sábado, 2 de outubro de 2010

O PIO DA CORUJA

Lembro-me, já faz algum tempo 
em que eu e um companheiro,
Filosofávamos no fim da viela
atrás do rio, na cidade grande.

Tocávamos juntos, sons ao violão, 
falávamos de política, 
do amor e desilusão, 
falávamos de poesia e da canção.

Enquanto isso uma exuberante e branca coruja
pousava a nos observar, em cima do portão.

Anos depois avistei do muro sobre minha casa
uma mesma coruja branca, 
tão exuberante quanto a que vira antes.

O que será que isto significa?
Mudei-me, casei-me fui para mil quilômetros dali,
para o interior, e na varanda de trás do meu apartamento
planavam, e piavam duas grandes corujas brancas.

Será possível?
Joguei no bicho.

07/2006

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