sexta-feira, 30 de setembro de 2016
LANÇAMENTOS DO ANO 2 - O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 23) - THE BAGGIOS - BRUTOWN
Vou indicar aqui mais um lançamento de mais uma banda que acompanho já algum tempo. Já os indiquei nesta série sobre rock independente, e após ouvir seu mais novo trabalho, ficou notória a evolução, que essa galera do underground vem alcançando no cenário nacional.
The Baggios - Brutown (2016)
Em “Brutown”, seu terceiro álbum de estúdio, o The Baggios traz como conceito uma cidade que beira o caos e aborda temas que dialogam com o cotidiano do Brasil e do mundo. Com referências de sua cidade natal, o clima denso do disco é anunciado por “Estigma” e “Brutown”, que falam sobre violência e tempos sombrios, já em “Sangue e Lama” a banda retrata a tragédia de Mariana (Minas Gerais) e o massacre no Bataclan, em Paris. Produzido por Felipe Rodarte e pela própria banda no lendário Estúdio Toca do Bandido (RJ), é notável uma sonoridade ainda mais madura, novas experimentações e elementos. Com a necessidade de seguir novas direções e ampliar as possibilidades nos arranjos, saindo da zona de conforto da “guitarra/bateria”, a banda convidou o músico Rafael Ramos (teclas e baixo) para somar nas gravações do disco, dando mais peso e novas texturas.
O The Baggios também convidou artistas que são influências para eles de alguma maneira; Jorge Du Peixe (Nação Zumbi), canta em “Saruê”, Fernando Catatau (Cidadão Instigado), toca guitarra em “Soledad”, Emmily Barreto (Far From Alaska), empresta sua voz para “Estigma”, Gabriel Thomaz e Erika Martins (Autoramas) fazem backing vocal em “Desapracatado”. Além deles, Felipe Ventura (Baleia) toca violino e fez arranjo de cordas em “Soledad” e “Miquim”. (Texto site oficial)
Fonte: http://www.thebaggios.com.br/
Vou falar agora sobre faixa a faixa de "Brutown", tentando com clareza dizer minhas impressões sobre o álbum. Começando com "Estigma", um forte riff inicial com um groove soul de metais, pesado e empolgante, a letra pessimista retratando os nossos tempos atuais, direto e reto sem rodeios, com Julio Andrade (guitarra e voz) dividindo os vocais com Emmily Barreto do Far From Alaska; foi interessante ouvir Emmily cantando em português, mas confesso que senti a falta de seus drives característicos. Entra a segunda faixa que dá o título ao álbum, "Brutown", o órgão em especial traz todo um clima do rock setentista de bandas como o Deep Purple e Uriah Heep, ótimos riffs e solos de guitarra, letra reflexiva e refrão estilo grito de ordem, deixando claro "Luta ou Caos", o que devemos escolher?. A terceira "Desapracatado" com Gabriel Thomaz e Erika Martins do Autoramas fazendo os backing vocals, voltam aos anos 60, influências da Surf Music, como se os Beach Boys apertassem os pedais de distorção de suas guitarras, letra irônica que nos remete os The Baggios do inicio de carreira. A quarta "Sangue e Lama" é um blues rock sessentista pesado, uma balada triste retratando a tragédia de Mariana (Minas Gerais) e o massacre no Bataclan, em Paris. Na quinta faixa, "Alex San Drino", me lembrou o Mod da banda paulistana Ira!, são bem claras as influências dos anos 60 e 70, uma tendência cada vez mais forte no cenário nacional, que é voltar ao passado, aos melhores tempos do rock. Entra a sexta faixa, "Saruê", o baixo marcante da introdução nos remete ao maracatu atômico da Manguebeat, e a participação de Jorge Du Peixe da Nação Zumbi só acentua a clara influência do estilo na música. "Miquin" a sétima, uma ótima balada roqueira, as cordas de Felipe Ventura (Baleia), fazem dueto com o slide da guitarra de Julio Andrade na introdução, os arranjos de cordas são muito bonitos de se ouvir, um ótimo solo um pouco psicodélico de guitarra no meio, e uma letra sobre o sofrimento que as dúvidas do amor e da vida nos impõem, uma solidão de um provavelmente amigo do autor. "Como um tiro de Bacamarte" oitava faixa, uma súplica de amor por um desafeto que se foi, o som lembra bastante os trabalhos anteriores do duo, guitarra e bateria numa levada mais Stoner rock. A nona faixa "Medo" volta com a levada hard setentista com órgão, misturado com o baião nordestino, a letra nos remete ao velho Raul Seixas não só no sotaque, só que bem mais pesado. A décima faixa "Vivo pra mim" é a mais swingada e bem funkeada, voltando com os metais da primeira, ótima para se dançar. "Padece ser" começa com violão, mais logo se eletrifica e mantem o groove pesado, já bem característico da banda. "Soledad" fecha o álbum, completamente diferente do restante, com a participação novamente de Felipe Ventura no piano e nos arranjos de cordas e sopros, letra triste e melodia melancólica, com os solos dobrados da guitarra de Fernando Catatau (Cidadão Instigado), fechando assim esse ótimo disco. Gostei bastante do que vi e ouvi, as músicas são curtas, pesadas e diretas, como um bom álbum de rock deve ser hoje em dia, mantendo a qualidade dos outros álbuns da banda, mas com uma leve sofisticação nos arranjos e na produção.
