quarta-feira, 22 de junho de 2016

A BARCA DO SOL & OLÍVIA BYINGTON (HISTÓRIAS DO ROCK NACIONAL)

A Barca do Sol














O conjunto A Barca do Sol iniciou a carreira como banda de apoio do cantor fluminense Pery Reis. Em 1973, seus integrantes lançaram-se em carreira própria. No ano seguinte, a banda lançou seu primeiro álbum, A Barca do Sol, que contou com a participação do compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonti nas faixas "Arremesso" e "Alaska". Também em 1974, entrou para o grupo o então flautista Ritchie, que anos mais tarde se notabilizaria em sua carreira de cantor solo.
























Após uma participação em um especial para a TVE-RJ, o A Barca do Sol começou a se tornar conhecida do público. Em 1976, o segundo disco é lançado, intitulado Durante o Verão. Nesta época, há uma alteração na formação da banda: saem Marcos Stull e Marcelo Bernardes e entram Alain Pierre e David Ganc, respectivamente. Em suas apresentações, o grupo utilizava textos de poetas da chamada "Geração Marginal", particularmente de Geraldo Carneiro, Cacaso e João Carlos Pádua.



Em 1978, os integrantes de A Barca do Sol participam do LP Corra o Risco, que marcou a estréia da cantora Olivia Byington. O disco contém sucessos do grupo, como "Lady Jane", "Fantasma da Ópera" e "Brilho da Noite", regravados pela cantora, além de canções inéditas que viriam a compor o novo disco do conjunto: "Cavalo Marinho" e "Jardim da Infância".

Em 1979, o grupo lançou pelo selo Verão Produções Artísticas o álbum Pirata. Em 1980, fez uma participação especial na faixa "Mais Clara, Mais Crua", do disco Anjo Vadio, de Olívia Byngton, vindo a dissolver-se em seguida. Apesar do fim da banda em 1981, vários membros continuariam ativos.













Integrantes

Jaques Morelenbaum — violoncelo, violino e voz (1973-1981)
Nando Carneiro — violão e voz (1973-1981)
Muri Costa — violão, viola e voz (1973-1981)
Beto Rezende — guitarra, violão, viola e percussão (1973-1981)
Marcos Stull — baixo (1973-1975)
Alain Pierre — baixo (1976-1981)
Marcelo Costa — bateria e percussão (1973-1981)
Rui Motta — bateria (1973-1975)
Marcelo Bernardes — flauta (1973-1975)
Ritchie — flauta (1974-1975)
David Ganc — flauta (1976-1981)

Discografia

1974 - A Barca do Sol - Continental














1976 - Durante o Verão - Continental














1979 - Pirata - Verão (independente)












Coletâneas

2000 Dois Momentos: A Barca do Sol/Durante o Verão Warner Music Brasil
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Olívia Byington & A Barca do Sol - Corra o Risco





















Filha de um psicanalista carioca, estudou piano, violino e violão. Dona de grande extensão vocal, cantava óperas e rock na juventude. Nos anos 70 integrou, ao lado do violoncelista Jacques Morelenbaum, a banda Antena Coletiva, que tocava rock de garagem. No final da década lançou um disco ("Corra o Risco", 1978) e fez shows como cantora solo, no Rio de Janeiro, acompanhada pelo grupo A Barca do Sol. O Álbum de estreia de Olívia se inicia com Fantasma da Ópera, com uma pegada folk/medieval onde a flauta se destaca por toda canção. Em seguida a música que estourou e a levou ao reconhecimento nacional, Lady Jane uma linda e melancólica poesia de Nando e Geraldo Carneiro. A próxima faixa, Corra Risco, é acompanhada com belo arranjo de cordas , flauta e percussão; somente com instrumentos acústicos. Logo após vem Jardim de Infância, mais uma triste canção, somente acompanhada por um órgão e um solo fantástico de vocalização. A próxima faixa, Banda dos Corações Solitários, é mais uma com pegada folk e um fantástico arranjo de violão, cordas e flauta. O lado A se encerra com Cavalo Marinho, mais uma bela canção, letra de apenas uma estrofes e tão sutil como a voz da intérprete.

Considerada uma cantora refinada e sofisticada pelos críticos desde o início de sua carreira, apresentou-se ao lado de Tom Jobim, Radamés Gnattali, Chico Buarque, Turíbio Santos, Paulo Moura, Egberto Gismonti, João Carlos Assis Brasil. Em 1981 foi a Cuba, a convite de Chico Buarque, e acabou gravando um disco produzido por Silvio Rodrigues. Sem desprezar o rock e confirmando sua postura de eclética, gravou, em seu disco "Música" (1984), rocks de Cazuza e canções de Djavan. Mas em geral é conhecida pelo repertório que inclui Gershwin, Porter, Cartola, Tom Jobim. Em 1990 o disco "Olivia Byington e João Carlos Assis Brasil" teve boa recepção e proporcionou ao duo viagens por todo o Brasil. Nos anos 90 excursionou pela Europa e elaborou um trabalho ao lado do saxofonista Edgar Duvivier, e em 1997 gravou "A Dama do Encantado", em homenagem a Aracy de Almeida, disco aclamado pela crítica.

Corra o Risco

Em 1978 é lançado um dos discos mais lindos feito no Brasil, pelo menos é o mais belo de meu acervo feito naquele ano: Corra O Risco de Olivia Byington com participação da Barca do Sol. Um disco que varia da sutileza à agressividade; tranquilo e em alguns momentos nervoso, envolvendo poesia ao folk com direito a flauta doce/transversal e ao rock pesado com guitarras distorcidas. Não lembro ao certo como conheci, mas quando ouvi pela primeira vez foi um tapa no juízo.

O outro lado digamos que seja “mais nervoso”, já começa com Lobo do Mar, música que teve clip lançado no Fantástico, arranjos nervosos, folk que flerta com o rock progressivo, com uma fantástica vocalização e um solo “fritado” de guitarra fuzz. A segunda faixa é uma calmaria, uma linda interpretação de Água e Vinho do mestre Egberto Gismonti em parceria com Geraldo Carneiro, com arranjos minimalistas de violão e violoncelos fazendo uma melodia sombria. A próxima música pra mim é a mais pesada e melhor do disco, Brilho da Noite, onde Olívia canta de uma forma histérica que dá ênfase a canção. A banda absurdamente entrosada, a bateria cheia de contratempos e o baixo fazendo a “cozinha” enquanto a guitarra lisérgica cheia de fuzz e wah-wah. A quarta faixa , Minha Pena, Minha dor, como o próprio título diz, é mais um lamento apenas à voz e piano. O álbum se encerra em grande estilo, Luz de Tango, mais uma música “nervosa” e interpretada de forma vigorante por Olívia, com doses cavalares de hard/psych e erudito (sim, por que não?), com um solo matador de guitarra elétrica.

Olívia, Corra O Risco é um dos discos que tem um lugar especial em meu acervo, um disco perfeito. A interpretação de Olívia Byington e A Barca do Sol é simplesmente ímpar, notável que foi tudo feito de alma e coração. Altamente recomendável aos amantes de prog, hard, psych, folk… Portanto, meus amigos, Corra Risco! Abraço! (texto de Walter Pires)
Fonte: https://clubedovinildealagoas.wordpress.com












3 comentários:

  1. Obrigada pela lembrança...Eu ouvi muito esse disco.

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    1. Obrigado você pela audiência, o intuito é manter a memória viva dessas pérolas de nossa música, um abraço!

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  2. Obrigada pela lembrança...Eu ouvi muito esse disco da Olivia.

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