Um tempo atrás publiquei algumas dicas de livros e um destes livros é Morcegos Negros de Lucas Figueiredo, e na atual situação política de nosso país com todas estás manifestações achei conveniente indicar está leitura. A obscuridade que há por trás das cortinas do poder é minuciosamente exposta nesta obra que infelizmente não consegui acha-la em nenhuma reedição mas nos melhores Sebos você ainda pode encontrá-lo. Infelizmente acredito que a prática criminosa explícita no livro ainda é realidade nos dias atuais:
Morcegos Negros: PC Farias, Collor, Máfias e a Historia que o Brasil não conheceu.
Lucas Figueiredo
MORCEGOS NEGROS
Um bilhão de dólares. Segundo a Polícia Federal, foi este o montante obtido pelo chamado Esquema PC durante o governo Collor. E para onde foi este dinheiro? Para Genebra, Roterdã, Zurique, Londres, Montevidéu, Nova York e Miami. Isso é o que mostra um até agora inédito fluxograma preparado pela PF com informações fornecidas por autoridades italianas. Em seu mais ousado lançamento de não-ficção deste ano, a Editora Record coloca em suas mãos MORCEGOS NEGROS, do jornalista Lucas Figueiredo, um detalhado dossiê - repleto de informações precisas, com bancos, agências e números de contas bancárias - desta verdadeira máquina de corrupção. Dezembro de 1992. Os escândalos no governo levam o presidente da República, Fernando Collor de Mello, a ser destituído do cargo pelo Senado e a ficar oito anos impedido de se candidatar a cargos públicos. Nas ruas, o povo comemora e canta o Hino Nacional, com a certeza de que um novo Brasil está nascendo.
Uma pergunta, no entanto, ficou sem resposta: onde foi parar o dinheiro que o Esquema PC faturou durante o governo Collor? MORCEGOS NEGROS responde. Agosto de 2000. Menos de oito anos depois do impeachment, sem nunca ter sido condenado pela Justiça, Fernando Collor volta à cena política nacional. O empresário alagoano Paulo César Farias, ex-tesoureiro de campanha de Collor, está morto, mas o dinheiro arrecadado em nome do ex-presidente nunca foi recuperado. Durante quatro anos, o jornalista Lucas Figueiredo, repórter da Folha de S. Paulo desde 1994, buscou pistas para decifrar os mistérios do Esquema PC. Nesse período, reuniu provas na Itália, na Suíça, nos Estados Unidos, na Argentina e no Uruguai - e também em Alagoas, é claro - que revelam que os negócios do ex-tesoureiro de Collor iam muito além de corrupção. Em MORCEGOS NEGROS, Lucas Figueiredo mostra que o Esquema PC tinha conexões com o crime organizado internacional. Vasculhando documentos sigilosos no Brasil e no exterior, o jornalista teve acesso a dados referentes às movimentações financeiras entre PC Farias e seus parceiros: mafiosos italianos pertencentes a uma das maiores redes internacionais de narcotráfico.
São transações frenéticas, feitas em quase uma dezena de países espalhados por três continentes. MORCEGOS NEGROS também revela como as instituições brasileiras tiveram acesso a muitas dessas informações e, mesmo assim, deixaram impunes crimes que vão de tráfico de drogas a assassinato - incluindo o de PC Farias e sua namorada, Suzana Marcolino. Ao final do livro, o leitor poderá concluir por que o dinheiro do Esquema PC nunca foi recuperado - apesar de parte dos recursos ter sido identificada em contas bancárias no exterior, conforme mostra o revelador fluxograma preparado pela PF a partir de informações fornecidas pela Itália.
O leitor saberá ainda como Collor conseguiu atravessar os oito anos do seu exílio político de forma suave e sem problemas financeiros. E também saberá como ele prepara sua volta. Mineiro de Belo Horizonte, 31 anos, Lucas Figueiredo é repórter da Folha de S. Paulo desde 1994, trabalhando em São Paulo e Brasília. Especializou-se em coberturas investigativas, e participou, com destaque, da apuração de diversos casos de repercussão nacional, como o escândalo do Sivam, o tráfico de influência na privatização da Telebrás, o massacre de Eldorado de Carajás e diversos episódios de desvio de dinheiro público.
