domingo, 15 de julho de 2018

RITA LEE & TUTTI FRUTTI E TIBET (HISTÓRIAS DO ROCK NACIONAL)

Rita Lee & Tutti Frutti





















Há tempos queria fazer uma postagem sobre a banda Tutti Frutti, que para mim foi uma banda subestimada e até um pouco ofuscada pelo ícone Rita Lee. Rita Lee teve uma carreira brilhante, uma discografia rica e depois de sua estreia nos Mutantes nos anos 60, juntou uma turma do barulho, mais ligada ao Hard Rock do quê aquela onda progressiva dos anos 70. 

Tutti Frutti é uma banda brasileira de rock, formada no início dos anos 70 por músicos do bairro da Pompeia, em São Paulo. Entre 1973 e 1978, liderada pelo guitarrista Luis Sérgio Carlini, a banda foi o grupo de apoio de Rita Lee, após a saída da cantora dos Mutantes. Com ela tornaram-se um dos grandes nomes do rock brasileiro na década de 70 e gravaram várias músicas de sucesso nacional, como Agora Só Falta Você, Esse Tal de Roque Enrow, Ovelha Negra, Corista de Rock, Miss Brasil 2000 e Jardins da Babilônia. A banda ainda continuaria sua carreira com um novo vocalista, mas encerraria suas atividades em 1981. Voltaram em 2007 com nova formação e apresentam-se de forma errática até os dias de hoje.
























Início

Tudo começou em 1971, no bairro da Pompeia, na capital paulista. Três amigos de origem italiana, o guitarrista Luis Sérgio Carlini, o baixista Lee Marcucci e o baterista Emilson Colantonio, formaram uma banda para tocar rock chamada Coqueiro Verde. No ano seguinte, após alguns shows em pequenas casas noturnas e, também, devido a influência das substâncias químicas bastante em voga na época (como o ácido lisérgico), a banda trocaria seu nome para Lisergia. Tocando na noite paulista, e com Carlini já sendo notado pela sua qualidade como guitarrista, acabaram sendo vistos por Rita Lee.

Rita havia deixado Os Mutantes em outubro de 1972 e tinha de montado uma dupla feminina com Lúcia Turnbull, o Cilibrinas do Éden, e a primeira apresentação da dupla acabou sendo no primeiro dia do festival Phono 73. Por um acaso, sua apresentação acabou ocorrendo logo antes da apresentação dos Mutantes. Com a recepção fria do público ao seu projeto acústico, Rita Lee decidiu que precisava de um grupo de rock para acompanhá-las. A "descoberta" da banda por Rita acabou levando a um convite para que eles passassem a ser a banda de apoio dela. 

























Rita Lee & Tutti Frutti


Apesar de ter gostado da banda, Rita não gostava do nome.  A busca por um novo nome para a banda acabou tendo fim quando Rita e sua empresária Mônica Lisboa montaram um show, que ficaria em cartaz no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, de 15 de Agosto até 16 de Setembro de 1973, para o lançamento da nova carreira da primeira. O nome do show era "Tutti Frutti", porque contava com toda uma parafernália que era usada durante o show: projeção de slides, super-8, luzes coloridas, etc. A ideia inicial era lançar um disco ao vivo com as apresentações no teatro, mas a PolyGram, gravadora de Rita Lee, vetou a ideia.

Com a saída de Turnbull no ano seguinte, a substituição de Colantonio na bateria por Franklin Paolillo, a entrada de Paulo Mauricio nos teclados e a troca de gravadora de Rita, da Phillips para a Som Livre, a banda gravou com ela alguns de seus maiores sucessos, como Bandido Corazón, Mamãe Natureza, Miss Brasil 2000, Agora Só Falta Você, Esse Tal de Roquenrou e Ovelha Negra, do disco Fruto Proibido, disco considerado obra-prima de Rita - e que a edição brasileira da revista Rolling Stone considera o 16º melhor disco brasileiro de todos os tempos em qualquer gênero - cujo solo final de Carlini é a marca registrada da música até os dias de hoje.

O registro do show de Rita Lee & Tutti Frutti no "Hollywood Rock" de 1975, pode ser visto no documentário Ritmo Alucinante, do mesmo ano.

