terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 10)



Maglore
























Uma indicação do meu amigo André Santana, conheci hoje o som da banda Maglore, mais um grande nome do cenário underground o qual, faço questão de ajudar a divulgar aqui no meu blog, na série de artigos: O Rock Independente Brasileiro. 

Maglore é uma banda que se revela em algum lugar entre a bossa nova e rock n' roll. De som orgânico e arranjos preciosos, o trio baiano tem como principal característica a canção popular. Todavia, a preocupação com a poesia e a escrita não deixam de lado o apuro estético em constante mutação ao longo dos anos. Inquietude é a palavra de ordem. Tudo isso em função da descoberta, da experimentação e sem perder a qualidade e a sua essência.

Durante todo o ano de 2010, a banda Maglore viajou pelo país com o intuito de apresentar sua obra musical até então, o EP “Cores do vento”, com 5 músicas, lançado em agosto de 2009, data que marcou o início das atividades da banda.

Advindo de Salvador-BA, o grupo atualmente é formado por Teago Oliveira (voz e guitarras), Rodrigo Damati (voz e baixo) e Felipe Dieder (bateria), tendo em sua constituição original Teago Oliveira (voz e guitarras), Léo Brandão (teclado e guitarras) Nery Leal (baixo) e Felipe Dieder (bateria). Conceitualmente, fazem um rock “tropical”, sem, contudo, desacreditar do pop, levantando a bandeira de que pode – e deve! – haver qualidade no mercado popular.

Com participação assídua em festivais de todos os portes como o FUN Music, de São Paulo (3º lugar, em 2009), Coca-Cola Zero – Desafio das Bandas (1º lugar, em 2009), Big Bands (2010), Feira Noise (2010), Festival de Verão Salvador (2010) e Rock de Cordel, em Fortaleza (2011), a Maglore veio, desde o seu início, ganhando o respeito e atenção do público e crítica. Além dos festivais, o grupo tem público cativo nos shows em Salvador e outras cidades da Bahia, se consagrando como destaque na cena independente baiana. Em âmbito nacional, o grupo tem viajado bastante e está acostumado a circular pelas casas de shows de vários Estados, principalmente no sudeste e nordeste.

O contingente de pessoas que, a cada dia, descobre o Maglore e suas músicas, está crescendo. Em que pese independente, a banda sabe aproveitar as ferramentas que lhe estão à disposição para divulgar seu trabalho. Utilizando-se das mais diversas redes sociais, o grupo vem formando seu público, abrangendo fãs de todo o país.

O que se tem hoje é uma legião de pessoas que não somente ouvem as músicas, como também que apoiam o grupo, em todos os sentidos: divulgam, comparecem e consomem, formando uma rede de pessoas que apostam no potencial da banda.

Com a virada do ano de 2011 a banda lança seu primeiro álbum, intitulado “Veroz”, feito de forma integralmente independente. A obra, musicalmente bastante heterogênea, é uma compilação de várias fases do grupo, misturando-se as canções do EP (2009) com novas composições e vertentes estéticas variadas do quarteto, de modo que as 13 músicas sintetizam toda a variação musical que a banda propõe.

O disco, cuja produção é assinada novamente pelo renomado Jorge Solovera, chileno radicado em Salvador-BA, tem um conceito bem construído, que se reflete tanto nas músicas quanto na arte visual. Inspirado na obra do argentino Diego Gravinese, o designer Igor Alessandro Andrade usou sua autenticidade para compor uma capa intrigante, conectada a um encarte extremamente autêntico, que conta a cada página a história das pessoas por trás da Maglore.

O acabamento estético de “Veroz” é um reflexo do diversificado conteúdo musical da banda. Fugindo de conceitos, trata-se de um disco de música essencialmente popular. Feito para se cantarolar no chuveiro, nas ruas – e nos shows! – é um conjunto de músicas diferentes entre si, que, contudo, remetem a uma identidade musical própria, seja pelas letras, pelos timbres de guitarra ou pela estrutura das próprias canções. É um disco para se ouvir sem preconceitos, sem rótulos e de peito aberto, sobretudo porque foi feito com sinceridade.

