Filme produzido e lançado em 2013, em 19 de janeiro de 2015, ele foi direto para televisão e conta a história do clube CBGB, que dominou o cenário musical de punk-rock em Nova York.
Hilly Kristal oferecia o palco do seu clube para bandas, como os Ramones, tocarem suas músicas originais. Em 1974, o grupo Television tocou pela primeira vez no CBGB, fazendo shows todos domingos até a gravação do seu álbum "Marquee Moon". O clube fechou em 2006.
O filme conta com a atuação dos britânicos Alan Sidney Patrick Rickman e Rupert Grint, conhecidos pela franquia de filmes de Harry Potter e mais um grande elenco. Dirigido por Randall Miller, relata a origem da casa noturna que abriu as portas do punk rock.
Gostei do filme, da reconstituição de época, das atuações, achei engraçado, o ator que interpreta David Byrne ficou idêntico. Só não gostei de uma coisa: as bandas fictícias que se apresentaram no palco do CBGB cinematográfico, todas faziam dublagem das músicas. Usaram músicas originais dos álbuns das respectivas bandas, sem se preocuparem em parecer artificiais, o que lógico ficou parecendo, se pelo menos usassem gravações ao vivo mas, usaram gravações de estúdio para simularem shows, ficou ridículo.Já vi muitos filmes bons sobre música e na maioria os atores até cantavam de verdade.
Tirando este deslize, eu recomendo o filme, por retratar uma casa tão importante para a história do rock e da música, muitas bandas passaram por lá.
Na Wikipédia você encontra além da história da casa e de seu dono uma lista enorme de bandas que se apresentaram no CBGB, inclusive bandas brasileiras como o Ratos de Porão e o Planet Hemp.
Está semana eu li uma notícia na página virgula.uol.com.br do site UOL, que me deixou bastante curioso. A notícia era que a banda com integrantes autistas e com síndrome de Down, a Pertti Kurikan Nimipaivat, ira participar da competição televisiva mais popular da Europa, o Eurovision.
A banda punk finlandesa, que foi tema do documentário The Punk Syndrome, de 2012, foi criada há seis anos após uma oficina musical para adultos com deficiência.
O filme está disponível no Youtube e eu o inseri no fim da matéria. Assisti ao documentário e ele é maravilhoso, acompanhando a vida de seus componentes na estrada e em suas vidas particulares o filme emociona e também faz rir, principalmente nas inocentes brigas entre seus integrantes: Pertti Kurikka (guitarra), Kari Aalto (vocais), Sami Helle (baixo) e Toni Välitalo (bateria).
Conferi o som dos caras e é muito bom, tendo acesso as letras para acompanhar é melhor ainda.
Abaixo deixo um texto escrito por David Arioch que eu copiei da página do autor:
Pertti Kurikan Nimipäivät é uma banda finlandesa de punk-rock old school formada em 2009 por quatro homens com mais de 40 anos que sofrem de síndrome de down e autismo. Apesar das dificuldades e adversidades que tiveram de enfrentar para se tornarem músicos, perseveraram e lançaram em 2010 o split Ei yhteiskunta yhtä miestä kaipaa em parceria com a banda Kakka-hätä 77.
Na sequência, gravaram o single Päättäjä on pettäjä e os EPs em vinil Osaa eläimetkin pieree, de 2011, que faz parte da coletânea Punk & Pillu (da Mauski Records), e Asuntolaelämää, de 2012, ano em que lançaram também o primeiro álbum, intitulado Kuus kuppia kahvia ja yks kokis. Após a duradoura parceria com as gravadoras Airiston Punk-Levy e Hikinauhat Records, o Pertti Kurikan Nimipäivät assinou um contrato com a Sony Music e lançou no dia 13 de janeiro o single Aina mun pitää.
Distante das novas tendências do rock, o Pertti Kurikan Nimipäivät tem como principais influências alguns grupos do cenário underground que entraram para a história do punk-rock finlandês há 30 anos ou mais. Exemplos são as bandas Karanteeni, Kollaa kestää, Ratsia, Sensuuri, Eppu Normaali, Ypö-Viis e Pelle Miljoona ym.
Banda é tema do documentário The Punk Syndrome, de 2009.
Mesmo trabalhando com uma proposta pessoal e diferenciada de conscientização sobre a síndrome de down e o autismo, a banda que usa a música como forma de manifesto só começou a ganhar boa visibilidade na Europa em 2012, quando os documentaristas Jukka Kärkkäinen, J-P Passi e Sami Jahnukainen lançaram o filme The Punk Syndrome.