SOUL MUSIC (PARTE 2) - MAIS DOIS GRANDES NOMES DO ESTILO NA ATUALIDADE
1 - Grace Love and the True Loves
Grace Love and the True Loves é uma banda de soul funk americana, que em 2015 lançou seu primeiro álbum. O homônimo Grace Love and the True Loves conta com 11 canções.
Originários de Seattle, WA. Seguindo os passos das Stax, Motown, King and Daptone artists, mas com um som próprio de muita personalidade, Grace Love and the True Loves estão definindo o próprio curso, com um soul quente e um funk contagiante, prontos para ganharem o mundo. Nos vocais, Grace Love é uma joia brilhante de beleza e poder, fruto rico de Seatle, pense em Etta James e Betty Wrigh como suas maiores influências. A banda é muito afinada e é muito difícil ficar parado ao som de sua batida.
Fonte: http://www.graceloveandthetrueloves.com/
Integrantes:
Grace Love - Vocais
Jimmy James - Guitarra
Bryant Moore - Baixo
Anthony Warner - Teclados
Gordon Brown - Sax Tenor
Scott Morning - Trompete
Greg Kramer - Trambone
Ivan Galvez - Percussão
David McGraw - Bateria
Discografia
Grace Love and the True Loves (2015)
2 - Tanika Charles
Tanika Charles é uma cantora Soul canadense, que lança seu primeiro álbum agora em 2016. Soul Run é o nome desse trabalho.
Em poucos anos Tanika Charles se transformou, de uma artista solo emergente a uma performer comandante e líder de banda, de forte expressão da cena soul canadense. Tanto no palco e fora, Edmonton-raise Charles apresenta um charme imutável e honesto em suas vulnerabilidades. Sua arte é inerentemente autobiográfico. O que Tanika canta, provavelmente viveu.
Desde 2010 Tanika foi galgando espaço em importantes festivais, apoiada por sua banda The Wonderfuls, tais como: NXNE, Pop Montreal, CBC Music Fest, TD Toronto Jazz Fest, TD Markham Jazz Fest.
Fonte: http://tanikacharles.com/
Discografia
Tanika Charles – Soul Run (2016)
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 22)
Vinil do Avesso
A Vinil do Avesso é uma banda de rock, blues e funk que surge em 2010 em São Luís do Maranhão com a proposta de tocar músicas de suas principais paixões musicais - o rock dos anos 60 e 70 (como Jimmy Hendrix, Led Zeppelin, Bob Dylan e Beatles), e clássicos do blues e do funk.
Em 2012 a banda escreve e grava a música “Vida Real”, começando pouco a pouco, a se transformar em uma banda autoral. Ao longo deste novo caminho surgem “Astros de Fogo”, "O dia em que me deixou”, “Nada do que tenha vida” e todas as músicas que se transformam em 2014 no primeiro disco da banda, também intitulado “Vida Real”.
No álbum estão registradas as principais características da Vinil: o vocal rasgado de Cyro Lupion, a guitarra cheia de feeling de Moaci Junior, a bateria groovada de André Grolli, em composições que variam de funks dançantes, rocks diretos e blues melancólicos. O disco foi gravado pelos baixistas Tiago Durans, Samir Aranha e Marlon Silva, cada um adicionando sua pegada pessoal às músicas.
A banda foi vencedora do festival Luneta Musical em 2012 e já tocou em palcos importantes de São Luís como a praça Nauro Machado (pelo projeto Aldeia Sesc Guajajaras de Arte) e o Teatro Arthur Azevedo (onde interpretou versões rock’n roll de Carcará e Coronel Antônio Bento de João do Vale no projeto Br-135), além de várias apresentações por bares da cidade.
Recentemente a Vinil vem tocando em várias cidades do país como Curitiba, Porto Alegre e interior de São Paulo aproveitando as etapas do festival nacional Fun Music, onde defenderão a música “Vida Real” na grande final em dezembro. Neste mesmo mês lançam seu disco na internet e o apresentam na íntegra no festival Br-135, atualmente o maior festival de música autoral do Maranhão.