Tutti Frutti

Em 1978, já com Roberto de Carvalho integrando a banda como tecladista, Carlini resolve deixar o grupo, insatisfeito com sua posição secundária na banda - ele era o autor de várias músicas com Rita - e leva consigo o nome, registrado por ele desde 1973, formando então um novo grupo com o mesmo nome, com o vocalista Simbas, ex-Casa das Máquinas, o baixista Walter Balot e o baterista Juba Gugel, enquanto seu parceiro e cofundador do Tutti Frutti original, Lee Marcucci, continuou com Rita.

























A nova banda continuou com shows e um novo disco próprio da gravadora Capitol, que, demorando a ser lançado, graças a uma música censurada e que a banda queria que constasse dele de qualquer maneira, não fez sucesso. A banda terminou no começo dos anos 80.






























Em 1997, retornaram aos palcos por 10 anos com a cantora Helena Theodorellos, o baixista Mr. Ruffino, Franklin Paolillo na bateria e Ronaldo Bebeuz nos teclados. Esta formação fez muito sucesso na noite paulistana e várias turnês pelo país, terminando em 2007 com a saída de Helena Theodorellos.  Atualmente a banda continua na ativa com a cantora Sol Ribeiro. Há alguns anos, Carlini tem feito pequenos shows e gravações com ex-integrantes do Tutti Frutti, como Marcucci e Franklin Paolillo, ensaiando uma nova volta, ainda não concretizada.



Discografia

Atrás do Porto Tem uma Cidade (1974)
























Fruto Proibido (1975)
























Entradas e Bandeiras (1976)























Babilônia (1978)
























Ao Vivo

Hollywood Rock ( Álbum ao vivo, lançado somente em LP, e dividido com Erasmo Carlos, O Peso e Raul Seixas) (1975)
























Refestança (com Gilberto Gil) (1977)
























Tutti Frutti

Você Sabe Qual o Melhor Remédio (1980)
























Participação

1980 - Tibet (álbum da cantora de mesmo nome)

Participações em Videos

2007 - Biograffiti - Rita Lee (Box Com 3 DVD's De Rita Lee , sendo que a banda participa no DVD "Ovelha Negra")
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.






TIBET (ELIZABETH QUEIROZ) & TUTTI FRUTTI - PERDIDOS NO BAÚ DA HISTÓRIA

























Veterana no rock brasileiro, Tibet atua intensamente na cena desde o final dos anos 70, onde cantou com bandas conhecidas como Made In Brazil e Tutti Frutti com quem gravou seu primeiro disco solo pela RCA Victor em 1980. 


Montou o AJNA em 1990, com uma sonoridade bem mais pesada, aderindo para uma veia mais metal com vocais de drives rasgados, estreando no Dama Xoc, em São Paulo. Com uma extensa bagagem cultural e musical, Tibet foi editora chefe, juntamente com André Cagni, de uma das mais importantes revista de rock dos anos 90, Revista Dynamite.

Durante 8 anos participou de produções e eventos em lugares conceituados como Dama Xoc, Aeroanta, Black Jack, Dynamo e Brittânia, produzindo eventos badalados como Rock Contra AIDS I, II e III e todas as Festas da Revista Dynamite entre outras, além do programa de rádio Demoterapia na 97FM, na década de 90.

Já foi backing vocal da banda Made In Brasil em dezenas de shows e com eles deixou o registro de sua voz no álbum made in Blue, trabalhou também com Lannie Dale no grupo Dzi Croquettes e foi praticamente a fundadora da Revista Dynamite, depois de trabalhar na casa noturna Dynamo, onde foi assessora de imprensa. Continua trabalhando nos bastidores do mundo rock como editora chefe no projeto " Quem sabe faz autoral" na Flix TV, e é a fundadora e a voz da banda trash metal AJNA dos anos 90 que foi recentemente reformulada, além de ser uma mulher encantadora e super influente em toda cena rock n roll paulistana. Se não bastasse tudo isso ela é também psicóloga, escritora e exotérica. 

Discografia com Tutti Frutti

Tibet
















3 comentários:

  1. É legal falar que Tibet nasceu, como artista, no grupo Dzi Croquettas, no início dos anos 70. Esse grupo era uma dissidência feminina dos Dzi Croquettes. Dele saiu, também, das das artistas que formariam As Frenéticas, um tempo depois.

    Abraços,

    Denise

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  2. Legal, valeu pelas informações, já dei uma atualizada, obrigado e siga o blog por favor. Abraços!

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