Começou a investigar os negócios de PC Farias e Fernando Collor depois de participar da cobertura da morte de Paulo César em Maceió, em 1996. Em março de 1997, revelou, em reportagens publicadas na Folha, a existência de transações financeiras entre Paulo César Farias e mafiosos italianos pertencentes a uma das maiores redes internacionais de narcotráfico. "Foi direto ao topo da lista de VEJA, na categoria de não-ficção. Repórter do jornal Folha de São Paulo, Figueiredo fez um trabalho de investigação respeitável." - Revista Veja "O livro detalha uma extensa operação de lavagem de dinheiro e corrupção que inclui Brasil, Itália, Argentina, Suíça e as conexões colombianas do narcotráfico" - Lena Frias, Jornal do Brasil "MORCEGOS NEGROS, livro do jornalista Lucas Figueiredo, reúne a trupe de Collor em seu habitat mais apropriado: as páginas de uma novela policial. (...) O livro convida o leitor para se demorar mais à mesa, ornada com informações que costumam ser sonegadas pelo jornalismo diário." - Josias de Souza, Folha de S. Paulo "MORCEGOS NEGROS seguramente passa a representar leitura obrigatória para se compreender, no Brasil, as ligações entre o crime organizado e o poder político." - Wálter Fanganiello Maierovitch, Carta Capital.
"As melhores idéias nascem dos escombros, de resto as estruturas já estão bem arquitetadas."
Igor Motta
sexta-feira, 28 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
THE EDUKATORS - DICA DE CINEMA
Outro filme o qual recomendo e ontem pude conferir no festival de cinema da TV Cultura é Os Educadores - The Edukators, oportuno nos dias de hoje onde vivemos um momento histórico em nosso país já que trata de idealismo juvenil, protestos e tudo mais.
Dirigido por Hans Weingartner
Com Daniel Brühl, Julia Jentsch, Stipe Erceg
Gênero Drama
Nacionalidade Alemanha
Em certo momento de Edukators – Os Educadores, o personagem de Daniel Brühl diz que todas as revoluções se esgotaram. Que, hoje em dia, o que era ideal de luta contra o sistema se transformou em camiseta que se compra em qualquer esquina. A revolução se tornou um bem de consumo. Portanto, o ideal dos Edukators não poderia ser mais apropriado: combater o consumismo e a distribuição de renda desigual.
Inicialmente formado apenas por dois membros, Jan (Brühl) e Peter (Erceg), os Edukators se transformam em um trio quando Jule (Jentsch), namorada de Peter, convence Jan a invadir a mansão de um milionário que lhe processou por um acidente de trânsito. Ela se vê obrigada a pagar o valor da Mercedes danificada, o que deve lhe tomar cerca de oito anos de trabalho. Algo sai errado durante a invasão à casa do sujeito e os Edukators logo se vêem não só envolvidos em um seqüestro não planejado, como também em um triângulo amoroso que pode colocar em risco a amizade entre eles.
Dirigido por Hans Weingartner (O Som das Nuvens), Edukators é um filme de apelo jovem, que conta com uma direção moderna (a câmera participa da ação a todo momento, como na cena em que manifestantes tentam impedir a prisão de dois de seus membros). O cineasta tem o mérito de não se render a maneirismos comuns a videoclipes, como é costume hoje em dia em produções voltadas para o público adolescente. Weingartner, pelo contrário, sabe valorizar o que de mais precioso tem a seu dispor: o roteiro e o elenco.
Julia Jentsch (Uma Mulher Contra Hitler) e Daniel Brühl (Adeus, Lenin!) são os que mais se destacam, já que são eles que provocam o conflito principal da trama. Julia é cativante. Ela é daquelas garotas por quem você iniciaria uma revolução sozinho. Sua meiguice é contrabalanceada com sua firmeza e seu ar de independência. Jule não está com Peter à toa, só porque acha bacana namorar um cara descolado. Ela divide com ele a mesma filosofia de vida, algo que também encontra em Jan.
