segunda-feira, 16 de maio de 2016
SLASH, LOBÃO & TIM MAIA (DICA DE LIVROS)
Já faz tempo que eu queria indicar aqui, três biografias que eu li anos atrás, que simplesmente são sensacionais. Quando indiquei as biografias de Eric Clapton, Tony Iommi e Led Zeppelin, comecei a me cobrar, para indicar também as biografias de Slash, Lobão e Tim Maia.
Acho que as três obras tem uma particularidade em comum, as três usam uma linguagem mais informal. São tragicômicas, contam com franqueza e detalhadamente os acontecimentos dos fatos, são três figuras extremamente talentosos, um é um grande guitarrista, outro um multi-instrumentista e o último um grande cantor, além dos três serem ótimos compositores. Dois deles são mais parecidos em gênio: Lobão e Tim Maia, já considerados os reis da porra-louquice no passado, são figuras inteligentes de línguas afiadas e muita personalidade própria, um já morto e que ainda dá o que falar e o outro mais vivo do que nunca, provoca hoje amor e ódio por expor suas opiniões políticas e suas críticas ácidas.
Quanto a Slash, podemos dizer que ele é um sobrevivente do rock, ele é muito mais tímido e bem caladão se comparado as outras figuras que citei mas, sua biografia é muito rica, ele viveu literalmente a vida de sexo, drogas & rock and roll, encarou a morte, foi até o fundo do poço e deu a volta por cima. São três grandes biografias que nos prende a atenção, nos diverte e emociona, por isso eu mais do que recomendo, principalmente para aqueles que como eu são aficionados por música e tudo o que ela envolve.
Slash – Anthony Bozza
“Parece exagerado, mas não significa que não aconteceu.”
A frase se encontra na capa do livro. Ela prepara o leitor para uma história regada a vodka, heroína, sexo e muito rock n’ roll.
Saul Hudson, mais conhecido como Slash, viveu. E por algum milagre divino ou fisiológico, ainda vive. O exagero é constante na vida do guitarrista, às vezes assusta, e gera dúvidas se realmente aconteceram. No final das contas, isso não importa. Vale a diversão da leitura.
Em parceria com o escritor Anthony Bozza, Slash conta toda sua história com muitos detalhes, desde a infância até a gravação do segundo disco de sua nova banda, o Velvet Revolver. Sim, o grande destaque é a sua trajetória dentro do Guns n’ Roses, da criação até sua saída. Muitas curiosidades sobre a composição das músicas, de como surgiu o lendário riff de Sweet Child O’ Mine, origem das idéias das letras, e claro, os ataques de babaquice de Axl Rose. Todos os bons e maus momentos são relatados de forma bem imparcial. E um cara que viu amigos morrerem de overdose (ele próprio sofreu várias) e tem muita história pra contar.
Narrado em primeira pessoa com linguagem bem informal, o livro possui uma narrativa muito boa, quase uma conversa de bar. Quem é fã do Guns, precisa ler e ter esse livro. Se você apenas gosta de rock n’ roll, vale muito a pena conhecer a história desse ícone chamado Slash. (Por Almighty)
Fonte: http://www.vortexcultural.com.br/
Lobão - 50 ANOS A MIL - Tognolli, Claudio Julio
Lobão já cantou a "vida, louca vida", a "vida bandida" e que "a vida é doce". Agora, nas quase 600 páginas de sua autobiografia - assinada com o jornalista Claudio Tognolli -, "Lobão: 50 anos a mil" (Nova Fronteira), o músico reafirma seus versos. Sua saga é repleta de loucura, banditismo (no sentido figurado, de transgressão, ou literal, de disparar tiros contra a polícia ao lado de traficantes) e - quase estranha para quem imagina a figura da selvagem metralhadora - doçura. Afinal, na história que vai do garoto criado sob todas as condições necessárias para se tornar "um bundão" (nas palavras dele mesmo) ao atual "pregador do evangelho da irresponsabilidade" (como já definiu Tognolli), o personagem que emerge do livro - mesmo que sem abrir mão da acidez, da crueza em relatos que beiram o chocante e da dureza nas críticas a si próprio e a colegas - é mais ponderado e carinhoso que o que surge nas entrevistas concedidas ao longo das últimas décadas:
- Eu escrevi o livro com a segurança de que meu relato sobrepujaria de longe essa caricatura ridícula que teimam em me impor. Sou uma criatura amorosa, respeito tanto meus amigos como meus supostos inimigos e, se fosse mais pesado em meu relato, aniquilaria a força da informação em si para virar um ressentido, um covarde, um mesquinho, um canastrão, enfim, tudo que esses idiotas, por décadas, tentam me imputar.
