terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 5)



Carapuça

Neste fim de semana no aniversário de 461 anos da cidade de São Paulo no festival Rock na Cidade, organizado pela rádio rock 89 FM e pela prefeitura de São Paulo, foi onde conheci a banda Carapuça, quando eu e meu amigo fomos abordados no show de encerramento do evento, onde tocava a banda veterana Ira!, por uma figura de cabelo raspado, sem camisa e com o rosto pintado de vermelho sangue, distribuindo um cartão de visita divulgando sua banda, seu nome artístico Annimal Carapuça, vocalista da banda. 

Achei a sua atitude bacana, não vi a apresentação da banda mas fiquei curioso para conhecer seu som, chegando em casa entrei no site da banda e baixei seu primeiro cd "A verdade doa a quem doer", que a banda disponibilizou gratuitamente para download. O som é pesado uma mistura de hardcore, metal e rock nacional, letras diretas que abordam assuntos sérios mas com uma pitada de ironia, a banda é muito competente e os arranjos são ótimos, a produção também é muito boa mas, o destaque além das ótimas letras, são os vocais de Annimal, assim como ele teve a atitude de sair entre a multidão se apresentando pessoalmente e divulgando sua banda, ele também passa essa atitude em sua voz, uma forma de cantar com coração a cada grito e melodia. Há muito tempo não vejo tamanha entrega por parte de vocalistas de bandas de rock, tanto nacional como internacional.

Ao abrir minha página do facebook hoje tive a surpresa da solicitação de amizade de Annimal e achei mais uma vez sua atitude muito bacana, mas só decidi escrever sobre a banda após a audição do seu cd e já posso adiantar que vale muito a pena, pelo que eu li sobre a banda a atitude não para só por aqui, mas também em sua grande presença de palco. Parabéns à toda a banda e em especial ao Annimal e espero que eu contribua com essa publicação para divulgação de mais uma grande banda nacional.



A presença de palco marcante, um som carregado de energia e letras que remetem a assuntos polêmicos são os diferenciais do Carapuça. Dependendo da música ela é transmitida com seriedade ou humor, mas nunca escondendo sua verdadeira intenção: dizer a verdade doa a quem doer. Por onde passa a banda causa forte impressão somando cada vez mais aliados que curtem a ousadia da banda.

As músicas agradam vários tipos de roqueiros, tanto os que gostavam de um som pesado e trabalhado, quanto os que preferiam um som mais agitado e simples.

Um rock nacional forte era o ideal do vocalista e fundador da banda, Animal. Ele queria dizer a verdade nas letras, mas não nas "entrelinhas". Uma mensagem em português que pudesse ser entendida por qualquer um, independente da classe social.

Animal começou cantando covers de bandas famosas do Metal, Grunge, Newmetal entre outros estilos de rock. Com sua experiência decidiu por criar seu próprio som e letras. Trabalhando nisso, procurou por músicos. E foi junto com o guitarrista André (Chamuska - o Bárbaro), o baixista Danilo (Piadista - o Mago), o guitarrista Gustavo (Red - O Sedutor) e o baterista Sérgio Rodrigues (Bazooka - O Dono da banda) que eles alcançaram o objetivo.

O vocal pensou em um nome em português que traduziria a banda, surgiu então "Carapuça". O maior objetivo da banda é levar sua mensagem de Norte a Sul do país e não vai parar de lutar por isso.

Junte-se ao exército Carapuça.

"Eles" podem tentar, mas se depender de nós, a energia do Rock não morre nunca.

Fonte: http://centralrocknet.com.br/
Site oficial da banda: http://www.carapuca.com/





Madalena Moog


Madalena Moog surgiu no início de 2001 e, desde então, vem construindo uma identidade que pretende-se própria, dançando entre o experimental europeu e a música brasileira, que é privilegiada. Guitarras, metais e sintetizadores, principalmente, marcam os sambas, as bossas e as marchinhas que, temperados pelo rock and roll, se fundem numa musicalidade que procura por novidades, sempre. Madalena Moog é: Patativa (voz, guitarra e sintetizadores), Jansen Carvalho (baixo e back-vocal), Valter Pedrosa (guitarras) e Emerson Pimenta (Bateria).

DISCOGRAFIA

* Madalena Moog (EP 2003)
* Stronic Up! (EP 2006.1)
* Júpiter & Seus Satélites (EP 2006.2)
* Universal Park (CD 2009)
* Samba pro seu dia (CD 2010)

Fonte: http://madalenamoog.tnb.art.br/





Os Haxixins


Da Zona LOST de São Paulo para o mundo. Lendo assim, parece a eclosão de mais um grupo de rap para a cena musical. Mas esse seria o último rótulo que você daria a uma banda como Os Haxixins.