Inspirado no cinema-verdade, o documentário não recorre a comentários e posicionamentos de especialistas para despertar a conscientização sobre os problemas dos integrantes. Muito menos tenciona ser um baluarte institucional ou a favor de alguma organização não-governamental. É um filme que surpreende pela simplicidade e maneira bem-humorada de destacar que a música pode ser o principal combustível motivador na vida das pessoas.
Nesse contexto, a célebre frase de Nietzsche que dizia que a vida sem música seria um erro se aplica ao gênero punk-rock no universo pessoal e coletivo de Pertti Kurikka (guitarrista e compositor), Kari Aalto (vocalista e letrista), Sami Helle (baixista) e Toni Välitalo (baterista).
Desde o lançamento do documentário, a popularidade da banda tem aumentado.
Ao mesmo tempo que é revelador, The Punk Syndrome consegue ser dúbio, enigmático e subjetivo. Não há explicações para muitas das situações registradas no filme justamente porque os autores preferem deixar aos espectadores à livre interpretação. No documentário, o punk-rock é uma entrada e uma saída. A entrada para um mundo de liberdades e de manifestações sensoriais longe de regras e padrões. É também uma saída de um mundo de pré-conceitos, privações, limitações inconclusivas e diagnoses obtusas.
A banda cresce ao longo do filme e ganha luz numa grande projeção de entendimento e esclarecimento. Há uma gradação do princípio da obscuridade para um reencontro com a luminância. O que ratifica a ideia é o momento em que Pertti, Kari, Sami e Toni começam a se apresentar fora da Finlândia, sua terra natal.
Há que se ponderar também o fato de que ainda é gritante a diferença entre como um autista ou portador de síndrome de down se vê e como nós os vemos. Talvez ainda nos falte a sensibilidade de enxergar as suas potencialidades de forma mais justa, honesta e menos piedosa.
The Punk Syndrome foi premiado na Finlândia, Suíça, Estados Unidos e Ucrânia. Recebeu elogios de revistas como Variety e Empire, além do jornal britânico The Observer. Por enquanto, a meta do Pertti Kurikan Nimipäivät é se apresentar no EuroVision, um dos maiores festivais de música da Europa. A banda disputa uma das vagas com outros 17 classificados.
2013 foi um ano marcado por uma série de protestos que ficaram conhecidos como Manifestações dos 20 centavos, Manifestações de Junho ou Jornadas de junho, foram várias manifestações populares por todo o país que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente nas principais capitais. Foram as maiores mobilizações no país desde as manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. 2013 foi também um ano de muitos lançamentos na música, do Hip Hop ao Rock. E falando em rock aqui no Brasil não foi diferente, apesar de sempre contarmos com o mais dos mesmos como Capital Inical, Charlie Brown Jr, Nasi, Dado Vila Lobos, Arnaldo Antunes e Humberto Gessinger, que lançaram novos trabalhos neste ano, muitos outros novos artistas independentes também lançaram seus primeiros registros, como é o caso das bandas: a psicodélica Boogarins e a banda paulistana Vespas Mandarinas. Mas gostaria de destacar aqui uma categoria dentro do rock que anda esquecido no meio mainstream, falo do Punk Rock. Que estilo musical combina mais com protestos e com críticas sociais do que o velho e bom Punk Rock? Nenhum.
Mas como o Punk Rock nasceu e sempre pertenceu ao underground ele apenas retornou ao seu posto há muito conquistado, que é o da música independente. Neste ano de 2013 tivemos um lançamento de peso, vindos "Do Kaos à Utopia", título do mais novo lançamento da veterana banda Punk, o SubExistência. Comemorando seus mais de 25 anos representando a cena da Zona Leste de São Paulo, o SubExistência mostra para a geração mais nova, como uma banda legítima de Punk Rock deve soar e tocar. Com certeza dentro da categoria Punk Rock este foi o melhor lançamento do ano de 2013. Músicas como "Fogo Cruzado", "Dekadênciamania", "Direito à Razão" e "Terceiro Mundo", são exemplos de como fazer música de Protesto com P maiúsculo. Enquanto "Vida de Garagem" enaltece o cenário underground do rock nacional, "Explorado e Explorador" presta tributo a clássica banda Cólera, fechando assim este grande disco de uma grande banda brasileira. Recentemente a banda liberou gratuitamente o Download do álbum em sua página oficial: www.subexistencia.bandcamp.com Confiram também o mais novo clip da banda: