terça-feira, 30 de setembro de 2014

SHOW DO O TERNO NO SESC BELENZINHO E REZENHA DE SEU SEGUNDO DISCO



Dia 27/09/2014, eu e minha irmã caçula fomos ao show de lançamento do novo disco da banda O Terno no Sesc Belenzinho aqui na zona leste de São Paulo.

Para quem ainda não conhece: O Terno é uma banda de rock’n’roll de São Paulo formada por Tim Bernardes (23 anos), Victor Chaves (23 anos), e Guilherme d’Almeida (23 anos). Na ativa desde 2009, a banda lançou em 2012 seu primeiro disco, “66”, de forma independente. Desde seu lançamento, em show lotado no Auditório do Ibirapuera em São Paulo, o disco tem sido bem recebido pelo público e crítica, considerado pelo jornal O Globo do Rio como "um dos mais impressionantes discos de estréia de uma banda brasileira" e colocado entre os 25 melhores discos brasileiros de 2012 pela revista Rolling Stone.​

Agora eles lançam o seu segundo disco com o titulo de O Terno simplesmente: O Terno

O disco traz a mesma qualidade sonora e bem melhor produzido quanto o primeiro, mas quero falar aqui primeiramente do show de lançamento deste disco que eu vi no sábado no Sesc em São Paulo.















Para começar eu queria dizer que a unidade do Sesc Belenzinho é a minha preferida, é uma unidade nova e por isso tudo nela é muito bonito. É a segunda vez que eu vejo um show na comedoria da unidade, anos atrás eu vi o show da banda Karnak e na ocasião o local estava mais cheio e não pude observar melhor a instalação como neste fim de semana. Assistir a um show neste local é como assistir a um show na sua sala de estar, de tão confortável que é.




Quanto ao show do O Terno, este foi o segundo show desta rapaziada que eu vi, a primeira vez foi na Virada Cultural deste ano. Com uma performance impecável e uma pontualidade que é peculiar da casa que estávamos, a banda tocou seus hits num repertório também repleto de canções do novo disco. Além das conhecidas Tic Tac, Zé, Assassino Compulsivo, Papa Francisco Perdoa Tom Zé entre outras tocaram as novas Vanguarda?, Eu Vou Ter Saudades, Pela Metade, a em inglês Brazil e etc.



O Terno é uma daquelas bandas que são tão bons ao vivo quanto em estúdio, possuem energia, suas músicas possuem uma dinâmica como as bandas das décadas de 60 e 70, aliás, as influências são nítidas aos ouvidos mais aguçados, como a Psicodelia e o bom humor em suas letras herdadas dos Mutantes e do Tropicalismo, do Yeh, Yeh, Yeh da Jovem Guarda, melodias marcantes e rifes de guitarras cortantes, distorcidos de amplificadores valvulados e no ultimo volume. 



Apesar da pouca idade dos integrantes da banda na casa dos vinte e poucos anos a banda demonstra uma maturidade de dar inveja, tanto em suas letras como em seu instrumental. Sua postura e performance no palco, sempre conversando entre si e com o público parecia ser de uma banda veterana.O público variava de pessoas como eu na casa dos trinta e poucos anos, ao da idade de minha irmã que tem apenas 14 aos hipsters jovens de 20 anos ou mais. Também havia no recinto senhores e senhoras de cabelos grisalhos que notava-se a alegria e a perplexidade ao ver tanto talento em uma rapaziada tão jovem. O que dizer mais?  espero ver muitos outros shows deste grande power trio e desejo longa vida ao O Terno!



















Em 66, um Terno mais moleque, mais raiz, mais toco y me voy era visto. Os anos passaram, eles amadureceram e lançaram um novo trabalho, este com apenas o nome do grupo. Com uma capa belíssima, o novo disco promete muito pelo passado recente e pelo potencial deles como compositores.



O início curto de "Bote ao Contrário" e sua melodia meio brega, meio psicodélica, mostra como a influência dos anos 1970 está batendo forte nessa nova geração da música brasileira. Outra coisa para ser observada é a variedade de instrumentos dentro da mesma faixa – nesse caso, tudo funciona muito bem.

Quase um clássico das bandas que moram em São Paulo, mostrar sua leitura pessoal da cidade é quase obrigação. E O Terno faz isso na ótima "O Cinza" que, apesar do nome, tem momentos de delicadeza sonora muito bons, mesclando com uma agressividade em alguns versos.

