segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 4)



















Plástico Lunar














Plástico Lunar? É, isso mesmo. Banda de rock que impressiona por fabricar uma música rica, que já beijou o blues e abraçou o progressivo, oscila entre a psicodelia e a Black music e vem se destacando em Aracaju por produzir um som sem afetação dos ritmos regionalistas, mas sim, antes de qualquer rótulo, é autenticamente uma banda de Rock’n Roll. A Plástico Lunar é formada por Daniel Torres (Vocais e Guitarra), Plástico Jr. (vocais e baixo), Leo Airplane (teclados), Júlio Andrade (Guitarras) e Marcos Odara (bateria). A banda tem 2 Eps, “Plastic Rock Explosion” (2003), “Próxima Parada” (2005); lançou em 2009 “Coleção de Viagens Espaciais”, seu álbum oficial pela Baratos Afins, selo consagrado por imortalizar pérolas da psicodelia brasileira, e em 2011 lançou o single “Mar de Leite Azedo” dando uma amostra do som que virá no segundo álbum da banda. 


Integrantes:
Daniel Torres - Vocal e Guitarra
Plástico Jr. - Baixo e vocais
Julio Andrade - Guitarra e vocais
Leo Airplane - Teclado
Marcos Odara - Bateria







Supercordas


Tem um disco do Hendrix pouquíssimo badalado que durante muito tempo foi frequentador assíduo das minhas playlists. Comprei baratinho, mais até pelo nome: 'Psychedelic Voodoo Child'. Cumpre totalmente o título: psicodélico, lisérgico e esfumaçado. Perto das músicas do Hendrix enfileirava Mutantes, Brasões, Zé Ramalho e Lula Côrtes no clássico Paêbirú', temperava o caldeirão com Doors, Zappa, Cream, Velvet e tudo certo, só sonzeira.

Foi assim, atraído pelo rótulo psicodélico, que cheguei ao Supercordas (aliás, um dos melhores nomes de banda já criado). A porta de entrada foi 'A Mágica Deriva dos Elefantes', discaço de 2012, em todas as listas de melhores do ano. Banda formada nove anos antes, em Paraty, litoral sul do Rio, o Supercordas chegava ao seu segundo disco de estúdio (eles tem mais dois EPs; ouça aqui) como uma das principais apostas da novíssima música brasileira com um som encorpado, ao mesmo tempo bucólico e épico, acima de tudo viajante e totalmente inspirado nos anos 60.

Entrou rápido para minha lista de sons psicodélicos e dois anos depois continua lá firme e forte, agora junto com mais revelações de riffs alucinógenos como O Terno, The Outs e, claro, a excelente e top aqui no blog, Boogarins. Mas outro dia mesmo passando pelo disco do Hendrix em casa - por isso a abertura com 'Psychedelic' - veio logo o Supercordas à cabeça: cadê os caras que não mandam notícias? Numa coincidência diria psicodélica, dias depois o Facebook era inundado com posts, matérias e entrevistas anunciando música nova, 'Sobre o amor e pedras', com o vocalista Pedro Bonifrate falando sobre uma 'Odisseia ao contrário, distorcida', 'um mundo sem porteira', 'paralelos interpretativos'... opa, total Supercordas! Ainda não é o aguardado terceiro disco, talvez até menos psicodélico e mais roqueiro que 'Elefantes', mas a qualidade segue fortíssima, letra e vocais viajantes, banda afiada e contribuições luxuosas de Gui Toledo na mixagem e do mago dos moogs Artur Joly na masterização.

Gravado em SP no estúdio do baixista Diogo Valentino (completam a banda Filipe Giraknob na guitarra, Gabriel Ares nos teclados e Digital Ameríndio na bateria e vozes), 'Sobre o Amor e Pedras' é o primeiríssimo single do novo álbum previsto para sair no primeiro semestre de 2015 (Bonifrate antecipa nomes de quatro faixas na entrevista abaixo). A música ganhará clipe nos próximos dias com imagens de arquivo do diretor Giuliano Gerbasi no clima 'road-song'. Saiba mais sobre a produção do disco, novas sonoridades, influências e bastidores da gravação na entrevista exclusiva com o vocalista e guitarrista Pedro Bonifrate. 