Alguns desses "supostos inimigos" - pessoas a quem Lobão dirigiu provocações nos últimos anos - aparecem sob um olhar nuançado, no qual o músico avalia suas polêmicas com equilíbrio e seus adversários com desvelo. Pessoas como Caetano Veloso - o livro lembra a troca de "balas perdidas" das canções "Rock'n Raul", do baiano (que fala em "lobo bolo"), e a resposta "Para o mano Caetano" -, João Gilberto - o episódio em que eles se falaram ao telefone, quando João gravou "Me chama", é relatado como um diálogo de um fã (sob efeito de cocaína) com um mestre - e Herbert Vianna - o suposto plágio de "Cena de cinema" feito pelo paralama em "Cinema mudo" é descrito em detalhes.
- Para mim é muito fácil ser doce, pois o sou de natureza, e isso está bem claro no livro. Sou do tempo em que se imaginava um erro jamais justificar um outro - afirma Lobão.
Nascido no seio de uma típica família burguesa, de pais "do tipo supercaçulas" ("Um casal jovem, apaixonado, meio desprotegido, meio de direita", escreve), o menino João Luiz Woerdenbag Filho cresce sob a marca do apelido Xurupito ("humilhante"). Sua primeira "aparição pública" é no Canal 100, como a criança que grita "Mamãe!", chorando, enquanto sua mãe, Ruth Araújo de Mattos, se dirige a seu kart para o início de uma corrida. Além de piloto (como o pai), ela é descrita como "dona-de-casa-que-frequenta-centro-espírita". Já o patriarca aparece como "uma espécie de nazista conceitual" que "adorava valsas de Strauss e acrósticos".
Ali, naquele ambiente que é uma promessa de marasmo, se passa uma história que é tão ou mais movimentada que seus caminhos musicais, as paixões arrebatadoras por mulheres como Marina, as amizades com Cazuza e Júlio Barroso, a passagem pela Blitz (e a rasteira que deu na banda), a guerra contra as gravadoras pela numeração dos discos e contra o jabá, sua relação com drogas, os problemas com a Justiça, a entrada do roqueiro na bateria da Mangueira sob a bênção de Elza Soares. Sua saga familiar inclui suicídios, traições, alguma blasfêmia (na infância, ele achava sexy a imagem de Cristo crucificado e chegou a simular uma via-crúcis que terminou numa masturbação carregada de culpa), energia incestuosa (que culmina num relato de sua mãe se insinuando para ele, bêbada, num bar) e uma briga na qual espancou seu pai.
- É claro que se assemelha muito a um folhetim de Nelson Rodrigues, mas foi assim que aconteceu mesmo - ratifica o autor.
O livro, é óbvio, não se limita ao rico olhar quase psicanalítico sobre a "ascensão e queda da família Woerdenbag" (o coautor Tognolli tem formação em psicanálise e usou-a no processo de "investigar" Lobão). Os fãs que buscam conhecer a formação musical do artista - que vai das marchinhas que tocava em sua bateria nas festas de fim de ano ao rock progressivo, passando por Jovem Guarda, punk, choro e música clássica - e os desejos que moveram cada disco, seus bastidores, ficarão satisfeitos. (Por Leonardo Lichote)
Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura
Tim Maia - Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia - Nelson Motta
Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia é um livro de 2007 lançado pela Editora Objetiva. O livro foi escrito pelo jornalista e produtor musical Nelson Motta, amigo e fã de Tim.
É um livro biográfico e conta a história de Tim Maia, desde sua infância e juventude, no bairro carioca da Tijuca, sua ida conturbada aos Estados Unidos, onde foi preso e deportado por roubo e porte de drogas, até destacar-se pelo pioneirismo em trazer para a MPB o estilo soul de cantar. Com sua voz grave e carregada, tornou-se um dos grandes nomes da música brasileira, conquistando grande vendagem e consagrando sucessos, lembrados até hoje, pelo grande público. Em 2012, o livro deu origem a um musical, Tim Maia – Vale Tudo, inicialmente estrelado por Tiago Abravanel, mais tarde substituído por Danilo de Moura, e em 2014, influenciou um filme dirigido por Mauro Lima e estrelado por Róbson Nunes e Babu Santana, ambos interpretando Tim Maia.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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