Inicialmente, o rapaz não dá muita bola para ela. Mas é aquele caso: uma indiferença que é usada para barrar uma atração inconveniente. Quando os dois começam a se aproximar, a se conhecerem e a descobrirem que também possuem os mesmos ideais, aí... Bom, você pode imaginar. Brühl se sobressai porque seu personagem é o que possui as melhores falas do roteiro. Ele é praticamente o porta-voz dos Edukators. Stipe Erceg atua em segundo plano, mas quando aparece é incisivo. É dele um dos melhores diálogos do filme, quando diz que “o que importa não é quem inventou a arma, mas quem puxa o gatilho,” colocando um fim numa discussão sobre de quem é a culpa da má distribuição de renda no mundo.
Gerar essa discussão, aliás, é o principal trunfo de Edukators. Afinal, se apenas fosse a história de um triângulo amoroso, o filme poderia não passar de uma reprise. A mensagem dos Edukators não é uma mensagem reacionária. Não chega nem mesmo a ser um pedido de revolução. O objetivo deles é, antes de mais nada, não se renderem ao sistema. Não terminarem como o sujeito que seqüestram, “vendendo” seus ideais. Pode ser pretensioso que eles se auto-intitulem “educadores”, visto que não estão dando lições a ninguém, mas apenas, como Jan mesmo diz, tentando deixar os ricos inseguros.
Se há algo que eles ensinam é um exemplo de coragem. Não a coragem de burlar sistemas sofisticados de segurança, mas a coragem de não se deixar alienar, a coragem de acreditar na igualdade sabendo que sentimentos utópicos de uma sociedade perfeita não levam a nada. Sim, os Edukators possuem o desejo de uma revolução, mas é uma revolução que só pode começar se cada um de nós começar a dizer “não” ao “querer mais” e “sim” a virtudes, como a tolerância e a lealdade.
Não é ser educado. É se educar. (Renato Silveira)
Fonte: http://www3.cinemaemcena.com.br/
'XXY' - DICA DE CINEMA
Vivemos em tempos em quê a sexualidade dos indevidos estão em voga, sendo discutida e representada nas ruas e nos plenários, muita polemica em relação a conservadores religiosos e as minorias que se sentem sem representação, ora isso no Brasil, o país mais falso moralista do mundo, bom mas não estou aqui para levantar bandeira, pelo menos agora não, estou aqui para mais uma dica de cinema, e mais uma vez um filme de produção argentina, um filme de 2007, que abordaram um tema delicado referente a sexualidade, no caso uma história de uma hermafrodita de 15 anos, um filme que certamente nos faz refletir sobre a natureza das pessoas, que não fizeram escolhas mas sim nasceram com suas respectivas condições sexuais:
XXY é um filme argentino escrito e dirigido por Lucía Puenzo, lançado em 2007. Conta a história de uma adolescente intersexual que, devido a uma doença genética apresenta características de ambos os sexos. Alex, interpretado pela atriz Inéz Efron é um hermafrodita de aspecto quase andrógeno. Tal condição dificulta a definição de sua orientação sexual, até a adolescência pelo menos.
Para proteger seu filho do preconceito os pais levam-no ainda criança para morar em uma pequena cidade do interior. No entanto, o drama do enredo se dá quando um outro adolescente se apaixona por ela, sem saber, a princípio, de sua situação especial.
O florescer da sexualidade pode ser abordado de muitas formas pelo cinema, mas este filme - co-produzido entre Espanha e Argentina - encontra uma forma única de abordar um drama desse gênero ao explorar de forma delicada como uma menina de 15 anos é capaz de enfrentar o fato de ser hermafrodita.
