terça-feira, 12 de outubro de 2010

O QUE PERSISTE

Se não sou mais o suficiente,
Se meu amor já não te agrada,
De certo o calor se apagou,
E não devemos alimentar velhas chagas. 

Se não caibo mais neste seu mundo,
Se não há lugar para mim agora,
Não sou homem a quem se deva ter piedade,
Posso tranquilamente ir-me embora.

Não se torture e procure o que te falta,
Mas não me deixe sentado em sua porta,
À espera que eu compreenda tal ilógica,
De sustentar este sentimento tão vazio.

Por favor, olhe em sua volta,
Sei que aqui você é feliz,
Mas ao meu lado isto te sufoca.
Talvez eu já não te preencha mais com este meu coração tão pertinaz.

26/10/2006

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