Fonte: http://oglobo.globo.com/




Validuaté















Validuaté é uma banda brasileira que surgiu em 2004, em Teresina. Com a proposta de experimentação rítmica sobre o rock e outros ritmos, a banda apresenta sua própria mistura de elementos da música brasileira e mundial. Já dividiu palco com grandes nomes da música brasileira como Caetano Veloso, João Bosco, Bossacucanova, Fernanda Porto, Cachorro Grande, Paralamas do Sucesso e foi indicada recentemente para concorrer ao Prêmio Multishow de Música Brasileira 2014

O grupo Validuaté foi formado em 2004, mas só passou a ganhar mais notoriedade em 2006, quando abriu shows da turnê Cê, de Caetano Veloso. Já em 2007, a banda dividiu palco com diversos artistas conhecidos nacionalmente Paralamas do Sucesso, Luxúria, Cachorro Grande, Tihuana e, em 2008, Fernanda Porto. Nesse ano, participou do festival Teresina é Pop, da Feira Internacional da Música de Fortaleza e da 4ª Feira de Arte e Cultura Nação Piauí, em Brasília.

Somente em 2008, a banda lançou seu primeiro disco, Pelos Pátios Partidos em Festa. Devido à repercursão do disco, a banda chegou ao circuito indie nacional, fazendo algumas apresentações em São Paulo, no Studio SP e no bar Mofo, na ferveção da Lapa, no Rio de Janeiro. 3 . Em 2008, foi a convidada para tocar no palco Torquato Neto, o principal palco do Festival Piauí Pop, que contou com um público de cerca de 30 mil pessoas, juntamente com as bandas Nx Zero, Engenheiros do Hawaii e Capital Inicial.

O segundo albúm da banda veio em 2009, com participação especial de artistas renomados nacionalmente como Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado que compôs uma poesia especialmente para a canção "O Hermeto e o gullar". O cantor, apresentador e ator Zéu Britto, conhecido pela atuação em novelas e seriados da Rede Globo, participou cantando a música brega/hilária "Bruta como antigamente"; Isaac Bardavid, um renomado ator e dublador do estúdio Herbert Richers, também participou recitando em "A lenda do peixe francês".

Em 2014, Validuaté foi indicada para concorrer ao Prêmio Multishow de Música Brasileira.

A banda gravou recentemente um show, com um repertório que traz seus maiores clássicos, e planeja lançar como um DVD para comemorar os 10 anos de existência em 2014. Para financiar a pressagem do DVD, a banda lançou uma campanha no site de crowdsourcing Catarse, e em pouco mais de 1 mês conseguiu arrecadar um valor maior do que o planejado inicialmente para o projeto.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Vespas Mandarinas



Vespas Mandarinas é uma banda de rock formada na cidade de São Paulo, no ano de 2009, composta por Thadeu Meneghini, Chuck Hipolitho, André Dea e Flavio Guarnieri.
Seu álbum de estréia, "Animal Nacional", foi indicado ao 14º Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum de Rock Brasileiro", em 2013

A Vespa Mandarina, inseto nativo da Ásia, igualmente conhecida como Zangão Japonês ou Vespa Assassina, figura no topo da lista dos insetos mais perigosos do Planeta. Essa classe de artrópode possui uma neurotoxina cujo veneno mata, todos os anos, cerca de 40 pessoas ao redor do mundo, além de dizimar outros insetos, como abelhas e louva-a-deuses. Vespas Mandarinas, no plural, também é o nome da banda paulistana – formada por Chuck Hipolitho (guitarra e voz), Thadeu Meneghini (guitarra e voz), André Dea (bateria) e Flavio Guarnieri (baixo) – que lança “Animal Nacional”, seu álbum de estreia pela gravadora Deck. Tanto Vespas Mandarinas quanto “Animal Nacional” são nomes que, nesse primeiro disco, se ajustam como uma carapuça e guardam, ao longo de seus 41 minutos, inoculantes venenos poético-sonoros. 
As Vespas Mandarinas tiveram na populosa e sempre caótica cidade de São Paulo o cenário e a maior fonte de inspiração na qual sorveram seu combustível. No álbum, a urbanidade de megalópole revela-se direta, indireta, sonora e metaforicamente. O conjunto de influências musicais da banda, que inscreve no rock de ascendência brasileira seu traço genético, é amplo: vai da “era de ouro” do rock verde-amarelo, os anos 80, através de bandas que chegaram ao mainstream – Titãs, Ira!, Paralamas do Sucesso e Engenheiros do Hawaii – e outras mais subterrâneas, mas não menos importantes – como, por  exemplo, Gueto, Smack, Picassos Falsos e Violeta de Outono. 