Alex (Inés Efron) vive num povoado de pescadores no Uruguai. Seus pais, Suli (Valeria Bertuccelli) e Kraken (Ricardo Darín, de Nove Rainhas), moravam em Buenos Aires (Argentina), mas, com o nascimento da filha hermafrodita, resolveram mudar-se para o povoado a fim de manter-se longe dos olhos preconceituosos da sociedade. A de XXY ação tem início quando Erika (Carolina Pelleritti), amiga de Suli, viaja ao Uruguai acompanhada por seu marido médico Ramiro (Germán Palácios) e o filho adolescente Alvaro (Martín Piroyansky). A visita da família tem como objetivo definir de vez o gênero de Alex: com os dois órgãos sexuais, ela tem de decidir se quer ser homem ou mulher, escolha concretizada por meio de uma cirurgia.
Ao invés de explorar o drama que envolve a protagonista por conta da escolha, XXY prefere tratar a situação de uma forma sincera e honesta, abordando os tipos de problemas que qualquer outro adolescente teria: o sexo, a vergonha em relação ao próprio corpo, a insatisfação com a vida. Claro que todos esses problemas são únicos em relação a Alex por conta de sua situação. O filme se passa muito próximo ao mar, onde existem espécies naturalmente hermafroditas, como os cavalos marinhos, como uma forma de aproximar a personagem à "normalidade".
Todos os dramas do longa são tratados de forma digna, como se os personagens sofressem sempre sozinhos. Por isso, sua boa interpretação é crucial para que o espectador emocione-se de forma quase que involuntária.XXY passa longe de qualquer tipo de sensacionalismo que o tema poderia acarretar e esse é um dos grandes méritos do filme, dirigido por Lucia Puenzo. Tudo é desenvolvido tendo como base a situação psicológica de cada personagem; por isso, são todos muito bem-desenvolvidos, com destaque para a atuação fria e contida de Ricardo Darín, que dá a densidade necessária ao seu papel.
Fonte: http://www.cineclick.com.br/
Assista o filme completo aqui:
terça-feira, 25 de junho de 2013
DESCORTINAR
Neste dia úmido
eu me absorvo de tudo
Absorto e mudo
contemplo o pensamento
esqueço e lembro
tudo em um minuto
o agora é um prato fundo
de feijão com arroz
eu como e me farto
será meu fracasso?
Não acho
o frio me faz querer calçar sapatos
estou recluso
mas vejo o mundo
pelas janelas eletrônicas
As sensações digitais
escrevo e leio
releio e publico
a poesia virou um abrigo
a sobriedade me faz capaz
de ouvir e enxergar mais
o que os ouvidos e os olhos já não entendiam
que sou eu o único ser capaz
de determinar os rumos de minha vida
conheço bem os perigos da esquina
Mas nesta tarde fria
apenas me sinto em paz!
2013
THE ANIMALS & ERIC BURDON
Uma das minhas bandas preferidas também da década de 60 é o The Animals, banda um pouco subestimada mas criadoras de grandes clássicos, quem não conhece os hits House Of The Rising Sun e Don´t let Me Be Misunderstood? que foram regravadas pelo grupo Santa Esmeralda um grupo americano/francês do estilo disco dos anos 70. Mas minha preferida de todos os tempos sempre foi Inside, Looking Out.
O The Animals surgiu na década de 60 e, ao lado de Rolling Stones, tornou-se um dos principais nomes da “British Invasion”. A história do grupo teve várias mudanças de nomes no decorrer da carreira, mas ele é oriundo do Kansas City Five de Newcastle, formado por Alan Price (piano), John Steel (bateria) e Eric Burdon (voz). Burton foi morar em Londres e Price saiu para juntar-se ao Kontours, que mudou de nome para Alan Price R&B Combo. A banda de Price tornou-se a base para o Animals, com John Steel, Bryan “Chas” Chandler, Hilton Valentine e, com a volta de Burdon em 1963, adotaram o nome Animals.
Eles gravaram um EP com as músicas que tocavam nos bares da cidade e o resultado veio rápido, através de um contrato com a Columbia Records. Em 1964, o grupo lançou o primeiro single, “Baby Let Me Take You Home”, seguido pelo álbum de estréia, “The Animals”. Após o lançamento do disco “Animal Tracks” em 1965, Price largou a banda. Alguns boatos diziam que ele tinha medo de avião, outros falavam que o motivo seria as brigas constantes com Burdon. Em seu lugar entrou Dave Rowberry.
