sexta-feira, 31 de julho de 2015
ESQUERDA CAVIAR (DICA DE LIVRO)
Mais uma dica de livro, este livro eu indico não só a pessoas com um discurso liberal à direita mas sim para as pessoas que como eu amadureceram e compreenderam que: discursos demagógicos, utopias santificadas, militâncias religiosas, extremismos ideológicos, o politicamente correto e o controle estatal são males que atrasam o desenvolvimento de um país e dividem a população, enfraquecendo ainda mais nossa democracia. Deixo abaixo uma ótima resenha deste livro publicado em 2013 na página de cultura do site da revista Veja:
Depois do ótimo “O Mínimo que você Precisa Saber para Não ser um Idiota”, de Olavo de Carvalho, lançado em agosto, agora vemos o lançamento do novo livro de Rodrigo Constantino, “A Esquerda Caviar”. A meu ver, é com certeza a melhor obra de Constantino, divertidíssima de se ler, e que lança mais um alento nessa onda de bom material de pensamento liberal disponível ao leitor brasileiro.
O livro inclui inúmeros exemplos de socialistas que levam uma vida de abundância, especialmente por causa do discurso que propagam. Entre eles estão políticos, jornalistas e principalmente artistas. Quer entender como pensa gente como Wagner Moura e Mathew Modine? Este é o livro.
Tive alguns incômodos em certos momentos quando Constantino trata esse tipo de comportamento como uma contradição em relação ao discurso esquerdista. Aí me parece que a “esquerda caviar” seria uma aberração. Neste ponto eu argumento em direção oposta: a “esquerda caviar” é a consequência óbvia da aplicação do discurso socialista. Mas este é apenas um detalhe que não atrapalha o saborear da obra.
A verdade é que o discurso socialista gera dividendos para os mais espertos. Artistas que usam o discurso socialista tem sua vida facilitada para receber financiamento do governo esquerdista, ou ao menos obter o afago da massa que os acham mais altruístas que os outros. Jornalistas que se posicionam a favor do socialismo podem ostentar blogs de baixa visitação e ainda assim receber polpudas verbas do governo. Como diria Constantino: “E que verbas!”. Os exemplos de milionários e até bilionários usando o discurso esquerdista pululam aos borbotões.
Eu uso uma terminologia diferente: beneficiário e funcional. O esquerdista beneficiário é aquele que se beneficia com o discurso esquerdista. São os criadores deste discurso, e aqueles que enriquecem por causa do uso hábil dos jogos esquerdistas. A grande maioria dos esquerdistas, no entanto, apenas torce para o sucesso do esquerdismo e não ganha nada com isso. São apenas pessoas que lutam para que um pequeno grupo de pessoas adquira poderes excessivos. Às custas de seus esforços, é claro.
Enfim, aqueles que eu defino como esquerdistas beneficiários são, em linhas gerais, aqueles que Rodrigo Constantino aborda em “A Esquerda Caviar”. Eles não são uma aberração do pensamento esquerdista, mas a razão de ser do próprio esquerdismo. No dia em que um bando de espertos, incluindo Rousseau e Marx, resolveu produzir discursos, obviamente sabia que este tipo de material iria servir para que um grupo de pessoas mais espertas ganhasse muito poder às custas de uma multidão de otários que leva esses discursos à sério.
Para quem quiser ridicularizar os esquerdistas funcionais (e quase todos eles são), “Esquerda Caviar” é um livro de lavar a alma. Divirta-se!
Por Luciano Ayan
segunda-feira, 27 de julho de 2015
O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 6) EL NEGRO
El Negro
Trio formado em 2012 na capital gaúcha por músicos já experientes de estrada: Mumu (Vera Loca) aqui no vocal e na guitarra, Fabian Steinert (Wishcraftt) no baixo e Leandro Schirmer (Nei Van Sória, ex-Vera Loca) na bateria.
O projeto El Negro é de se arrebatar na primeira escutada. Para quem gosta daqueles power trios obscuros dos anos 1970 vai se deliciar. Fazem um hard setentista garageiro, orgânico e raivoso. Totalmente diferente do estilo das atuais bandas dos integrantes.
Mumu nos mostra que não é somente um bom baixista, mas sim um músico cheio de potencial. É o carro chefe da El Negro, sua guitarra é que conduz a sonoridade da banda, calcada num concreto de riffs viscerais. Leandro Schirmer nem parece aquele baterista calmo do inicio da Vera Loca. Na El Negro bate muito mais forte e seguro, com uma pegada e viradas pendendo para o metal. E Fabian conduz no limite a cozinha da banda no baixo.
