quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

UM ODE A RENATO

Qual roqueiro brasileiro de minha geração
que não tenha ouvido todos discos da Legião?
Não tenha gritado a todo pulmão?
num show barato e inesquecível qualquer?
só pelo fato de estar entre amigos?
Só pelo Tempo prazeroro e Perdido
Tomando Coca-cola e cachaça 
chorando feito Andrea Doria,
sentindo o amor nos trair
E o vento continua levando tudo embora!
Mas hoje a música não é tão Urbana
É mais do mesmo
É tudo igual
E em todo carnaval: 
coreografias para amestrar macacos!
Hoje não somos nem pais, nem filhos
Como diria Rodrix:
em sua primeira canção da estrada:
'Mas encontrei tantas pessoas tristes
Desaprendendo a conversar"
Mas essa é uma outra história, uma dos setenta
vamos voltar aos oitenta
e lembrar daquela molecada da colina
um outro clube de uma outra esquina:
aquela que atravessavam o eixão
às seis horas da madrugada
Quem um dia irar dizer:
Quem nunca tentou decorar 'faroeste caboclo' no busão?
ou que a cantou até perder o folego numa roda de violão?
Só para impressionar a namorada
Mas saibam que ainda é cedo
para se ir embora
se a felicidade demora
é por quê ela pode nunca vir
mas esse pessimismo Russiano
é tão mais triste agora
que já não temos o Manfredini Júnior 
por aqui.

Igor Motta

Um comentário:

  1. Falou pouco mas acertou na mosca. Para onde foi,o que se transformou o rock nacional, nos programas de tv é sempre o mais do mesmo. Ainda bem que ainda tem bandas que resistem ao tempo, que continuam a lançar discos: Capital Inicial, Plebe Rude,Nenhum de Nós, Violeta de Outono, Paralamas do Sucesso,Ira,Ultraje a Rigor. Que ainda nos brindam com seus talentos .

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