acerca do mundo em minha volta. 

Quando penso em 'Pensar com a própria Cabeça', lembro logo das discussões sobre política de Facebook, o quanto somos idiotas ao tratar opiniões contrárias as nossas, penso sobre comportamento humano, e o quanto de gente vazia e de cabeça oca existem por aí opinando sobre tudo, quase sempre sentimentalmente, rara as exceções do uso da razão e de bons argumentos e conteúdo, repetindo e repetindo clichês, dando Ctrl + C e Ctrl + V  mental ou literalmente de tudo o que outros dizem, tudo bem se lhes faltam repertório, neste caso ouçam e leiam mais, antes de falarem ou escreverem seus textões. Vivemos uma era de ressentidos, já falei sobre isso, onde as pessoas são extremamente sensíveis e cheias de direitos, aos pensadores honestos intelectualmente que não tem medo de pisarem em ovos para tratar de assuntos desagradáveis, eis um livro ótimo para refletir e nos dar mais coragem, que eu mais do que recomendo, um ótimo livro para deixar na cabeceira de nossas camas, para nos lembrar em 'pensar com nossas próprias cabeças' e que a 'Filosofia' ainda é a maneira mais prazerosa de se fazer isso.

Sinopse

O objetivo deste livro é ajudar o leitor a pensar com a sua própria cabeça. Para tal, o filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé, autor de vários best-sellers, se apoia na história da filosofia para apresentar argumentos para quem quer discutir todo e qualquer tipo de assunto com embasamento. Afinal, os grandes filósofos estudaram, pensaram e escreveram sobre os temas essenciais com os quais ainda lidamos no mundo contemporâneo. O livro está dividido em três partes: "Uma filosofia em primeira pessoa", onde o autor conta como ele entende a filosofia; "Grandes tópicos da filosofia ao longo do tempo", que traz um repertório básico dos temas que todo mundo precisa conhecer mais a fundo; e "Por que acho o mundo contemporâneo ridículo?", uma análise ferina da sociedade atual.