Fonte: https://soundcloud.com/vinildoavesso
Discografia
Vinil do Avesso – Vida Real (2014)
Monstro Amigo
Inspirada nas bandas de rock progressivo dos anos 70 e nas trilhas sonoras de games antigos, misturando elementos do Jazz e do Funk, aliadas à uma brasilidade sutil, Monstro amigo soa como uma pedrada nos seus ouvidos, utilizando timbres ácidos e distorcidos de efeitos no baixo de Leonardo Jabba Jabba e nos teclados de Lukas Pessoa. Para fechar o time temos a bateria criativa e precisa de Danilo Frizza.
No ano de 2013 Danilo Frizza (bateria,) Leonardo Jabba Jabba (baixo, voz), e Lukas Pessoa (teclados), formavam, em São Paulo, um Power Trio intitulado como Monstro Amigo. Psicodelia, Jazz, Progressivo e, claro, Rock’n’Roll compõe a sonoridade da banda que é quase instrumental. A sonoridade dos caras é bem complexa, sim.
“Monstro Amigo” também é o nome do primeiro lançamento dos caras, o álbum foi lançado digitalmente esse ano, ainda não saiu o físico, mas a banda promete que está vendo de produzir esse material o quanto antes pra poder atender a todos os fãs.
O rock verdadeiro que ouvimos em “Monstro Amigo” é fruto de uma gravação, um tanto quanto simples, sem a utilização de overdub (que pra quem não tá ligado é uma técnica de gravação que consiste em adicionar novos sons a uma gravação já anteriormente realizada).“Queríamos soar o mais fidedigno ao que conseguimos fazer ao vivo”, comenta o baterista Danilo Frizza.
Durante o processo de composição e criação do disco de estreia da banda, muitas influências foram colocadas em campo, por exemplo, um swing por parte do tecladista com o Soul e o Funk, rolou também um lance de Punk/Metal/Crossover por parte do baterista e do baixista, mas o que guia a sonoridade da banda nesse primeiro registro é o Rock Progressivo.
Trocando uma ideia com os caras, eles falaram que estão com um vídeo clipe já gravado, tá faltando só a produção mesmo, na manga pra ser lançado. O próximo disco provavelmente não irá demorar também. Conversando sobre a banda, Danilo Frizza comentou comigo que“Vivemos no mundo do rock moderno, mas levamos a cara do rock antigo pra galera”, quem sabe o que foi o “Rock antigo” ao qual Danilo se refere, sabe que as apresentações ao vivo da banda prometem ser daquele que saímos comentando com os amigos por um bom tempo. (Texto: Pacóvios).
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/
Discografia
Monstro Amigo - Monstro Amigo (2016)
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
O ÚLTIMO NÚMERO - PERDIDOS NO BAÚ DA HISTÓRIA (PARTE 13)
Num país sem memória como o Brasil, onde até obras essenciais de ídolos consagrados não foram reeditados em CD, não é de se estranhar que ainda estejam fora de catálogo muitos álbuns de artistas menos badalados. São discos raros, obscuros e/ou ignorados que, em seu tempo, sintonizaram a música nacional com o que estava rolando no exterior ou romperam com os padrões vigentes nas paradas. A seguir, um pouco mais dessas jóias.
Por Fernando Rosa.
Nascido em 1985, em Belo Horizonte, e batizado com o título do último poema de Augusto dos Anjos, o grupo O Último Número foi inicialmente formado por Gato Jair (letras e voz), John Daniel (guitarra e violão), Paulo Horta (baixo) e Clôde Franco (bateria), que gravaram seu primeiro LP independente, "O strip-tease da alma", em 1986, disco lançado pelo selo Câmbio Negro, de BH. O segundo LP da banda, "Filme", de 1988, também independente e lançado pela Câmbio Negro, foi gravado por Gato Jair, Paulo Horta e Otávio Martins (guitarras e violões), Bob Faria (baixo) e Clôde.Os discos tiveram ótima recepção crítica e ótima acolhida do público, o que garantiu a realização de vários shows do grupo em BH, no interior de Minas, no Rio e em São Paulo. O grupo apresentou-se em locais como: Aeroanta, Circo voador, Garota de lpanema, Madame Satã, Sesc Pompéia, entre outros.
Museu do Mundo é o nome do terceiro CD da banda, que tem doze músicas, das quais três são regravações de canções registradas no segundo LP da banda, "Filme", lançado em 1988. As nove restantes são inéditas.
Além desses discos próprios, o O Último Número participou de duas coletâneas: "Rock forte", de 1987, com vários grupos mineiros, lançado pelo selo Plug da BMG-Ariola; e "Sanguinho Novo", de 1989, uma homenagem a Arnaldo Batista, dos Mutantes, gravado com vários grupos do país, e lançado pela Eldorado.
Uma das características mais marcantes de O ÚLTIMO NÚMERO são as letras compostas pelo vocalista Jair. Elas são ricas em lirismo e dialogam com a tradição poética universal, mas mantêm-se sempre atuais e refletem críticas à nossa sociedade e ao tempo em que vivemos. Por esse fato, Jair foi considerado, no final da década de oitenta, um dos melhores letristas do país pela revista Bizz.