Ao escutar percebe-se a referencia de uma aura Hard Blues setentista e de um Stoner Rock desértico dos anos 1990. Notam-se também vestígios de Jon Spencer Blues Explosion, The Racounters, Wolfmother em certas passagens. Mumu agrega também o Lap Steel para aprimorar o trabalho da banda. Outra influencia congruente dos integrantes é o gosto dos filmes Exploitation, que converge a uma sonoridade que pode ser pensada como trilha para esse movimento cinematográfico.
A banda gravou ao vivo as músicas para o primeiro álbum e soltou o primeiro single e videoclipe da faixa “Pé no Talo”, que resume a proposta do som da El Negro. Para contribuir com o clima pretendido, o registro se deu em uma fábrica desativada de Porto Alegre; aproveitando os reverbs do ambiente amplo. O lugar pode ser visto no clipe da música lançada.
Calçada na sonoridade setentista do Hard Blue e Stoner Rock, embalada por guitarras sujas e raivosas, o power trio lançou recentemente o seu primeiro disco. Com onze faixas autorais, o álbum foi gravado ao vivo em dois dias de gravação em uma fábrica abandonada em Porto Alegre. O registro traz a produção do holandês radicado no Brasil Marcel Van der Zwam, a mixagem de Ray Zimmer e masterização do norte-americano Jim Diamond (ex-baixista da The Dirtbombs e produtor dos dois primeiros discos do The White Stripes).
O disco homônimo pode ser ouvido e baixado gratuitamente no site do grupo. Destaque para canções “O Ponto Mais Alto”, “Estradas Vazias” e “Pé No Talo”, esta última ganhou um clipe produzido pelo coletivo Bluebag da Braddock Filmes.
Confira o vídeo abaixo:
Trio formado em 2012 na capital gaúcha por músicos já experientes de estrada: Mumu (Vera Loca) aqui no vocal e na guitarra, Fabian Steinert (Wishcraftt) no baixo e Leandro Schirmer (Nei Van Sória, ex-Vera Loca) na bateria.
O projeto El Negro é de se arrebatar na primeira escutada. Para quem gosta daqueles power trios obscuros dos anos 1970 vai se deliciar. Fazem um hard setentista garageiro, orgânico e raivoso. Totalmente diferente do estilo das atuais bandas dos integrantes.
Mumu nos mostra que não é somente um bom baixista, mas sim um músico cheio de potencial. É o carro chefe da El Negro, sua guitarra é que conduz a sonoridade da banda, calcada num concreto de riffs viscerais. Leandro Schirmer nem parece aquele baterista calmo do inicio da Vera Loca. Na El Negro bate muito mais forte e seguro, com uma pegada e viradas pendendo para o metal. E Fabian conduz no limite a cozinha da banda no baixo.
Ao escutar percebe-se a referencia de uma aura Hard Blues setentista e de um Stoner Rock desértico dos anos 1990. Notam-se também vestígios de Jon Spencer Blues Explosion, The Racounters, Wolfmother em certas passagens. Mumu agrega também o Lap Steel para aprimorar o trabalho da banda. Outra influencia congruente dos integrantes é o gosto dos filmes Exploitation, que converge a uma sonoridade que pode ser pensada como trilha para esse movimento cinematográfico.
A banda gravou ao vivo as músicas para o primeiro álbum e soltou o primeiro single e videoclipe da faixa “Pé no Talo”, que resume a proposta do som da El Negro. Para contribuir com o clima pretendido, o registro se deu em uma fábrica desativada de Porto Alegre; aproveitando os reverbs do ambiente amplo. O lugar pode ser visto no clipe da música lançada.
Calçada na sonoridade setentista do Hard Blue e Stoner Rock, embalada por guitarras sujas e raivosas, o power trio lançou recentemente o seu primeiro disco. Com onze faixas autorais, o álbum foi gravado ao vivo em dois dias de gravação em uma fábrica abandonada em Porto Alegre. O registro traz a produção do holandês radicado no Brasil Marcel Van der Zwam, a mixagem de Ray Zimmer e masterização do norte-americano Jim Diamond (ex-baixista da The Dirtbombs e produtor dos dois primeiros discos do The White Stripes).
O disco homônimo pode ser ouvido e baixado gratuitamente no site do grupo. Destaque para canções “O Ponto Mais Alto”, “Estradas Vazias” e “Pé No Talo”, esta última ganhou um clipe produzido pelo coletivo Bluebag da Braddock Filmes.
Confira o vídeo abaixo:
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