quinta-feira, 30 de agosto de 2012

AS PALAVRAS


As Palavras


De onde vem as palavras?

Da escrita ou da fala?
Será que elas se calam?
De onde vem as palavras?


Eu sei que está minha rima te irrita!

E que minha grafia te assusta.
E que a caneta pode ser uma arma!
Me diga de onde vem as palavras?


E pra que te servem as palavras?

Para te-las ou guarda-las?
Para ouvi-las ou propaga-las?
Sei que elas simplesmente se espalham.


E porque temer as palavras?

Elas te elogiam ou difamam?
Te machuca ou maltrata?
De onde é que vem as palavras?


Talvez eu saiba,

de onde vem as palavras.
as verdadeiras atrás das farsas,
as mentirosas, ferem feito faca.


A função das palavras,

é materializar idéias,
e não se pode abafa-las,
Ser livre, está é a função das palavras.


29/08/2012



Igor Motta




Primeira  página de um manifesto à música marginal.

Vamos tocar músicas sobre estruturas errôneas, meio desafinadas,encontrar o meio fio de uma nota dissonante.
distorção e batucada, violão, bateria, contra-baixo e guitarra.
cantar rasgado, gritar, recitar letras e cuspir poesia, vou dar um show solo no banheiro sentado no vaso, e o público virá de dentro do espelho. Uma bela de uma cagada!
Não vamos pagar ECAD nem pleitear da ordem dos músicos uma mera carteirinha, vamos gravar e distribuir de graça ou em troca de um prato de comida.
Tocar nossa música marginal.

O músico é tão marginal quanto a prostituta, empresários são como cafetinas!
vendemos prazeres em troca de notoriedade e grana, vamos mandar tudo pros escambal!
Não vamos dar mais nenhuma nota que não seja aquela que realmente se sinta, não vamos cantar nenhuma letra que realmente não se reflita, não vamos sorrir cheio de dentes pra está gente mesquinha.

Ser cool é cu! 
Quem segue tendências é deveras retardado, lhes dizem o que vestir, o que comer, o que pensar, o que tocar? Nem fodendo!
Vamos tocar sozinhos uns para os outros, músicos que entendam músicos, não para um monte de gente com cara de nada esperando um refrãozinho para repeti-la em coro, dançando passos coreografados como macacos amestrados!


Igor Motta

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