Garage punk e rock psicodélico são as grandes influências dos integrantes Alexandre “Alôpra” Romera (órgão), Sir Uly (vocal/bateria), Fabio Fiuza (guitarra/vocal) e Edu Osmédio (baixo), que começaram com a banda por volta de 2003 inspirados pelo livro “Clube dos Haxixins” – obra que fala sobre as loucuras de um grupo de fumantes do alucinógeno, entre eles Charles Baudelaire.

E, convenhamos, o som dos Haxixins tem tudo a ver com lisergia. Você acaba se sentindo nos anos 60, em meio àquela montoeira de ácidos onde o órgão e o barulho das guitarras são os grandes destaques.

Os músicos fazem questão de carregar seus equipamentos antigos por onde vão, seja no Bar do Aranha na Vila Formosa ou em alguns pubs europeus, onde o grupo tem mais reconhecimento. O que vale é recriar o ambiente sessentista, não importa qual seja o público. Isso já acabou se revelando um entrave; eles quase desistiram de gravar um álbum por sentirem-se rejeitados às gravadoras e aos patrocinadores. Felizmente conseguiram assinar em 2007 com o Berlin Estúdio graças aos esforços de Jonas Serodio, que providenciou gravadores de rolo, amplificadores valvulados e instrumentos dos anos 60.

Em 2010, os Haxixins lançaram seu quarto EP, Under The Stones. As faixas têm menos de três minutos e são urgentes, o que reflete a influência punk e garageira do grupo. Algo como misturar The Kinks e The Clash, Country Joe & The Fish e Ramones, Mutantes e Ratos de Porão.

As canções têm letras em inglês e português, com títulos psicotrópicos como “Eu Vou de Novo”, “A Beira da Loucura”, “Pó da Estrada” e “Debaixo das Pedras”. Mas não é a viajeira que se destaca; o som é divertido, anima qualquer festa de época e tem letras bem trabalhadas. Os órgãos são muito bem pontuados, assim como o baixo, proporcionando um verdadeiro clima de festa coletiva – algo que está carente em nossa música pós-anos 2000.

Ao contrário da região perdida de onde vieram, eles se encontraram na música da mesma forma que o hippie muito louco se identifica com o ácido lisérgico. 
Fonte: http://namiradogroove.com.br/





Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta


Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, quarteto formado por Ronei Jorge (voz e guitarra), Edson Rosa (guitarra e vocal), Sérgio Kopinski (baixo e vocal) e Maurício Pedrão (bateria), são representantes da nova safra de artistas baianos que vêm ganhando destaque nacionalmente pela qualidade e originalidade do trabalho. O som da banda combina elementos da música popular brasileira (principalmente samba) ao rock, guardando preocupação poética e temática das letras, arranjos bem cuidados e melodias cativantes, em canções curtas e diretas de Ronei Jorge, que assina todas as composições da discografia (algumas delas, em parceria com Edson Rosa). 

Formado em 2003, o grupo tem seu trabalho desenvolvido de forma independente, trilhando uma história com iniciativas que possibilitam o fortalecimento de sua produção no cenário que está fora da grande indústria fonográfica comercial, com distribuição democrática e liberdade na criação da proposta musical. Neste sentido, a banda já gravou disco, EP e single com recursos próprios e fez dois inusitados lançamentos na internet: versões de músicas gravadas ao vivo em show em São Paulo foram disponibilizadas com exclusividade no MySpace e a canção inédita Vidinha foi apresentada unicamente em formato audiovisual no mesmo site. Foi assim que eles conquistaram respeito da crítica e um público fiel, tendo marcado presença em diversos projetos e festivais de destaque nacional e sido ganhadora de diversos prêmios especializados.

Para o segundo CD, Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta contaram com o precioso patrocínio do programa Petrobras Cultural, conquistado através de seleção em edital que reconheceu o valor de sua obra.
http://www.roneijorgeeosladroesdebicicleta.com/

Seu novo CD Frascos Comprimidos Compressas está disponível gratuitamente no site da banda:
http://www.roneijorgeeosladroesdebicicleta.com/




Carne Doce












Goianos fazem estreia sólida na seara da sonoridade pós-punk. "QUE É QUE FIZEMOS HOJE DE GENIAL?", questiona a vocalista Salma Jô logo na primeira faixa, "Idéia" (com acento proposital), do disco autointitulado do Carne Doce. O debute da banda goiana pode não ser genial, mas revela uma busca por arranjos pouco convencionais e misturas instigantes de gêneros. Nos pontos altos - "Fruta Elétrica", "Sertão Urbano" e "Preto Negro" -, camadas de guitarras encontram-se com batidas ecléticas e letras prosaicas, dando uma atmosfera orgânica e regional às influências do pós-punk.

O álbum ainda escorrega nos exageros e maneirismos vocais de Salma, mas não perde a característica de ser uma das estreias promissoras do Centro-Oeste.

Fonte: Revista RollingStone Nº 101 JANEIRO 2015


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