O segundo álbum da Maglore é o “Vamos Pra Rua”, lançado em 2013. Dando uma cara nova ao estilo da banda após a saída de Léo Brandão e Nery Leal e a chegada de Rodrigo Damati, Vamos Pra Rua traz em seus sons uma mistura de bossa nova com rock, nada semelhante ao álbum anterior. Com musicas mais calmas e “ambiente”, em Vamos Pra Rua há musicas para quem quer sentar e relaxar, como Nunca Mais Vou Trabalhar e para quem quer se animar e sair do chão, como Avenida Sete. (Texto: Site Oficial & Last.fm).

Em 2015 sai o novo trabalho intitulado "III" terceiro álbum que da sequência a obra dessa grande banda.

Discografia

Cores do Vento (2009) [EP]














Veroz (2011)














Vamos Pra Rua (2013)














III (2015)



















Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/







Absinto Muito





























Uma dose psicodélica do mais puro Rock’n’Roll. A Absinto Muito traz um som transcendental, que combinado com seu visual transmite a uma sensação singular , perdida no tempo. Uma experiência que convida o ouvinte para um momento sensorial, abrindo espaço para muita improvisação e liberdade de ambos os lados. A banda oferece uma catarse de sensações únicas, aberta para quem estiver disposto a se entregar.

A Absinto é um quarteto fortemente influenciado pelos anos 60 e 70, que através de uma formação simples e sincera de guitarra (Renato), bateria (André), Baixo (Vitor) e Vocal (Godoy), traduz para o protuguês brasileiro atual o movimento rebelde e livre da juventude de 69.

A banda passeia pelo tropicalismo do Brasil e pelos campos hippies de Woodstock, trazendo amor e ousadia em suas composições e versões. Um encontro entre Hendrix, Mutantes, Novos Baianos e Zeppelin culminando em uma sonoridade atual e nostálgica.

A Absinto Muito é uma banda de rock composta por 4 integrantes : Renatona guitarra, André na bateria, Vitor no baixo e Godoy no vocal. Suas principais influências são o blues e o rock`n`roll dos anos 60/70.

Gravou seu primeiro CD(Demo) em dezembro de 2009 e passou a divulgá-lo e a fazer shows no ano de 2010. Foi muito bem aceita na internet e figurou no site “Listen before you die”. Venceu o 5 Festival da Canção Clara Nunes e recebeu uma avaliação positiva do crítico de música Kiko Ferreira no jornal Estado de Minas.

Em 2011, a banda rompeu as fronteiras de Minas Gerais e tocou em várias casas de show no Rio e São Paulo. Gravou um EP em estúdio profissional com músicas do primeiro CD, e passou a tocar em rádios do interior de Minas, além de se apresentar em diversos eventos da UFMG.

No segundo semestre de 2011 tocou nas escolas de BH com a 98 FM e alcançou os Trends Topics no Twitter-BH, ao participar por mais de uma hora do programa Kabello Tonight/ Palco 98, também da rádio 98 FM. A banda teve uma ampla divulgação do seu trabalho através dos programas Alto-Falante ( Rede Minas /TV Brasil) e Microfonia (TV PUC).

Participando do Concurso Vintage Times promovido pela Cabos Santo Angelo, classificou-se em terceiro lugar, com indicação para “melhor baterista”, e através disso foi convidada para tocar na Expomusic 2011 (a maior feira de música da América Latina), no stand da Santo Angelo.

Venceu o Medstock -UFMG, tendo se apresentado no Chevrollet Hall-BH. Em seguida venceu a etapa mineira do Festival Nacional Coletânea de Bandas e do Festival Combustível, como representantes de MG em ambos, está expectativa para as finais nacional no RJ.