Após algumas idas e vindas, o grupo rearticulou-se recentemente com Jair, Otávio, Bruno Vasconcelos (baixo) e Clôde, realizando gravações ainda inéditas. Nos dias atuais, o grupo conta com um repertório composto, em sua maior parte, por músicas inéditas.
Fonte: http://rockcasa.blogspot.com/
Montada em 1985, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e batizada com o título de um poema de Augusto dos Anjos, a banda O Último Número teve como primeira formação:
Gato Jair - vocal;
John Daniel - guitarra e violão; (João Daniel Ulhoa, atualmente da banda Pato FU)
Paulo Horta - baixo (fazia os arranjos da banda);
Clôde Franco - bateria.
Gravaram seu primeiro disco independente, "O Strip-Tease da Alma", em 1986, disco lançado pelo selo Câmbio Negro, de Belo Horizonte. Para a gravação do segundo LP, "Filme", de 1988, também independente e lançado pela Câmbio Negro, a formação foi outra:
Gato Jair - vocal
Otávio Martins - guitarras e violão;
Bob Faria - baixo;
Clôde Franco - bateria.
Esses dois discos foram muito elogiados, tanto pela mídia quanto pelos fãs. Tais elogios garantiram ao grupo a realização de uma grande quantidade de shows em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Alguns dos lugares em que O Último Número se apresentou foram Aeroanta, o lendário Circo Voador, Garota de Ipanema, Madame Satã, SESC Pompéia e alguns mais.
Museu do Mundo, gravado em 2001, é o terceiro CD da banda, que tem doze músicas, das quais três são regravações de canções registradas no disco "Filme". As nove restantes são inéditas. Além de seus discos próprios, O Último Número participou de duas coletâneas:
"Rock Forte", de 1987, com vários grupos mineiros, lançado pelo selo Plug da BMG-Ariola;
"Sanguinho Novo", de 1989, uma homenagem a Arnaldo Batista, da banda Os Mutantes, gravado com vários grupos do país, e lançado pela Eldorado.
VOCÊ JÁ OUVIU ESTE FILME ANTES?
(Matéria publicada na revista BIZZ em 1988)
Em seu segundo LP, Filme, o grupo mineiro aposta numa colagem de música, cinema e poesia
No final do ano passado, 1987, São Paulo e Rio foram invadidos pelo som que vinha das montanhas. Os poucos privilegiados que presenciariam a invasão puderam ver claramente o que muita gente ainda não percebeu: Minas produz, hoje, alguns dos sons mais interessantes do país. O que eles não sabiam é que duas das bandas que participavam do projeto BHZ Sonora já fazem parte da história do nosso rock: Sexo Explícito e Último Número.
O Último Número tem 2 LPs gravados - ambos lançados pela Câmbio Negro, um dos últimos redutos da música independente em Belo Horizonte.
"É muito difícil sair de Minas, a não ser que você consiga patrocinadores. Por isso ficamos mais de dois anos sem tocar em São Paulo", explica Gato Jair, vocalista e autor de todas as letras da banda. Nesse meio tempo, o Último Número lançou dois LPs, participou de uma coletânea, mudou de formação e de estilo. Da banda que começou em 85, permanecem Jair, Clode (bateria) e Paulo, que passou do baixo para a guitarra. O outro membro-fundador, João, deixou o baixo para a entrada de Bob, ex-Ordem Humana. Mais recentemente, o grupo passou a ter cinco integrantes, com a entrada de Otávio na segunda guitarra.
Foi com essa formação que o grupo entrou em estúdio para as gravações de Filme. O LP surpreende pela evolução da banda em relação a O Strip-Tease da Alma. "Agora, minha voz não está mais sozinha à frente dos instrumentos. Para esse disco, queríamos um volume de som maior", explica Jair. O melhor disso é a regravação de "Ars Longa Vita Brevis", presente no álbum de estréia. A nova versão ganhou um arranjo climático que abre espaço até para citações cinematográficas. Mas isso é só o começo do Filme.
"O nome do disco reflete a influência do cinema na gente, mas serve também para ilustrar o jeito como eu componho - por imagens, como numa montagem cinematográfica", comenta Jair. Da primeira à última faixa, as referências explícitas ao universo cinematográfico são incontáveis - desde Down By Law, de Jim Jamursh, até Acossado, de Godard, passando por Pixote, de Babenco, a quem é dedicado o LP.
"Ah, tantas coisas feitas/para serem abandonadas/os amores e as estátuas/que enfeitavam as estradas..."(Museu do Mundo). Nas letras de Gato Jair, permanece a marca indelével do poeta. Afinal, o vocalista do grupo mineiro já fazia versos muito antes do rock nacional ensaiar sua ressurreição. Em plenos anos 70, ele formava, ao lado de Marcelo Dolabela e Rubinho, o núcleo da revista Cemflores, empenhada em divulgar a nova geração de autores mineiros. Não duraria muito: Jair, depois de passar por vários grupos, acabaria fundando o Último Número.