Alguns problemas surgiram após a saída de Price, o empresário Mickie Most e a gravadora quiseram que o grupo criasse músicas mais comerciais. Os integrantes não gostaram do rumo e trocaram de empresário e de gravadora antes de lançar o terceiro disco, “Animalisms”, que saiu em 1966 pela Decca. Mas os problemas não acabaram, Steel também preferiu deixar a banda e foi substituído por Barry Jenkins. Depois foi a vez de Chandler e Valentine tomarem outro rumo e, em 1966, o Animals colocava um fim na carreira.
No ano seguinte, Burdon liderou a volta do grupo, mas com novo nome: Eric Burdon and The New Animals. A formação contava ainda com Jenkins (bateria), John Weider (guitarra e violino), Vic Briggs (guitarra) e Danny McCulloch (baixo). Lançaram um disco/coletânea chamado “Eric is Here”, 1967. Um ano depois, o grupo não tinha mais Briggs e McCulloch, que foram substituídos por Zoot Money e Andy Summers. Mas um novo fim foi marcado pela mudança de Burdon para Los Angeles, onde ingressou na banda War, que misturava rock com ritmos latinos.
Alguns anos depois, em 1976, a formação original se reencontrou para gravar “Before We Were So Rudely Interrupted”. O disco recebeu elogios da crítica, mas não chegou a fazer sucesso com o novo público e os integrantes se separaram novamente. Um último suspiro foi dado em 1983, quando surgiu o disco “The Ark”, com material inédito. A receptividade dos fãs foi bem melhor e o disco rendeu uma turnê mundial. Mesmo assim, foi a última vez que Burdon, Price, Chandler, Steel, Valentine e Money tocaram juntos no Animals.
Em 2004, para comemorar os 40 anos da banda, o baterista John Steel realizou uma turnê em homenagem à banda.
Integrantes.
Ultima Formação.
George Bruno: Teclas (1968)
Barry Jenkins: Bateria (1966-1968)
John Weider: Guitarra (1966-1968)
Vic Briggs: Guitarra (1967-1968)
Danny McCulloch: Baixo (1966-1968)
Eric Burdon: Vocais (1962-1968)
Ex-Integrantes.
Tom Parker: Teclas (1966-1967)
Alan Price: Vocais, Teclas (1962-1965)
John Steel: Bateria (1962-1966)
Dave Rowberry: Teclas (1965-1966)
Brian \"Chas\" Chandler: Baixo (1962-1966)
ilton Valentine: Guitarra (1962-1966)
Discografia The Animals
1964 The Animals
1965 Animal Tracks
1965 The Animals on Tour
1965 Animal Tracks
1965 British Go Go
1965 In the Beginning (ao vivo no Club A-Go-Go)
1965 UK Blues (ao vivo com Sonny Boy Williamson)
1966 Animalisms
1966 Animalization
1966 Animalism
1967 Eric Is Here
1967 Winds of Chabge
1967 Summer of Love Monterey Pop Festival
1968 The Twain Shall Meet
1968 Every One of Us
1968 Love Is
1976 Before We Were So Rudely Interrupted
1983 Ark
1984 Rip It to Shreds - Their Greatest Hits Live
Eric Burdon
Ele foi o integrante fundador dos Animals, uma banda originalmente formada em Newcastle no começo dos anos 60. Em 1966, o grupo se dissolveu e Burdon continuou como Eric Burdon and The New Animals. Esta formação durou até 1970, quando ele formou outra banda, a War. Burdon deixou o grupo em 1971 para seguir carreira solo.
Os Animals se reuniram por pouco tempo durante 1976 e 1983, mas se separaram novamente depois de ambas reuniões. Burdon continua a gravar e viajar em turnê por conta própria.
Eric Burdon, 72 anos de idade até hoje segue em carreira solo e é um dinossauro do Rock, uma lenda viva, ainda hoje faz shows por aí.
Discografia Eric Burdon
Survivor – 1977
Darkness Darkness – 1980
The Last Drive – 1980
Power Company – 1983
I Used To Be An Animal – 1988
Lost Within the Halls of Fame – 1995
My Secret Life – 2004, #93 in DE
Soul of a Man – 2006, #43 in DE, #165 in FR
Eric Burdon & The Greenhornes – 2012
'Til Your River Runs Dry – 2013
Curiosidade:
Em abril de 1997, o cantor brasileiro Marcelo Nova vai para Nova Iorque encontrar-se com Eric Burdon. Os dois entram num studio em Long Island, com uma banda formada por músicos locais e gravam várias canções que haviam feito em parceria. Eric abre o seu show em Nova Iorque com "Satanic Heart" versão da música do Marcelo do álbum "A Sessão Sem Fim".
segunda-feira, 24 de junho de 2013
AOS REIS DE MENTIRA
O que eles querem ver tombar?
Uma real história ou uma franzina?
Quem cobra agora aos reais devedores?
Os reis que devem e se escondem atrás da cortina.
O poder se fragiliza com os gritos da esquina!
Não é uma nova ordem mundial,
é apenas a voz que se alivia,
do fato de ficarem mudas,
enquanto os reis determinavam suas vidas.
Aos reis de mentira!
Cuidado com as flechas que vem da direita,
olhem nos olhos eletrônicos!
cuidado com o "arco da promessa" à esquerda,
que confunde a cabeça,
de quem não pensa!
Cuidado com a maquiagem dos Teles Jornais!
Eles não querem que você apareça!
E quem sai em sua defesa?
A luta nunca foi injusta!
Olhem na rede eletrônica:
Contem os peixes!
Aos reis de mentira!
Partidos partidos,
Aos reis de mentira!
É proibido se exibir, é proibido!
A linha é dura mas já não dita,
o quepe caiu na rua,
foi pisoteada enquanto você dormia!
Aos reis de mentira!
Deflacionaram o coletivo,
que nunca andou sozinho,
usaram o corretivo,
e jogaram fora os papéis!
E lá se vai as bandeiras,
e ficam os sorrisos,
mas eis que chega a roda típica
e carrega a dívida pra cá!
E roda os indecisos e roda sempre o peão,
Aos reis de mentira!
ouçam a canção!
Aos reis de mentira!
Uma história tão antiga,
repleta de vida e paixão!
2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
DEUS DA CARNIFICINA (DICA DE CINEMA)
Mais uma dica de um grande filme que prova que um bom texto e bons atores as vezes é o melhor ingrediente para se fazer o melhor cinema:
O novo filme de Roman Polanski começa com o desentendimento de dois pré-adolescentes. Eles chegam às vias de fato e um deles leva a pior e tem dois dentes quebrados, fruto de uma paulada. O incidente leva os responsáveis pelos garotos se encontrarem na casa do agredido para tentar buscar alguma forma de reparação. Aos poucos, porém, as atenções se direcionam para a vida pessoal e profissional dos casais e a convencional polidez do início cede lugar a embates virulentos que por muito pouco não descambam para agressões físicas.
O longa, baseado na peça teatral God of Carnage, de Yasmina Reza (que também assina o roteiro ao lado do diretor), tem 80 minutos de duração e, com exceção da breve cena da briga dos meninos, que se passa num parque, é todo ambientado dentro da sala de estar do casal formado por John C. Reilly (Precisamos falar sobre Kevin) e Jodie Foster (Um novo despertar), pais da vítima. É neste ambiente, em meio a conversas sobre culturas, tipos de educação, remédios, hamster e indigestões estomacais, o destempero vai tomando conta do cenário.
O advogado Alan, interpretado por Christoph Waltz (Água pra Elefantes), passa a maior parte do tempo atendendo ligações de trabalho e parece pouco se importar com o que acontece à sua volta. Penélope, a personagem de Foster, tenta ser a mediadora do papo dos adultos. Michael Longstreet (Reilly) vai perdendo a compostura e mudando de personalidade ao longo das discussões. Nancy Cowan (Kate Winslet) parece a mais madura no início, mas mostra-se uma destemperada tempos depois.
