quinta-feira, 24 de março de 2016

VINYL (DICA DE SÉRIE)





















Definitivamente o cinema hoje se sustenta com as suas grandes produções, em entreter e criar espetáculos visuais, sonoros e recheado de muita tecnologia e efeitos especiais, bons roteiros nem sempre são prioridade. O papel de contar boas histórias ficou mesmo para a TV e a internet, nos últimos tempos as séries de TV desempenham esse papel e com maestria. 














Eu acompanho algumas séries, difícil assistir a todas, as produções cresceram muito, três exemplos que destaco aqui e as que mais curti e ainda curto são 'Mad Men', 'Breaking Bad' e 'Game of Thrones', séries bem distintas uma das outras mas, que se destacaram pelos ótimos roteiros, suas grandes produções e sensacionais interpretações de seus ótimos elencos. 














Hoje estou fascinado por uma nova série, ainda no 4º capítulo, 'Vinyl'. Fui arrebatado primeiramente pelo assunto principal que a série aborda: 'a indústria da música dos anos 70 nos E.U.A'. Com a direção de Martin Scorsese, o roteiro de Terrence Winter e a produção de Mick Jagger. Como dar errado? sem chance. 
















Sou fã de rock and roll e além de ouvir gosto de ler e assistir tudo a respeito do gênero, em toda biografia que li até hoje o que me fascina bastante são as histórias de bastidores e a isso a série se destaca. A série é recheada de clichês já conhecidos como o sexo, drogas e rock and roll que somado a violência, capitalismo selvagem e dramas pessoais, dão o tom sinistro e tragicômico fascinante a toda trama. 

A trilha sonora é um deleite para qualquer fã de música e as reconstituições de época, shows e as interpretações de grandes astros do rock são outro. 













Não sei onde a série vai me levar mas, a viagem até aqui já foi o suficiente para eu eleger essa, como a minha série preferida do momento. 
















Crítica | Vinyl é a primeira grande série do ano
Por Bruno Carvalho
















[Texto sem spoilers] Com apenas um episódio estendido de duas horas já é possível antever que Vinyl está para a indústria musical assim como Mad Men esteve para a publicidade. Ela ao mesmo tempo romantiza e desconstrói conceitos deste meio, trazendo uma visão interna e viva direto do epicentro de seu auge. Além disso, representa um casamento simbiótico entre a direção de Martin Scorsese, o roteiro de Terrence Winter e a produção de Mick Jagger. É a threesome perfeita da TV.

Richie Finestra (Bobby Cannavale), é o fundador e presidente da gravadora American Century Records que, no agitado ano de 1973, começa a perder esperanças na indústria musical quando sua empresa está sob a ameaça de ser vendida para o grupo alemão PolyGram. Num contexto onde a recessão econômica favorece o surgimento de novos ritmos vindo dos guetos e a proliferação de casas de show e discotecas, o desafio de Finestra é o de encontrar a salvação de sua empresa, enquanto enfrenta diversos demônios pessoais, entre eles o que fez com o talentosíssimo cantor Lester Grimes (Ato Essandoh) durante sua trajetória ascendente nos anos 60.
















Assim, a escolha de Scorsese para dirigir o intenso piloto de duas horas é ideal para dar o tom do restante da série. Não à toa seu passado comandando grandes exemplares de filmes de gângster encaixa-se perfeitamente com o tema de Vinyl, que envolve os obscuros acordos de bastidores e uma constante queda de braços de gigantes do mundo da música. Ele comanda todos os 120 minutos do piloto com absoluto vigor e energia, tornando este um de seus melhores e mais marcantes trabalhos do alto de seus 73 anos.

À frente da tela está Bobby Cannavale, um dos melhores intérpretes de nossa geração, que aqui se entrega totalmente ao papel. Enérgico, estourado e muitas vezes inconsequente, Finestra é a personificação do sujeito inquieto e inconformado, que é capaz de absolutamente tudo para se tornar o melhor. Liderando um time de figuras pitorescas (que inclui personagens de Ray Romano, PJ Byrne e a ótima Juno Temple) na American Century Records, Finestra está à beira de uma crise pessoal que é amplificada por acontecimentos marcantes (não darei spoilers). Já sua esposa, a bela Devon (Olivia Wilde), está afastada dessa “vida” e funciona como uma espécie de âncora moral.
















É aí que a produção de Mick Jagger, que vivenciou de perto toda essa montanha-russa musical do primeiro carrinho, traz a contextualização de época que torna Vinyl imperdível, abordando não só as questões sociais (como a segregação de negros e a libertação feminina), como também conferindo um acesso VIP aos bastidores da música. Assim, não raramente veremos referências a artistas, bandas, músicas e acontecimentos reais, que misturarão com a ficção graças ao orgânico roteiro de Terrence Winter.






