Com toques de MPB, "Ai, Ai, Como eu Me Iludo" é uma balada romântica simples e bem honesta.

A boa "Quando Estamos Todos Dormindo" é lúdica ao usar o tema sono para tratar de outros assuntos em mais uma canção que não tem floreios e é pautada pela simplicidade. 

Não seria absurdo se Boogarins regravasse "Eu Confesso", faixa que se encaixa bem para resumir o atual momento da música brasileira que anda fazendo sucesso no circuito Sesc.

Aparentemente, "Brazil" é direcionada ao público estrangeiro que acompanha a banda. Uma pena que soe como qualquer outro grupo que grava em inglês para atingir outros ouvintes, sendo esse o momento mais baixo do trabalho.

Não é a primeira vez que tenho essa sensação, mas "Pela Metade" parece música dos Saltimbancos. E exatamente por lembrar uma fase da infância é que ela é uma das melhores do álbum.

"Vanguarda?" é a mais pesada até aqui, emulando momentos psicodélicos da música brasileira – é outra que também só é razoável. 

Tratando de um tema difícil que é a aposentadoria, de deixar de fazer algo que fez parte de uma vida inteira, "Quando Eu Me Aposentar" consegue expor o tema com uma visão de alguém que está longe disso, mas tem um olhar como poucos. 

Já "Medo do Medo" não impressiona por ser mais do mesmo e é bem passável.

"Eu Vou Ter Saudades" tem um clima meio Los Hermanos, meio Marcelo Jeneci, e até que isso é bom, no final das contas. O filão do disco, a melhor canção, está no final. 

"Desaparecido" tem uma letra excelente e uma melodia típica de uma história bem contada, e é a única que consegue agradar do início ao fim. Pinta como uma das melhores músicas do ano no Brasil, se não for a melhor. Não é pouco.

O Terno conseguiu fazer um disco mais maduro do que o anterior, mas ainda peca em alguns aspectos – como ficar na zona de conforto em alguns momentos, por exemplo. Mas a última faixa mostra como eles pode, sim, fazer algo diferente e ótimo.

Tracklist:

1 - "Bote ao Contrário"
2 - "O Cinza"
3 - "Ai, Ai, Como eu Me Iludo"
4 - "Quando Estamos Todos Dormindo"
5 - "Eu Confesso"
6 - "Brazil"
7 - "Pela Metade"
8 - "Vanguarda?"
9 - "Quando Eu Me Aposentar"
10 - "Medo do Medo"
11 - "Eu Vou Ter Saudades"

Fonte: www.musicontherun.net

Pra quem ainda não conhece a banda O Terno, recomendo assistir a participação da banda no programa da internet Estúdio Showlivre abaixo:

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

PATRULHA DO ESPAÇO (HISTÓRIAS DO ROCK NACIONAL)



Patrulha do Espaço é uma banda brasileira de rock. O conjunto foi criado em 1977 por Arnaldo Baptista (ex-Mutantes), juntamente com o baterista Rolando Castello Júnior (que já havia tocado com o Made in Brazil e com o Aeroblus, da Argentina), o baixista Oswaldo "Cokinho" Gennari e o guitarrista irlandês John Flavin (ex-Secos & Molhados).















Patrulha do Espaço, subtítulo da música instrumental Honky Tonky do clássico disco solo Lóki de Arnaldo, estreou no 1° Concerto Latino Americano de Rock, no Ginásio Ibirapuera em São Paulo, em setembro de 1977, tornando-se uma das principais expressões do rock paulistano e brasileiro das últimas décadas.

















Com a saída de Arnaldo Baptista, em 1978, a banda passou a contar com a participação de Percy Weiss nos vocais e realizou a gravação do primeiro disco independente de rock do Brasil, conhecido como Disco Preto, de onde os hits "Arrepiado" e "Vamos curtir uma juntos" marcaram o sucesso das oito faixas lançadas em vinil.















De 1979 a 1985, a Patrulha do Espaço consolidou-se como o primeiro trio de rock pesado realizando centenas de shows, com destaque para a abertura das apresentações do Van Halen em São Paulo em 1983, quando recebeu elogios pessoais de Eddie Van Halen. São desse período as gravações do terceiro, quarto e quinto discos da Patrulha, contendo canções como "Columbia", "Festa do Rock" e "Não tenha medo".

