Fica claro pelo trailer quanto por todo o material de divulgação do filme que o encontro entre os dois casais civilizados vai se degenerar, partindo para a "carnificina" do título. Não existe suspense quanto a isso. Deus da Carnificina torna-se interessante, no entanto, pelo desenvolvimento paulatino desta situação de conflito. Polanski consegue extrair o máximo de seu elenco e aproveita cada segundo com uma direção muito segura. Trata-se de um trabalho harmônico, tanto na montagem quanto no roteiro, promovendo uma progressão certeira e inevitável rumo ao conflito.
Mas Deus da Carnificina não proporciona apenas diversão ao espectador sentado na poltrona em posição cômoda diante da catástrofe alheia. Pode-se tirar algumas reflexões do filme, algumas óbvias, como as “máscaras” que caem diante de uma situação de conflito. Outras, no entanto, são mais sutis, como as relações de poder entre homens e mulheres. A facilidade com que eles se unem contra elas, enquanto as mulheres parecem mais propensas a assumir suas brigas individualmente. O filme também atesta que erudição e engajamento – no caso de Penelope – ou status social – caso de Alan – não significam, necessariamente, bons modos, generosidade e senso de coletividade.
Trabalhando com riqueza de detalhes a personalidade de cada membro do quarteto, o bom roteiro não permite que nenhum deles torne-se desinteressante, mesmo que, por vezes, mostrem-se odiáveis ao exporem suas verdades. O argumento é, sem dúvida, atraente e os atores estão à altura dele. Polanski resolver facilmente a questão do espaço cênico da trama, conferindo à narrativa uma dinâmica capaz de captar a atenção do espectador por mais tempo.
Ao mesmo tempo em que conserva a estrutura básica de uma peça teatral, o diretor faz o possível para controlar o ponto de vista do público, característica iminentemente cinematográfica. Os enquadramentos e o jogo com profundidades de campo diferentes denotam a mão do diretor de cinema a exercer seu controle artístico.
Feito de momentos capazes de nos levar a introspecções profundas, mas capaz também de nos fazer rir de forma descompromissada, Deus da Carnificina prova que bons personagens e diálogos bem escritos ainda são a base de um produto cinematográfico. Polanski que o diga.
Fonte:
http://www.cineclick.com.br/falando-em-filmes/criticas/deus-da-carnificina
segunda-feira, 3 de junho de 2013
CORAÇÕES SUJOS - FERNANDO MORAIS (DICA DE LIVRO)
Este foi o segundo livro que li de Fernando Morais, hoje o meu preferido dele, li na época de seu lançamento e fiquei extasiado e muito envolvido com essa obra, o livro posteriormente virou filme e foi até melhor do que a adaptação de outro livro de Morais: 'Olga', ambos os filmes não dão conta do recado e por isso eu recomendo que leiam os livros.
Sinopse:
Corações Sujos é um livro de Fernando Morais, no estilo jornalismo literário, publicado em 2000 pela Companhia das Letras. Venceu o Prêmio Jabuti de Melhor Reportagem em 2001.
A obra é primariamente sobre a Shindo Renmei, um grupo paramilitar da colônia japonesa no Brasil que se recusava a acreditar na rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. Além de criar notícias falsas ou manipular verdadeiras para dar a impressão que o Japão estava empreendendo uma campanha vitoriosa, entre 1946 e 1947 os membros do grupo mataram 23 imigrantes que aceitaram a derrota - a quem a Shindo Renmei se referia como makegumi, japonês para "coração sujo". Também conta a história da imigração japonesa, e uma investigação sobre o nacionalismo japonês.
Morais passou cinco anos pesquisando sobre o livro, realizando centenas de entrevistas com sobreviventes e parentes.
A obra também foi adaptada para o cinema pelo cineasta Vicente Amorim, mas o filme adapta a história concentrando eventos em uma cidade fictícia seguindo um pequeno número de personagens.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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