Vinyl já pode ser considerada a primeira grande série do ano, além de mais um grande acerto da HBO. É uma adição obrigatória ao calendário de todo fã de uma boa história na TV.

Vinyl estreiou em 14 de fevereiro à meia-noite na HBO. Os demais capítulos irão ao ar todo domingo no mesmo horário, com reprises ao longo da semana e também na plataforma online HBO Go.
Fonte: http://www.ligadoemserie.com.br/

   

domingo, 13 de março de 2016

TRUMAN (DICA DE CINEMA)






















Assisti ontem o filme argentino/espanhol - Truman, um ótimo filme daqueles que você vê sem muitas expectativas, apesar de saber que nele há um grande elenco. Conheci o cinema argentino a pouco tempo, coisa de cinco anos para cá, me tornei um grande fã de los hermanos, até agora não tive nenhuma decepção, vi filmes sensacionais e até médios mas, nunca ruins. Em sua maioria e são os filmes que mais nos chegam no Brasil, com o astro argentino e grande ator Ricardo Darín. 


Geralmente filmes argentinos contam com muitos bons atores mas, a presença de Ricardo Darín tornou-se um tipo de selo de qualidade, o último filme que vi com sua participação antes de 'Truman' foi o ótimo 'Relatos Selvagens' de 2014. 

Mas para você, que não conhece a produção argentina, recomendo começar pelo filme que também me iniciou: 'O Segredo dos seus Olhos' de Juan José Campanella, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2010. 

Falando de Truman, ele é um filme sensível, um roteiro simples mas como sempre, bem contado e interpretado, um drama bem humorado, envolvente, uma história de amizade e amor que nos prende a atenção e nos emociona até o fim.

Sinopse
Dois amigos de infância, separados por um oceano, se encontram depois de muitos anos. Eles passam uns dias juntos, lembrando os velhos tempos e grande amizade que se manteve com os anos, tornando-os inesquecíveis, devido o seu reencontro ser também o último adeus. 

Crítica
Maior nome do cinema latino americano, Ricardo Darín é daqueles atores raros que conseguem transformar histórias simples em um grande filme. Seu novo projeto, Truman, em que retoma a parceria com o diretor Cesc Gay três anos após O Que os Homens Falam, talvez fosse apenas um bom longa sem o ator. Com ele, é uma grande obra. (Lucas Salgado)
Fonte: www.adorocinema.com

terça-feira, 1 de março de 2016

O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 14) CÉSAR VALÉRIO

César Valério





















César Valério é um artista essencialmente versátil, com sutileza e agressividade, expressa em suas músicas, em tom retrospectivo, paródias e paradoxos do dia a dia. Com uma tendência teatral mosaica e um visual indefinido, traz a modernidade à flor de suas letras inspiradas e uma expressão musical e visual instigante por se descobrir o que há por trás das cortinas do palco. 
  
Como músico é inspirado por várias classes diferentes, indo desde Kiss, Raul Seixas, Originais do Samba, Dave Matheus Band, Secos & Molhados e Bob Marley, nascido numa tradicional família de músicos, aos 7 anos de idade tocava bateria, mais tarde passava a desenvolver-se em violão, baixo e mais tarde guitarra, hoje aos 26 anos é compositor, produtor musical e articulador de produções em que se mete a fazer. Por ser multi-instrumentista, tem, por assim dizer, a harmonia de uma banda inteira dentro da cabeça, facilitando e agilizando seus trabalhos musicais. 
  
Antes de seguir seu próprio caminho e se manifestar como Artista Solo, César contribuiu em bandas cover como baterista, e em outros diversos segmentos musicais foi baixista, guitarrista e vocal, colhendo através do tempo preparo para expressar por si mesmo a sua música e tomar seu lugar como o próprio Front Man, o próprio intérprete. 
  
Suas tendências místicas se misturam em sua arte e músicas, o que o torna imprevisível no próximo show ou trabalho, sempre reciclando seus próprios conceitos e visões, busca também inspiração e parcerias com outros músicos e compositores, a maré o leva a produzir e gravar trabalhos de outros artistas e parceiros expandindo assim o alcance e o foco de sua capacidade e leitura artísticas na Música e no palco, contribuindo para o próprio trabalho e também realização de outros artistas. 
  
César Valério diz que sua inspiração e motivação são as mensagens que ele tem a passar através de suas músicas e shows, o que é um fator essencial no visual e presença de palco, ao vivo é onde tudo acontece, ele diz que tocar o coração de cada um que esteja em seu show, abri-lo e depositar vibrações boas através de toda energia que emana do palco, é o seu dever e está a cumprir!
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/

Discografia

O Eterno (2016)