"Mas a minha poesia não tem nada a ver com a dele", escreve Jair. "Minhas maiores influências vêm dos grandes compositores da MPB: Lupicínio, Cartola, Noel, Adoniram e, hoje em dia, Caetano. "No entanto, a ligação do grupo com a MPB para por aí. "O que nós fazemos é rock, só que com elementos de canção. Por isso, a gente se preocupa em ouvir as boas coisas da MPB e incorporar isso".
Um dos próximos projetos da banda é registrar no vinil um cover de Lupicínio Rodrigues. Por ora, preferem tocar covers de Bob Dylan, Clash e Beatles - esta última incluída em Filme: "Decidimos gravar 'Come Together' porque achamos que nossa versão era original, muito diferente dos Beatles", conta Jair. Uma escolha previsível, já que algumas das grandes influências da banda estão nos anos 60: além do citado quarteto, Jair menciona ainda Velvet, Doors e Dylan, elementos fundamentais numa mistura que abriga ainda Clash, Talking Heads, Joy Division...
Ao mesmo tempo que se esforça para transpor as fronteiras do estado, o Último Número teme pelo que fica para trás.
O último trauma dos mineiros foi o pau-de-sebo Rock Forte, lançado pelo selo Plug, RCA. Segundo Jair, foi uma experiência horrível, que resultou num disco mal gravado, mal distribuído e pessimamente divulgado. "Eles prometeram discos individuais e contratos de três anos para todas as bandas. A gente foi com o pé atrás, mas muitos outros acreditaram. Foi muita ingenuidade."
Prontos para entrar em estúdio e gravar um novo LP, os meninos do Último Número preferem manter os pés no chão, em vez de sonhar com propostas de gravadoras. Para Jair, o esquema independente ainda é a melhor solução.
"A gente até espera que algum dia uma gravadora nos ofereça algo concreto, mas eu acho muito difícil. Apesar dos problemas, a produção independente nos permite fazer tudo que temos vontade. É isso que importa..." M.A.G.
Discografia
O Strip-Tease da Alma (1986)
01 Dama Da Noite
02 Ars Longa Vita Brevis
03 Animal Sentimental
04 A Divina Comédia (O Jogo da Amarelinha)
05 Insistência
06 Eu Não Vôo
07 O Tempo dos Assassinos
08 Perjúrio
09 Agora Não
10 Destino
11 O Strip-Tease da Alma
Filme (1988)
01 Desintoxicação
02 Carta do Marquês
03 Os Doze Trabalhos
04 Ars Longa Vita Brevis II
05 Filme
06 Come Together
07 O Anjo (Canção Bizantina)
08 Museu do Mundo
09 s.t.
Museu Do Mundo (2001)
01 A bíblia
02 O bêbado e as mulheres belas (lupicínica nº5)
03 roendo as unhas
04 É que eu não sei o que eu não sou
05 Os fogos dos jogos
06 I fell in love one day
07 Vermelho vivo
08 Miracle
09 Oração que o senhor nos ensinou
10 Limbo
11 Filme
12 Museu do mundo
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
TIGRES DE BENGALA - PERDIDOS NO BAÚ DA HISTÓRIA (PARTE 12)
A vinte e três anos atrás eu, um adolescente curioso e fã de rock, estava assistindo ao programa do Jô Soares, ainda no SBT, quando foi anunciado a atração musical da noite: a banda Tigres de Bengala, creio eu, que sejam um dos poucos e únicos super grupos de rock brasileiro, formado por já maduros músicos do cenário nacional. A música que tocaram no programa foi “Elefante Branco”, com uma letra reflexiva sobre enfrentar os medos da maturidade. A letra é atemporal e hoje sempre que a ouço mais me identifico, estou beirando os 40 e ela cai como uma luva sempre quando me pego refletindo, sobre minha idade e a realidade em minha volta. Eu a canto e a toco quase toda vez que vou tirar um som ao violão.
O álbum todo é uma pérola, muito bem produzido e com ótimas composições, com influência de rock clássico mas, soando muito pop. Merecia estar aqui nessa série e principalmente uma boa reedição em disco.
Tigres de Bengala foi um projeto que envolveu Ritchie, Cláudio Zoli, Vinícius Cantuária, Mú (do grupo A Cor do Som), Eduardo Magalhães (o "Dadi", também do A Cor do Som e dos Novos Baianos) e Billy Forghieri (da banda Blitz). A despeito da formação com grandes nomes da música, a banda teve vida curta, lançando apenas um CD. Seus maiores sucessos foram "Agora ou Jamais" e "Elefante Branco". O álbum está fora de catalogo há tempos.
