quarta-feira, 25 de junho de 2014

COLETIVO EU

Não quero fazer parte,
dessas rodas 
de poesia sem alma

Dessas cirandas 
de criança,
mendigando atenção!

Desse descompromisso
com a palavra,
nesse massageador de egos 
(periféricos)

Não quero cuspir 
rimas atrás de rimas,
nem bancar o moderno,
poesia não precisa de bermuda 
nem de terno!

Quero a paz do meu silêncio,
mesmo na inquietação de minha alma,
cultivando fragmentos
no turbilhão de pensamentos
que só em mim, assola! 

2014






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