sábado, 9 de abril de 2016

BOA NOITE, MAMÃE! (DICA DE CINEMA)





















Assisti hoje o filme 'Good Night Mommy' ou Boa Noite, Mamãe! (Título que saiu no Brasil), um suspense austríaco dirigido por Veronika Franz e Severin Fiala. Para assistir este filme eu peguei a dica de Carol Moreira em seu próprio canal no youtube, Carol também trabalha no site Omelete de cultura pop. Carol aconselhou no vídeo para quem quiser ver este filme, que não leia nada sobre ele e nem mesmo veja algum trailer e foi justamente isso que eu fiz e vou dizer o porquê.















O filme é um suspense daqueles que o final guarda a grande surpresa, pode até ser que os mais atentos cinéfilos descubram o grande segredo da trama antes do fim mas, de qualquer forma este filme é no mínimo perturbador, fazia tempo que não via um suspense tão bem feito como este. Me lembrou uma época boa para este gênero, a década de 90, filmes como 'Seven - Os Sete Crimes Capitais', 'Possuídos', 'Os Suspeitos' e etc. 











Além da ótima trama, das boas atuações principalmente dos atores mirins Lukas Schwarz e Elias Schwarz, gêmeos e que utilizam os verdadeiros primeiros nomes no filme, o filme também tem uma ótima fotografia. É um filme que recomendo para quem gosta de um bom suspense, como eu disse antes, algumas cenas são perturbadoras e o final guarda uma revelação não menos perturbadora e a dica que eu dou é que sigam a orientação que eu segui de Carol Moreira, não vejam e não leiam mais nada sobre o filme antes de assisti-lo, por isso resolvi não divulgar o trailer neste post, coisa que faço sempre em outras publicações. 












Sinopse

Uma família vive em uma residência isolada em meio a árvores e plantações de milho. Após dias afastada por conta de cirurgias plásticas, a mãe (Susanne Wuest) volta para casa e não é reconhecida pelos filhos gêmeos. As crianças, de nove anos, duvidam que a mulher de rosto coberto seja realmente sua mãe e a partir de então nada será como antes.   





   

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A BRUXA (DICA DE CINEMA)






















Sempre digo que, para um filme de terror ser bom ele deve causar pesadelos e foi justamente isso que este filme, 'A Bruxa', que podemos chamar de até despretensioso, causou em mim esta noite. 

Filmes de terror sempre me fascinaram desde pequeno, em minha infância adorava assistir filmes de terror com os amigos, não sei se por causa dos sustos ou da adrenalina que o medo me causava. Ao contrário de muitos amiguinhos que colecionavam figurinhas para álbuns de futebol, eu tinha um álbum de figurinhas de Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo) e Jason (Sexta-Feira 13), filmes que me causavam arrepios na época mas, que eu adorava. Para se ter uma ideia, eu morava em um condomínio de prédios de poucos andares, não tinha elevador e eu morava no último andar de um dos prédios, geralmente assitia na casa de algum amigo um filme de terror de noitinha e tinha que subir, até o andar de nosso apartamento de escadas, no intervalo de segundos, não me recordo quantos, as luzes automaticamente se apagavam, aí eu tinha que correr no escuro para o próximo andar para achar um interruptor, para ascender novamente e isso até chegar em casa, movido pelo medo e minha mente fértil, que jurava ouvir e ver sombras atrás de mim, isso quando não gritava para minha mãe vir me buscar, hilário. 

















Hoje é claro, filmes de terror da época de minha infância nos anos 80 me divertem como se fossem filmes de comédia, não é mais medo que me causam, apenas nostalgia. Mas ontem eu vi o melhor filme de terror da atualidade e muitos vão dizer que não, entendo o porquê, em comparação com o que se produz atualmente, neste filme você não tomará muitos sustos e nem verá jorrar litros de sangue falso, é um filme delicado até, sombrio e extremamente sugestível e por isso aterrorizante. 















Não é um filme perfeito, acho até que deveriam ter sido muito mais sugestíveis mas, esteticamente é de uma beleza sinistra, eu sou fã de rock e o visual do filme me remeteu imediatamente a capa do primeiro disco do Black Sabbath. Falando em música a trilha sonora do filme arrepia dos pés a cabeça, a história se passa no século XVII, só esse fato já é um motivo para perceber que em matéria de visual o filme arrebenta. 
















Separei uma ótima crítica do site www.adorocinema.com, com o título de "Somos todos pecadores", escrito por  Bruno Carmelo: 

Na primeira imagem de A Bruxa, a família principal é apresentada de costas. Um tribunal acusa-os de heresia, expulsando pai, mãe e cinco crianças da comunidade. Estamos em pleno século XVII, na Nova Inglaterra, onde qualquer desvio da religiosidade padrão é interpretado como grave ameaça ao funcionamento social. Ou seja, a bruxa do título pode ser tanto a figura concreta da feiticeira quanto a metáfora do elemento dissonante, perseguido pela comunidade, como se diz na expressão “caça às bruxas”.
















A exclusão do núcleo familiar desencadeia os eventos assustadores do filme. O diretor e roteirista estreante Robert Eggers faz um ótimo trabalho ao associar religiosidade e misticismo, cristianismo e natureza. Por um lado, esta família de moral rígida acredita nas forças malignas que vivem na floresta, por outro lado, carrega em si a culpa típica da moral cristã: se a colheita de milho não dá certo, julgam-se punidos por algum pecado, se alguém desaparece, acreditam num castigo divino... Um dos fatores mais interessantes da narrativa é sua plausibilidade, já que a paranoia não provém de sustos ou sombras à noite, e sim de um fator essencial, a culpabilidade que os personagens carregam consigo desde o nascimento.
















Para contribuir ao clima sombrio, A Bruxa aposta na construção de efeitos analógicos, físicos, muito mais viscerais do que as criações digitais contemporâneas. O cineasta extrai medo do isolamento, da floresta fechada, da presença de bichos comuns, além de mostrar criatividade e ótimo senso de composição quando humanos e animais entram em conflito, na segunda metade da história. Após tantos filmes de terror com truques banais e aceleração dos eventos rumo ao final, é um alívio encontrar uma obra que sabe tomar seu tempo, construindo a tensão e a psicologia dos personagens com precisão cirúrgica.
















Além disso, a fotografia cuidadosa, usando velas dentro da casa principal e fontes de luz simples nos cenários noturnos externos, cria um belo efeito de solidão que remete à construção estética dos quadros renascentistas. Talvez a maior inteligência deste filme seja perceber como o terror depende da relação entre os personagens e os espaços, e como uma pequena sugestão pode ser muito mais potente do que litros de sangue jorrando em tela. O terço final, excelente, é uma prova disso: Eggers constrói um clímax complexo através de pouquíssimos elementos em cena. Como nos bons suspenses psicológicos, a fonte de conflito é essencialmente humana.
















Talvez o filme sofra com uma pequena lentidão no meio da narrativa, e a imagem final também soa explícita demais para quem trabalhava tão bem o poder da sugestão. Mesmo assim, A Bruxa surpreende por fugir dos clichês do gênero, extraindo terror de uma premissa verossímil, capaz de gerar identificação com o espectador. Eggers surpreende pela bela construção de imagens, a progressão madura do roteiro e a direção dos atores – são corajosas as duas fortíssimas cenas em plano-sequência, apostando inteiramente no talento dos atores mirins Anya Taylor-Joy e Harvey Scrimshaw. São elementos suficientes para despertar boas expectativas quanto aos próximos trabalhos do diretor.

