O Tigres de Bengala, foi uma espécie de supergrupo que reuniu Ritchie, Cláudio Zoli, Vinícius Cantuária, Dadi, Mú (A Cor do Som) e Billi Forghieri. Eram todos músicos consagrados, mas que estavam à margem da cena musical brasileira naquele período. Fizeram um relativo sucesso com duas boas canções pop na época, mas que definitivamente não vingou sequer um segundo álbum.
Embora tenham tido uma carreira meteórica e hoje mal sejam lembrados, mesmo por quem os conhecia à época, emplacaram dois hits: “Elefante Branco” e “Agora ou Jamais”.
O seu primeiro sucesso foi “Elefante Branco”, lançado no início de 1993. No segundo semestre de 1993 o seu segundo sucesso, “Agora ou jamais”, foi incluída na trilha nacional da novela das 19 horas da Rede Globo “Olho no olho”, tornando-se um grande hit radiofônico.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
Discografia
Tigres de Bengala - Tigres de Bengala (1993)
Faixas
1. Elefante Branco
2. Agora ou Jamais
3. Não Desista
4. Só Eu e Mais Ninguém
5. Miragens
6. Maria Alice
7. Nessa Espera
8. Estrela do Mar
9. Arrastão (Ao Teu Lado)
10. Melhor Parar
11. Faixa Bonus - Dani
Ficha Técnica do disco
Vinícius Cantuária - Voz, Violões, Percussão
Claudio Zoli - Voz, Guitarras, Violão
Ritchie - Voz, Computer, Flauta
Dadi - Voz, Baixos, Guitarras, Violões
Mu - Teclados, Vocal
Billi Forghieri - Teclados, Computer
Marcelo Costa - Bateria, Percussão
Milton Guedes - Sax, Gaita
Mingo - Percussão
Mayrton Bahia - Produtor
Tigres de Bengala - Arranjos
Eduardo Costa, Geraldo Tavares - Técnicos de Gravação
Jorge "Gordo" Guimarães, Marcos Saboia - Técnicos de Mixagem
Mauricio Valladares - Fotos
Ricardo Leite, Karyn Mathuiy - Projeto Gráfico
A CHAVE (HISTÓRIAS DO ROCK NACIONAL)
A Chave foi o grupo precursor do rock paranaense, e atuou de 1969 a maio de 1979, quando foi dissolvido. Ao longo de sua carreira, tornou-se a mais importante banda de rock de Curitiba e continua cultuada até hoje. A Chave abriu na década de 70 todas as portas e mostrou o caminho das pedras para as centenas de bandas que surgiram na cidade após a sua dissolução. Quando a banda acabou, apesar de ter mais de 100 músicas próprias - uma boa parte tendo como letrista o conhecido poeta Paulo Leminski - não deixou nenhum registro em LP, tendo apenas lançado pelo selo GTA Gravações Tupi Associadas um raro compacto simples (1977), contendo as músicas Buraco No Coração e Me Provoque Pra Ver, ambas em parceria com o Lemisnki. Tocou ao lado de Secos e Molhados, Rita Lee & Tutti Frutti, Mutantes, O Terço, Made In Brazil, Casa das Máquinas, Joelho de Porco, Som Nosso De Cada Dia, Bixo da Seda e chegou até abrir um show do Bill Haley And His Comets, no Guairão (1975).
Em meados do mês de julho de 2004, os quatro integrantes da extinta banda curitibana A Chave - Ivo Rodrigues (vocalista), Paulo Teixeira (guitarra e vocais), Carlão Gaertner (baixo) e Orlando Azevedo (bateria) foram pegos de surpresa com a descoberta de um CD pirata do grupo. O disco foi achado numa feira de colecionadores de discos antigos em São Paulo, pelos donos da loja Vinyl Club, de Curitiba, que deram de presente uma cópia ao vocalista Ivo, que toca atualmente na banda Blindagem, junto com Paulo Teixeira. Com o apoio operacional de Márcia Teixeira - mulher do guitarrista Paulo resolveram piratear o disco pirata (10 músicas ao vivo e duas bônus tracks do compacto) e reproduziram uma tiragem limitada com o mesmo formato e layout, essa tiragem logo se esgotou e a seguinte também. O mais curioso de toda essa história é o fato da banda ter pirateado o seu próprio disco pirata - sem conhecer o autor da pirataria - gerando um dado inédito e hilário no mercado fonográfico brasileiro. O fato é que 33 anos depois, A Chave pirateou o seu próprio pirata. Caso inédito. Nem Dylan, com todos os seus bootlegs tinha pensado nisso; ele optou por lançá-los oficialmente.
Fonte: Armazém do Rock Nacional.
A Chave foi uma banda de rock formada na cidade de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná. Precursora do rock paranaense, sua formação contou com Ivo Rodrigues (vocalista), Paulo Teixeira (guitarra e vocais), Carlão Gaertner (baixo) e Orlando Azevedo (bateria) e grande parte das músicas compostas pelo grupo, tiveram a participação do poeta Paulo Leminski.
