Recordando o Vale das Maçãs (RVM) é uma banda brasileira de rock progressivo, formada em Santos em 1974.
Fundada na cidade de Santos - SP em 1974 por Fernando Pacheco (Guitarra), Fernando Motta (Violão), Domingos Mariotti (flauta). Teve várias formações ao longo de seus 41 anos (1974 - 2015). Nos anos 70 e início de 80 teve seus trabalhos divulgados pela grande mídia. Através de emissoras de televisão e rádio difusão, que na época Abriam espaços para o progressivo, além do RVM o que, nesse período, foi contratado exclusivo da GTA (Gravações Tupi Associadas) o que facilitava o acesso aos programas de rádio e TV e a mostra consequentemente conseguia levar um bom público em seus shows, atuando em vários estados.
A partir de 1987 o RVM começa a distribuir sua produção fonográfica na Europa e Japão, com isso em 1994 é premiado na França e em 1996 na Noruega, o que resulta num convite oficial da Embaixada do Brasil na França, para um concerto em Paris em 1997.
Desta forma o RVM foi a primeira banda brasileira de Rock Progressivo oficialmente se apresentar na Europa. Hoje o RVM é uma das mais antigas bandas brasileiras de Rock Progressivo em atividade. As várias formações do RVM que contribuíram para uma continuidade dos trabalhos durante todos esses anos foram: 1974 = o trio fundador + Jair Freitas da Silva Sauro (voz e violão) e João Paulo II (baixo). João Luiz Ferreira Alves Teixeira, o "Boi" (orgão Hammond X-77 - 70), 1975/76/77/78 = Fernando Pacheco (Guitarra), Fernando Motta (Violão), Sergio Lombardi (baixo), Sula Miranda (vocal), Paulinho - Pavitra (vocal), Elisa (vocal), Cristina Lobão (vocal), Gui (baixo ), Moa (flauta), Milton (bateria), Luiz Aranha(violino) e Lee (teclados). 1979 = Hildebrando Brasil (teclados) substitui Lee. 1980/81/82 = Lourenço Gotti (bateria) substitui Milton Bernardes.
A banda passa a ter sua sede no Estado de Minas Gerais, a partir de 1986 com o lançamento do LP solo de Fernando Pacheco "Himalaia", e definindo seu estilo musical como Rock Progressivo Instrumental, porque até 1982, o RVM, era uma banda vocal/instrumental com estilos variados de pop rock, discoteca, romântico, rock rural e country. a partir de 1988 tem a seguinte nova formação = Fernando Pacheco (Violão e Guitarra), Chiquinho Gomes (baixo), Milton Bernardes (Bateria) e Lee (Teclados). Nos anos de 1990/91/92/93 = Gui (baixo) volta para a banda no lugar de Chuiquinho Gomes. Nova formação nos anos de 1994/95/96/97 = Nélio Porto (teclados), Jorge Sanchez (baixo), Fernando Pacheco (Violão e Guitarra), Milton Bernardes (Bateira), esta formação é a que representa o Brasil em Paris no ano de 1997 na Fête de la Musique a convite da Embaixada Brasileira na França. Nova formação em 1998/99 = Guilherme Cordeiro (baixo) e Gustavo Biscaro (bateria), Fernando Pacheco (Guitarra), Nélio Porto (Teclados) A partir de 2014, o Recordando o Vale das Maçãs tem uma nova formação, a qual se mantém até o presente ano de 2015 = Fernando Pacheco (Violão e Guitarra), Tom Zé Bortoloto (Bateria e Percussão), Giuliano Tiburzio (Baixo) e Lael Campos (Teclados), Com esta formação de 2004 a 2015, o RVM comemorou os 40 anos em 2014, com o lançamento do CD 40 anos, com 3 concertos comemorativos, sendo em maio na cidade de Pouso Alegre, MG, em julho no SESC Santos /SP e em novembro no SESC Belenzinho, São Paulo (SP). É importante destacar que o único integrante, fundador, do Recordando o Vale das Maçãs, que este presente em todas as formações da banda é o Guitarrista Fernando Pacheco, o qual é o titular da marca registrada "Recordando o Vale das Maçãs".