Além disso, venceu o FUNMUSIC 2011 (o maior festival nacional de bandas universitárias) , tanto na categoria “voto da galera” como através dos votos dos jurados (Kid Vinil, Carlos Rennó, Juca Novaes e Sonekka), após várias etapas de apresentação. Como prêmio, a banda ganhou uma viagem para Londres (março-2012).

Ao lado disso tudo, acaba de gravar seu segundo CD com a mesma pegada rock`n`roll da Absinto Muito, agora somada às experiências e ao amadurecimento desses dois anos de estrada.

Membros:
Renato Ribeiro (Guitarra)
André Fonseca (Bateria)
Vitor Gabriel (Baixo)
Felipe Godoy (Vocal)


Discografia

Absinto Muito (2010)













A Banda Morre (2013)



















Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/







Ventre
























Foram dois anos desde que a Ventre apareceu para o cenário musical com seus primeiros vídeos ao vivo ("Carnaval" e "Pernas"). Foi um período de criação e experiência intenso, em que o power trio testou e amadureceu sua sonoridade ao vivo. O resultado é o disco homônimo da banda.

"Não ficamos parados enquanto trabalhávamos no disco. Viajamos um pouco, fomos aprendendo com outras bandas, em outras cidades. Tivemos muita sorte de encontrar pessoas de ouvido aberto pra gente!", explica Larissa Conforto, baterista da banda.

Formada em 2012, a Ventre conta ainda com a guitarra e a voz de Gabriel Ventura e o baixo de Hugo Noguchi e reflete em sua música a amizade de seus integrantes. Figuras carimbadas para quem acompanha a cena, eles já tocavam juntos antes mesmo da formação da banda. Sua experiência como músicos molda o mar de sensações que dão forma ao álbum de estreia, produzido pela própria banda com ajuda de amigos encontrados pelo caminho. O peso e a leveza dançam em arranjos que misturam estilos e referências com maturidade de anos de carreira.   

Reunidos para uma conversa nos fundos do estúdio do Swing Cobra, coletivo de artistas que a banda faz parte, eles refletem sobre a história da banda, as canções e as expectativas com o álbum.  

"Estamos felizes em encerrar este ciclo que foi a gestação deste disco. A espera foi longa demais, inclusive para nós", comenta Gabriel Ventura. "Mas viver de música independente no Rio é muito difícil, conseguir bancar um disco com tudo o que deve ter, de estúdio, produtor, equipamentos. Acabamos por fazer do nosso jeito: entre amigos."   

"Foi um processo muito cansativo porque muitas vezes aproveitávamos horários vagos em grandes estúdios, entre uma gravação e outra, muitas vezes de madrugada. Passamos por mais de dez estúdios e tivemos muitos amigos, a quem devemos muito, envolvidos - entre engenheiros de som, produtores e artistas", continua Larissa.  

"Quando estudávamos juntos na faculdade, ouvi umas músicas do Gabriel e me apaixonei. Botei muita pilha pra gente tocar aquelas canções, mas ele só tomou coragem em 2012, quando ensaiamos pela primeira vez. De lá pra cá, fomos amadurecendo as canções, entortando até onde dava, descobrindo como trabalhar em trio", explica Conforto.  

"O nome foi sugestão do (Carlos) Posada. Ele foi num ensaio no nosso estúdio, assistiu tudo calado, até que ele sugeriu: 'Tinha que ser Ventre. É visceral e delicado, forte e bonito.' Ficou!", comenta.  

Larissa começou a tocar bateria na adolescência. E não parou mais de aprender estilos e tentar se aprimorar. "Ela que me escolheu. Sempre fui aficionada por bateria desde criança. Foi algo que veio no sangue. Nunca quis tocar outro instrumento". 