Criada em 1969, sob a influência de de bandas consagradas, como: Rolling Stones, Deep Purple, Steppenwolf e Led Zeppelin, e com a sonoridade do “Classic Rock”, a banda tocou ao lado de famosos grupos ou cantores, como Secos e Molhados, Rita Lee & Tutti Frutti, Mutantes, O Terço, Made In Brazil, Casa das Máquinas, Joelho de Porco, Som Nosso de Cada Dia, Bixo da Seda, além de ter aberto o show do grupo norte-americano Bill Haley & His Comets, ocorrido em Curitiba no ano de 1975. Em 1977, houve a gravação do compacto com os sucessos da banda “Buraco No Coração” e “Me Provoque Pra Ver” (as duas músicas escrita em parceria com Lemisnki), pela gravadora GTA.
A banda dissolveu-se em maio de 1979 e logo após, o líder e vocalista Ivo Rodrigues entrou para a banda Blindagem, outro grupo do rock paranaense que manteve estreita parceria com Paulo Leminski.
Em 2004, os integrantes do grupo descobriram, em uma feira de colecionadores, um CD não autorizado (CD pirata) com doze faixas de músicas de shows ao vivo e os dois sucessos do antigo compacto. Com a ajuda e patrocínio de uma rádio rock de Curitiba, o grupo re-produziu este CD, em duas edições limitadas (a segunda, após a primeira edição sumir dos pontos de vendas rapidamente), acompanhados de um show para comemorar os 25 anos de extinção do grupo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Integrantes
Ivo Rodrigues (Guitarra e Vocal)
Paulino de Oliveira (Guitarra e Vocal)
Carlão Gaertner (Baixo)
Orlando Azevedo (Bateria)
Discografia
A Chave - De Ponta Cabeça (1977)
domingo, 11 de setembro de 2016
BUKOWSKI: BORN INTO THIS (DICAS DE CINEMA E LITERATURA)
Engraçado como algumas coisas tornam-se cult, mesmo as vezes indo contra o que vem sendo estabelecido, é isso que questiono quando me vem em mente Bukowski e outros malditos das artes, da música ou literatura. Pensando em nosso Brasil atual, tão careta e politicamente correto, até me espanta ver os livros de Bukowski nas prateleiras de sebos e livrarias ou nas estantes das casas dos mais jovens. Não imagino essa juventude encaretada de hoje, que levantam bandeiras tão politicamente corretas, realmente curtindo a literatura deste ser tão repugnante aos olhos radicais, sejam eles de feministas fervorosas ou os de intelectuais de esquerda. A não ser que utilizem Bukowski e outros tantos como amuletos para suas rebeldias de boutique, até que entrem em alguma outra nova moda. Mas se você leitor não é um desses casos, poderá facilmente curtir a literatura de um cara demasiado humano, imperfeito como todos somos, um ótimo escritor e poeta. Por isso indico aqui este ótimo documentário que vi há tempos e também algumas indicações de outros títulos abaixo.
Sinopse
Bukowski: Born Into This é o último e mais abrangente documentário sobre a vida do escritor e poeta Charles Bukowski (1920-1994). Nele os fãs irão descobrir o Bukowski que eles sempre imaginaram, e entender como ele realmente foi. O filme traça a sua vida extraordinária, desde abuso infantil, seguindo através décadas de pobreza e alcoolismo, numerosos postos de trabalho, relações turbulentas, empregado nos correios por 14 anos e eua eventual reconhecimento internacional como poeta, romancista e ícone cult do movimento underground.
O diretor John Dullaghan passou sete anos pesquisando e filmando Bukowski: Born Into This, realizando dezenas de entrevistas com parentes, vizinhos, amigos de infancia, colegas de trabalho nos correios , namoradas e outros poetas, bem como amigos ilustres como Bono, Sean Penn, Harry Dean Stanton, Barbet Schroeder e Taylor Hackford
“Ele era incrivelmente sem graça, impressionantemente feio. Eu o achei muito atraente.”
Claire Rabe
5 LIVROS PARA CONHECER BUKOWSKI
Por Carlos André Moreira
1) Ereções, Ejaculações e Exibicionismos (L&PM, tradução de Milton Persson)
Coletânea em dois volumes de alguns dos principais contos publicados por Bukowski na imprensa alternativa. Dividido em Crônica de um Amor Louco e Fabulário Geral do Delírio Cotidiano, faz a crônica da violência subjacente à sociedade americana, principalmente aquela destinada aos que estão à margem. Prostitutas, derrotados, prisioneiros, viradores e criminosos (alguns versões do próprio Bukowski) são os personagens desta mais de meia centena de histórias que se dividem entre o feroz e cômico.