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O ano de 1977 viu nascer no Brasil um dos grupos mais fantásticos do rock progressivo nacional. Através do álbum As Crianças da Nova Floresta, o Recordando o Vale das Maçãs estabeleceu-se como um dos principais nomes da música na virada da década de 70 e para os 80, com canções que remetiam para as origens do rock progressivo, mas sem exagerar em técnica ou virtuosismo, apenas empregando letras sensacionais em arranjos belíssimos e muito bem trabalhados.
O Recordando o Vale das Maçãs foi formado em 1973, em Santos (SP) através dos amigos Fernando Pacheco (violões e voz), Fernando Motta (violões e percussão) e Domingos Mariotti (flauta, voz), com a ideia de tentar mostrar o som da natureza através da música. Motta e Pacheco já haviam tocado juntos nos grupos Os Lobos e End Up Six.
Com o passar dos anos novos músicos uniram-se ao grupo, sendo que Domingos saiu em 1977. Pacheco, Motta, Luis Aranha (violino), Moacir Amaral (flautas), Eliseu de Oliveira (teclados), Ronaldo Mesquita (baixo) e Milton Bernardes (bateria) gravaram As Crianças da Nova Floresta, gravado em 1977, mas lançado em 1978, e que é considerado por muitos (eu incluso) o melhor disco de rock progressivo brasileiro já lançado (na frente de qualquer um de O Terço, Mutantes, O Som Nosso de Cada Dia e Módulo 1000).
De uma forma geral, o disco apresenta letras similares às do Yes, contando histórias de alegria, superação, força de vontade e também alguns momentos de misticismo, sempre passando um lado “natureza” em todas as faixas, destacando o excelente trabalho entre flauta, violões e percussão. As canções do Lado A de As Crianças da Nova Floresta, tratam sobre esperança (“Rancho, Filhos e Mulher”, mitologia (“Besteira”), loucura (“Olhar de Um Louco”) e vida (“Raio de Sol”).
Mas é justamente quando você coloca a agulha no lado 2 que você sente o diferencial do Recordando o Vale das Maçãs para as demais bandas do rock progressivo nacional daquela época. Tudo bem, “1974” é um clássico do Terço, “O A E O Z” é uma canção que caberia muito bem em qualquer disco do Yes, mas “As Crianças da Nova Floresta” está muito acima de todas as citadas.
O começo suave, com a flauta e os violinos sendo introduzidos ao mesmo tempo do violão e do baixo (que merece destaque em todo o álbum), dão sequência ao estribilho de teclados que leva ao início a letra (“quando eu penso nas voltas, que a vida, nos leva a dar …”). O ritmo lento, com a flauta fazendo intervenções junto com a voz, é simplesmente encantador. A bateria segura de Milton marca a canção quase com uma precisão cirúrgica, enquanto a letra vai descorrendo sobre como se livrar dos problemas, vendo que outras pessoas tem problemas piores que você, que você precisa mudar algumas situações/opiniões para ser mais feliz. Enfim, um quase “Close to the Edge” brasileiro.

O grupo acabou sendo contratado exclusivo da TV TUPI, chegando inclusive a ter um clip que passava 6 vezes por dia na TV, durante 3 meses. Paralelo a isso, o Recordando o Vale das Maçãs participou regularmente de um dos maiores programas de audiência na época, “Almoço com as Estrelas”, apresentado por Lolita Rodrigues e Airton Rodrigues.


Atualmente a banda faz shows em Minas Gerais,ao mesmo tempo que Domingos e Motta acabaram de lançar o excelente Reunião, mantendo o charme e a pureza dos anos 70, cultivadas através da sem igual suíte “As Crianças da Nova Floresta”. (Texto de Mairon Machado)
Fonte: https://consultoriadorock.com
Discografia
1977 - As Crianças da Nova Floresta
Outros álbuns similares
1982 - "Sorriso de Verão/Flores na Estrada" (Compacto)
1986 - Himalaia - Fernando Pacheco com Recordando o Vale das Maçãs
1993 - As Crianças da Nova Floresta II
1999 - Himalaia II
2001 - 1977-1982 (remasterização do LP “As Crianças da Nova Floresta” mais as composições do compacto “Sorriso de Verão”)
2006 - Spirals Of Time (lançado sob o nome G.A.L.F., porém com a formação do RVM de 2004/2006)
2015 - Recordando o Vale das Maçãs - 40 Anos
Vibe viciante !
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