“Animal Nacional” valoriza as letras, o discurso, a poesia e enfatiza, em muitas canções, as guitarras, grandes e robustas, manejadas pela dupla Chuck/Thadeu. O acompanhamento de André e Flavio, baixo e bateria respectivamente, dão corpo à massa sonora das Vespas Mandarinas. As composições, segundo Meneghini, expressam profundidade, a “filigrana dourada” que se perdeu no “desletrado” e superficial rock desses esvaziados tempos. A banda encorpou esse “mojo letrístico” – em certos momentos literário e romântico e, em outros momentos, ríspido e crítico –, contando com novas e antigas parcerias musicais. Uma delas foi a contribuição do compositor de mão-cheia Adalberto Rabelo Filho, da banda Judas,  um dos grandes letristas dessa geração, e outra a participação intelectual de Fábio Cascadura, da banda baiana Cascadura. 
O álbum tem 12 faixas e, dentre elas, “Cobra de Vidro”, já conhecida pelos fãs da banda. A música ganhou videoclipe dirigido pela lente do cineasta Ivan Cardoso, mestre do “terrir”, diretor de filmes seminais como “As Sete Vampiras” e “Escorpião Escarlate”. 
“O Vício e o Verso”, pode-se dizer, é um rock contemporâneo com letra setentista, de versos que põem o ouvinte a refletir: “Ninguém vê a beleza nesse mundo em liberdade vigiada”.

Algumas canções são parcerias inéditas, casos de “A Prova”, que tem o “espirito concretista” do titã Arnaldo Antunes e de “Santa Sampa”, com Bernardo Vilhena (parceiro de longa data de Lobão). “Animal Nacional”, a propósito, é o título de um poema de Bernardo Vilhena, escrito na década de 70. Na música das Vespas Mandarinas, no entanto, a expressão alude à “retomada do rock nacional”.

O álbum ainda traz as canções “O Amor e o Ocaso”, “Um Homem Sem Qualidades” e a já conhecida “O Herói Devolvido”. Além das faixas “Rir no Final” e “Não Sei O Que Fazer Comigo” – versão da música “Ya No Sé Qué Hacer Comigo”, dos uruguaios do El Cuarteto de Nos.  

O disco foi gravado entre os estúdios Tambor (RJ) e Costella (SP) e tem produção de Rafael Ramos. 
Animal Nacional – “‘Animal Nacional’ é um bicho que a gente criou no cativeiro do nosso inconsciente, mas tem muito de consciente nele também”, explica Thadeu Meneghini. “É uma valorização do que é brasileiro sem o lado piegas e chato de ser nacionalista. É a representação de um Brasil possível convivendo com o que é certo e errado, sem a sombra do politicamente correto, sem o medo da intelectualidade e da comunicação popular”.  Um Brasil, ele completa, inserido na cultura pop mundial. O Brasil do Raulzito, Ivan Cardoso, Wally Salomão e Tiririca.  

O guitarrista Chuck Hipolitho diz que o melhor do rock brasileiro dos anos 80 está no DNA das Vespas Mandarinas. Foi, para ele, uma época tão legal e frutífera na arte no Brasil que tudo o que aconteceu na música “infiltrou” em todo mundo – mesmo que indiretamente. “Eu era uma criança e recebi tudo; as crianças estão abertas. Naquela época, no Brasil, eu acho que existia uma equação muito interessante de ingenuidade, sagacidade, vontade e criatividade dadas as limitações comerciais, sociais, políticas e técnicas. O que gosto mesmo naquilo tudo é o poder de penetração e a conexão com o aqui e o agora que tinha na época”.
“Animal Nacional” é a cura para o mundo superficial de nossos dias. Um veneno que, ao mesmo tempo, é um antídoto para as falsas modernidades.
Cristiano Bastos

Fonte: http://www.vespasmandarinas.com.br/ e Wikipédia, a enciclopédia livre.

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