2) Cartas na Rua (L&PM, tradução de Pedro Gonzaga)
Ao longo de boa parte de seus romances, Bukowski narrou episódios e fases de sua própria vida, atribuídos ao seu alter ego Henry Chinaski. Neste romance de estreia que aborda dois períodos diferentes que Bukowski passou como funcionário dos Correios dos Estados Unidos, Chinaski sofre como carteiro de rua e, anos mais tarde, arranja um emprego no serviço de expedição como forma de sustentar a si e a mulher com quem recém se casou. Um livro que permite vislumbrar uma das grandes virtudes de Bukowski como um cronista do homem comum esmagado pela monotonia e pelo desespero do mundo do trabalho.
3) Mulheres (L&PM, tradução de Reinaldo Moraes)
Feio, bêbado, moldado por uma família truculenta e por centenas de fracassos em subempregos, Chinaski/Bukowski chega aos 50 anos quase celibatário – bem a tempo de acompanhar, perplexo, as mudanças do comportamento sexual da sociedade à sua volta. Uma coletânea agridoce de grandes paixões de um Chinaski começando sua trajetória de autor maldito, conhecendo, em sequência, uma série de mulheres com atitude diversa daquelas do passado: mais independentes e obstinadas. Mais do que sexo depravado, é um livro no qual Bukowski exibe uma faceta cômica e terna.
4) Hollywood (L&PM, tradução de Marcos Santarrita)
Há mais romances protagonizados pelo personagem Chinaski, mas este compõe com os dois anteriores um bom panorama da formação pessoal do Bukowski escritor. Já publicado e reconhecido por um número cada vez maior de leitores, Chinaski é procurado por um alucinado diretor de cinema, fã de seus livros, para escrever um roteiro cinematográfico. Baseado na experiência real de Bukowski como roteirista do filme Barfly (1987), de Barbet Schroeder, é um dos ápices de Bukowski como satirista, atirando com sua verve contra a frivolidade da indústria de cinema e até mesmo os próprios leitores malas de Bukowski – que nesta fase da vida tentavam provocá-lo para brigas de bar tentando fazê-lo reencenar seus próprios livros.
5) O Amor É um Cão dos Diabos (L&PM, tradução de Pedro Gonzaga)
Desde que começou a ser publicado no Brasil, pela Editora Brasiliense, Bukowski recebeu por aqui mais atenção para sua obra em prosa. Nos Estados Unidos, no entanto, boa parte do prestígio que o autor angariou no fim da vida vem de sua poesia – muito pouco editada no Brasil. Algo que começou a mudar nos últimos anos com a publicação, em 2007, deste volume que reúne poemas compostos entre 1974 e 1977. Como em sua prosa, estão ali os elementos autobiográficos, o humor cáustico e a crônica de um lado B da sociedade americana.
5 FILMES PARA CONHECER BUKOWSKI
Por Daniel Feix
1) Crônica de um Amor Louco (1981)
A primeira adaptação de Bukowski largamente conhecida vem da Itália. Neste filme do cineasta Marco Ferreri (de A Comilança), Ben Gazzara interpreta um poeta alcoólatra e rebelde, alter ego do escritor, que vaga pelo submundo de Los Angeles até conhecer uma prostituta linda e autodestrutiva (a atriz Ornella Muti), com quem inicia um romance que se transforma em tragédia.
2) The Killers (1984)
Este filme pouco conhecido do diretor idem Patrick Roth tem uma particularidade: a participação do próprio Charles Bukowski como o personagem O Autor. Baseado na história homônima de Bukowski, a trama narra o envolvimento de um pacato agente de seguros (interpretado pelo ator Jack Keroe) com um criminoso (Raymond Mayo) em Bervely Hills.
3) Crazy Love (1987)
Premiada (no Festival de San Sebastian) produção belga que o diretor Dominique Deruddere adaptou de vários contos de Bukowski, como A Sereia que Copulava em Veneza, Califórnia. A trama acompanha três noites importantes na vida de um homem, uma delas quando ele tinha 12 anos, a segunda no dia de sua formatura e a última já na terceira idade, amargurado.
4) Barfly – Condenados Pelo Vício (1987)
Diretor de Medidas Desesperadas e Mulher Solteira Procura, Barbet Schroeder assina este elogiado longa que tem como protagonistas Mickey Rourke e Faye Dunnaway (indicada ao Globo de Ouro pelo papel). Trata-se de uma história semi-autobiográfica que o próprio Bukowski escreveu (a pedido de Schroeder) e que foi publicado, com ilustrações do autor, antes da conclusão do filme.
5) Factótum – Sem Destino (2005)
Consagrado no circuito de arte, o realizador norueguês Bent Hamer adaptou o romance homônimo de Bukowski em Hollywood na década passada. No filme, Henry Chinaski (Matt Dillon) vive se empregando e sendo demitido de uma série de subempregos, que encontra para tentar bancar sua vida de bebedeiras, apostas em cavalos, mulheres e, principalmente, de escrever livros que nunca serão publicados.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/
Assinar:
Postagens (Atom)