Sinopse

Nova Inglaterra, década de 1630. O casal William e Katherine leva uma vida cristã com suas cinco crianças em uma comunidade extremamente religiosa, até serem expulsos do local por sua fé diferente daquela permitida pelas autoridades. A família passa a morar num local isolado, à beira do bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia, o bebê recém-nascido desaparece. Teria sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? Enquanto buscam respostas à pergunta, cada membro da família seus piores medos e seu lado mais condenável.
Fonte: http://www.adorocinema.com/

     

terça-feira, 5 de abril de 2016

O CLÃ (EL CLAN) - DICA DE CINEMA







































Mais uma dica de cinema e mais um filme argentino. Nesse caso agora trata-se de uma história verídica mas, como sempre uma história muito bem contada, como já virou de praxe das produções do cinema contemporâneo argentino. Ótimas interpretações, uma trama policial e um drama familiar retratam a frieza da mafia na Argentina dos anos 80. Tanto a produção e a direção são impecáveis e por isso eu recomendo 'O Clã' como um filme que deve ser visto.   














Sinopse
Baseado na história que abalou a Argentina, o novo filme de Pablo Trapero (Família Rodante, Elefante Branco) conta a rotina dos Puccio, uma família de classe média que tem por hábito sequestrar pessoas ricas. O patriarca, Arquimedes, comanda as operações com o apoio de seu filho Alex, um astro do rúgbi argentino. Mas as coisas mudam quando um filho distante volta da Austrália, criando novas tensões familiares. O filme ganhou o Leão de Prata de melhor direção no Festival de Veneza, e é o indicado da Argentina ao Oscar. 

Elenco
Antonia Bengoechea, Gastón Cocchiarale, Guillermo Francella, Stefanía Koessl, Peter Lanzani, Raymond E. Lee, Franco Masini, Fernando Miró, Giselle Motta 
















Roteiro
Pablo Trapero 

Produção Executiva
Leticia Cristi, Pola Zito 

Produção
Agustín Almodóvar, Pedro Almodóvar, Esther García, Matías Mosteirín, Hugo Sigman, Pablo Trapero 

Direção
Pablo Trapero 

O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 15)



Van der Vous 













A Van der Vous começou em 2012, derretendo na costa soteropolitana. Um som peculiar, uma viagem surreal dentro de uma viagem psicodélica de delírio e nostalgia. Van der Vous significa "vem de você", a música que você sente em sua alma. Viajantes, caminhantes, a música foi feita pra vocês.

Um quarteto baiano pede 45 minutos da sua atenção – e você faz bem em aceitar a proposta, que chega recheada de solos viajadões, psicodelia escorrendo pelos cantos, estética lo-fi e ataques de um certo grunge vez ou outra. Esse é La Fuga, o interessante disco de estreia da banda Van der Vous.

A produção do trabalho é da própria banda, com a masterização sendo assinada por Chris Hanzsek, produtor influente do começo do grunge em Seattle e que já trabalhou com nomes como Melvins e Soundgarden.
Fontes: armazemdorocknacional.blogspot.com.br e http://movethatjukebox.com/

Discografia

La Fuga (2014)








Zimbra
















A Zimbra é uma banda de Santos, litoral de São Paulo, formada em meados de 2007 por 4 amigos de escola. Inicialmente se apresentando como Panorama, a banda lançou uma Demo com 10 músicas e iniciou sua história nos palcos.

Em 2011, com o amadurecimento dos integrantes e do próprio som, o grupo mudou de nome para Zimbra. Foi nesse ano também que o grupo consolidou sua formação atual, com Rafael Costa nos vocais, Vitor Fernandes na guitarra, Pedro Furtado na bateria e Guilherme Goes no baixo. É lançado então, no começo de 2012 o EP Cronograma, que marca a nova fase da banda, assumindo referências mais distintas e incorporando elementos como naipe de metais nas músicas.