A Patrulha do Espaço contou, ainda nesta fase, com a participação do guitarrista argentino Pappo (Riff e Aeroblus), que resultou na gravação do disco Patrulha 85 editado inclusive na Argentina, com as canções "Olho Animal" e "Robot".

A Patrulha do Espaço retomou os trabalhos em 1992 quando lançou o vinil Primus Inter Pares, uma homenagem póstuma ao baixista Sergio Santana.
















Uma retirada de cena foi motivada pela incessante atividade do baterista Rolando Castello Júnior, à frente da produção de eventos culturais e como oficineiro, palestrante e produtor musical.

Na década de 90 também foi lançada a Série "Dossiês" que apresentou a obra da Patrulha do Espaço em formato de CD, contando cronologicamente a história da banda, fartamente ilustrada, apresentada em quatro volumes ou em box com todos os CDs. Ao todo, a Patrulha do Espaço contou em seu percurso com a produção de dezesseis discos autorais.














Retornando definitivamente à estrada, de 1999 a 2008, realizou centenas de shows por todo país e, de volta também aos estúdios, lançou os cds Chronophagia, Dossiê Volume 4, Compacto e Missão na Área 13, contendo 12 músicas inéditas.


A Patrulha do Espaço realiza em 2009 a turnê nacional e internacional que reúne alguns dos principais sucessos da banda e novas composições.

A Patrulha do Espaço tem se apresentado nos principais festivais de rock e de música do Brasil: Virada Cultural em São Paulo, Camping & Rock em Minas Gerais, Psicodália e Rural Rock Fest em Santa Catarina, Festival de Bandas Independentes do CAASO na EESC/USP em São Carlos, Goiânia Noise em Goiás, Ferrock no Distrito Federal, além de realizar shows em teatros e casas de rock do país.



















Nessa tour de 2009 a Patrulha do Espaço estará se apresentado em sua formação clássica de trio, com Rolando Castello Júnior (bateria), Marcelo Schevano (guitarra e voz) e René Seabra (baixo e vocal). Corre o boato de que a banda estaria gravando uma música nova, Rolando Rock, em homenagem ao baterista e fundador Rolando Castello Júnior.


















Em 2011, a banda contribui com uma canção na trilha sonora do documentário Brasil Heavy Metal. 
















Em 2012 foi lançado o CD Dormindo Em Cama de Pregos, ele não esta disponível para download, porem ele pode ser adquirido no site oficial da banda por um preço bem acessível.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Integrantes.

1977-1978.
Arnaldo Dias Baptista - Piano, Teclados, Voz.
Dudu Chermont - Guitarra, Voz.
Oswaldo "Kokinho" Gennari - Baixo.
Rolando Castello Júnior - Bateria.

1978-1980.
Percy Weiss - Voz.
Dudu Chermont - Guitarra, Voz.
Oswaldo "Kokinho" Gennari - Baixo.
Rolando Castello Júnior - Bateria.

1980-1985.
Dudu Chermont - Guitarra, Voz.
Sérgio Santana - Baixo, Voz.
Rolando Castello Júnior - Bateria.

1986-1999.
Percy Weiss - Voz.
Xando Zupo - Guitarra.
Rubens Gióia - Baixo.
Rolando Castello Júnior - Bateria.

2010-2014
Rolando Castello Júnior - Bateria.
Marta Benévolo - Voz
Danilo Zanite  - Guitarra.
Rubens Gióia - Baixo.

Discografia

1980 - Patrulha do Espaço (gravado em 1979)
1981 - Patrulha do Espaço
1982 - Patrulha
1983 - Patrulha do Espaço 4
1987 - Faremos uma Noitada Excelente... (gravado em 1978 com Arnaldo Baptista)
1988 - Elo Perdido (gravado em1977 com Arnaldo Baptista)
1994 - Primus Inter Pares (gravado em 1992)
2000 - Chronophagia
2004 - Missão na Área 13
2012 - Dormindo em Cama de Pregos

Álbuns ao vivo

2007 - Capturados Ao Vivo no CCSP em 2004







quinta-feira, 4 de setembro de 2014

TERAPIA SEGUNDA

Hoje o doutor me receitou
uma dose maior daquelas pílulas
pra poder dormir melhor
e afogar do meu peito aquela velha agonia
que me acompanha desde sempre
entre os intervalos do dia

Me receitou o doutor: nada de amor!
dois comprimidos pela manhã
cinco a noite antes de me deitar
e a comida? maneirar
bebida nem pensar!
mas aconselhou:
uma dosagem regular de vida!

2014