Completa a sonoridade da banda o baixo de Hugo Noguchi. A postura tranquila e sorridente do músico esconde uma presença sonora incomum. Baixista desde os 14 anos, Hugo é um curioso. Experimenta sonoridades eletrônicas e teclados midis, além de produzir outros artistas. Ele define seu baixo como uma mistura dos ritmos jamaicanos com melodias do Paul McCartney e do Smashing Pumpkins.  

"A gente também é muito fã dos old school, por termos sido criados daí, e de alguma forma isso aparece na maneira que a gente toca", define, citando desde Who e Hendrix até Jeff Buckley e Elliott Smith como paixões do grupo.  

A base melódica de Hugo e Larissa são o alicerce para as letras e guitarras ruidosas de Gabriel Ventura. "O filho é do Gabriel. Eu e o Hugo só pegamos pra criar", brinca Conforto, em certo ponto da conversa.  

Com letras confessionais e observativas, Gabriel surpreende ao tocar com propriedade em temas como desejo, saudade e efeitos do tempo no amor. 

"Falo do que sabemos falar. Com os relacionamentos vividos, acho que foi natural que os atritos e o que é bom dessa vida transpareça no que eu escrevo", comenta.  

Gabriel começou a tocar no início da adolescência. Foi aprendendo com o pai, sambista, e absorveu um pouco de cavaco e banjo, além da guitarra e violão, esses últimos que adotou como instrumentos de sua expressão. Mas a base dessa criação e aprendizado ficou na sua musicalidade. 

"Quando o Gabriel mandou a demo de 'Quente', era um sambinha. A gente ouviu e ficou pedindo 'Faz um riffão' aí", confessa Larissa. 

Essa cumplicidade e dinâmica das apresentações ao vivo está já primeira amostra do trabalho da banda: o single "Peso do corpo".  

A música ganhou um vídeo pelo cineasta Philippe Noguchi, estrelado pela banda junto das atrizes Malu Souza e Julia Shimura. No vídeo, as paixões latentes da canção ("Prestes a alçar voo / Faminto feito um cão / Louco pelo peso que do seu corpo sobre o meu / Faminto feito um cão") ganham forma etérea e sensorial. Um desejo não correspondido vira frustração e a frustração é demonstrada pelas mudanças de dinâmica da canção.   

Essa relação é vista sob o prisma de uma personagem - na verdade, da sua mente, que quer a todo custo saciar o que sente pela companheira.  

"Curiosamente, essa foi a primeira música que tocamos juntos, no primeiro ensaio", recorda Larissa.

"Além disso, essa música foi a primeira que toquei para alguém que não fosse amigo próximo", conclui Gabriel, dando um sentido ainda mais especial para a canção escolhida para lançar oficialmente a carreira da banda.

"Ventre", resultado de tanto trabalho e tanta cumplicidade, foi lançado de forma independente em streaming e download gratuito. Produzido pela própria banda, o álbum contou com a ajuda de muitos profissionais e estúdios durante sua gestação. E a lista é grande. O disco da Ventre passou pelo Ministéreo, estúdio do Júnior Tostoi, guitarrista do Lenine, que também mixou duas músicas; O Quarto, de Bruno Giorgi, que acompanhou toda a pré- produção e também foi engenheiro e produtor em outros estúdios.   

Eles passaram também pela lendária Toca do Bandido, onde o concurso da Converse Rubber Tracks proporcionou uma diária com o engenheiro de som americano Aaron Bastinelli. O disco ainda teve passagem pelo Superfuzz; Estúdio Musika; Estúdio Quatrilha; Canto dos Trilhos; Maravilha 8; Monoaural.  Uma das faixas foi mixada no Espírito Santo com Gil Mello (Subtrópico e guitarrista da Mango) e Alexandre Barcelos.  Por fim, a masterização foi feita por Matheus Gomes no Magic Master.  

"Deu trabalho, mas é fazendo que se aprende, e a experiência que ganhamos é tremenda", conclui Hugo Noguchi. (Texto: Site Oficial).

Discografia

Ventre (2015)



















Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/


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