No meio de 2013, a convite do produtor Lampadinha, que já trabalhou com alguns dos maiores nomes da música brasileira como Charlie Brown Jr, Titãs, Los Hermanos, CPM 22, Ira!, entre vários outros, a banda grava e lança seu primeiro CD cheio, o álbum "O tudo, o nada e o mundo". O disco tem ótima recepção de público e crítica, abrindo portas à banda e atraindo ainda mais atenção ao trabalho do grupo.

Em maio de 2014, menos de um ano após o lançamento do disco, a Zimbra lança o EP Mocado, trabalho marcado pelo flerte do grupo com o funk e o soul brasileiro dos anos 70. O EP também marca o início do trabalho da banda com a agente Samantha Pereira Jesus, ex-empresária do Charlie Brown Jr.

Com muito fôlego nos pulmões e muita lenha pra queimar, a Zimbra está só começando. Rafael, Vitor, Pedro e Guilherme abraçam a música e correm atrás de seus sonhos, enchendo de esperança os fãs do som autoral e orgulhosamente brasileiro. (Texto: Fan Music).
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/

Discografia

O Tudo, O Nada e o Mundo (2013)















Mocado (2014) [EP]










Mescalines Duo














As distâncias que uniram Jack Rubens e Mariô Onofre em carne, espírito e blues pelo Mescalines Duo se expandiram por rotas geograficamente impensáveis e musicalmente geniais no recém-lançado primeiro disco da dupla instrumental (2016), autointitulado, que chega acompanhado de clipe projetado para uma das faixas, Serpente de Bronze.

Do Rio Grande do Sul foi gerada a guitarra sem amarras de Jack e da Bahia, a bateria sincopada de Mariô. Em São Paulo os talentos se encontraram entre os demais projetos de ambos (Jack integra a banda Mustache e Os Apaches e Mariô já tocou ao lado de diversos nomes, incluindo Júpiter Apple) e no Sul dos Estados Unidos eles foram buscar a inspiração. O já intrincado mapa viajou pelo cosmos e ganhou destino no Norte da África.

Robert Johnson, Blind Willie Johnson, Mississippi Fred Mcdowell, Charlie Patton, rock touareg e música folclórica moldaram o álbum de estreia do Mescalines, blues puro de ascendência misteriosa. 

“Acho que uma de nossas principais características é apenas deixar o som rolar, sem amarras de tempo, ‘comercial-idades’, enfim. Todas as faixas são blues de uma nota só. Esses mantras despertam essa sensação de caminho livre, selvagem e velocidade. Estamos testando nossa química ali, conexão musical”, definem os integrantes.

Som nu, cru, mas nem por isso menos deslumbrante. As oito faixas de “Mescalines” foram todas gravadas em menos de 3h em um registro fiel de como a banda soa ao vivo. Com o mínimo de maquiagem.
   
“Fizemos overdubs mínimos em apenas duas faixas: ‘Barko’ e ‘Nebulosa’. Os poucos arranjos pré-definidos do álbum foram surgindo em shows. Algumas faixas foram totalmente improvisadas, como ‘Pássaro Vermelho I’ e ‘Pássaro Vermelho II’, ‘Solaris’ e ‘Barko’. ‘Serpente de Bronze’ foi a única talvez que fizemos mais de um take, o arranjo dela surgiu na hora e resolvemos moldá-lo um pouco.”

“É interessante batizar uma música instrumental, acho que ‘Nebulosa’ é um blues que tem algo de supersônico, espacial nela. ‘Barko’ tem o balanço de um barco ancorado no cais e que no decorrer da música se livra das correntes para alto mar. ‘Calchaquí’ é a faixa mais longa, narra um passeio pelos Valles Calchaquíes, na Argentina, a tensão da música tem a ver com a chegada dos espanhóis e o massacre dos índios da região.”

O centro-oeste brasileiro será o terreiro dos espetáculos de lançamento de “Mescalines”, em shows no dia 4 de março, no Bendito Benedito, em Brasília, e 6 de março, no Goiânia Delirium Music Festival, em Goiânia.
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/

Discografia

Mescalines Duo (2016)