segunda-feira, 25 de julho de 2016

O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 18)









Luiza Lian 





































A música de Luiza Lian nasceu cedo. Quando seus pais, também músicos, ainda moravam em Trancoso, e quando a cidade era apenas um vilarejo com mil pessoas. Assistindo seus pais tocando, Luiza tomou gosto pela coisa e assim foi nascendo sua carreira musical. Várias bandas e caminhos depois, a cantora paulista lança seu primeiro disco no Itaú Cultural, em São Paulo, no dia 2 de abril.

Nesse disco, Luiza reviveu músicas dessa época em que vivia na Bahia, como “Ônibus Lotado”, “Luz da Vela” e “Gula”. “Estas provavelmente são as primeiras músicas que aprendi a cantar na vida e, como elas nunca foram gravadas, tinha este desejo em registrá-las”, explica Luiza em entrevista à MTV Brasil.

No show, ela mostra essas e outras canções do seu trabalho de estreia, homônimo, além de outras composições próprias que ficaram de fora.

“Luiza Lian” foi gravado e mixado no estúdio Canoa por Gui Jesus Toledo. O processo inteiro foi bem meticuloso e o projeto levou três anos, entre escolha de repertório e montagem da banda. E ela reuniu um time de peso. Martim Bernardes na guitarra (O Terno), Guilherme d’ Almeida no baixo (O Terno e Grand Bazaar), Tomás de Souza nos teclados (Charlie & os Marretas e Grand Bazaar), Charles Tixier na bateria (Charlie & os Marretas) e Juliano Abramovay no violão (Grand Bazaar, Noite Torta e Orkestra Bandida). Todos eles sobem ao palco com ela.

Segundo Luiza, a gravação do disco foi um processo bem divertido. “Foi muito fácil e gostoso levantar essas músicas com os meninos. Tudo fluiu. É uma baita banda, então os arranjos saíram com muita facilidade. Depois disso, começamos a fazer os shows, pensamos que seria bom tocá-las ao vivo e esquentar a banda, para gravar a parte instrumental ao vivo também e capturar esta sonoridade de banda”, contou. (Texto: MTV).
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/

Discografia

Luiza Lian (2015)






























Augustine Azul





















É raro, mas pode acontecer. Você alguma vez já pegou um disco (seja ele no formato físico ou digital) e ficou encarando a capa? Não sei se existe um pensamento ''exato'' por trás desse ato, mas quando faço isso, geralmente penso: será que o conteúdo refletirá o que vejo na arte?

Por vezes é uma viagem sem volta. Como poderia saber que um prisma refletiria tanto Prog na forma de Pink Floyd? Jamais imaginaria que o Jeff Beck arrebataria meus ouvidos com um som tão futurista, ostentando uma maçã na capa de seu Jeff Beck Group, ou que o Led Zeppelin, fosse derreter minha mente da mesma forma que aconteceu com a carcaça do dirigível em chamas do Led I.

Não é um sistema à prova de falhas, muitas vezes as artes dos discos são trabalhos paralelos que tentam unir teias por conceitos diferentes. É uma maneira que propõe um novo ângulo de observação artístico para linkar um trabalho. A ideia é criar um signo, algo que você olhe e imediatamente pense: essa mina de Black Power é do ''Maggot Brain''.

Volto a repetir o mantra: é complicado achar um todo bem sincronizado, mas quando você acha e aprecia as notas, o baque é ainda maior. Você escuta o disco e frita de uma maneira quase conceitual. É como se você se identificasse com aquilo, da mesma maneira que o músico que está nos créditos o fez. É algo limpo e que não tenta se esconder, o groove é reto.

E se tem um registro que vai lhe atingir como um porrete, desde a capa e desnorteará sua bússola psicológica, meu amigo, esse trampo será o EP dos paraibanos do Augustine Azul. O autointitulado lançado (virtualmente) no dia 01 de julho de 2015 é extremamente fiel ao que é relatado na capa e, digo mais, se eu deixei de falar algo, desculpem-me, desde que saquei essa jam, possuo dois martelos cravados no meu cérebro. A fritação Prog-instrumental do trio é violenta.

Se teve um registro nacional que me pegou pelo pé foi esse aqui. A pegada do trio é assustadora. A bateria pesa, mas com técnica, bombeia o sangue da síncope para todos os instrumentos e mostra uma versatilidade notável, deixando claro desde a base, que o que temos aqui é uma cozinha bastante inventiva, livre e casca grossa.

O baixo de Jonathan Beltrão não caminha com a bateria de Edgard Moreira o tempo todo, ele desafia a guitarra, joga novos graves, deixa tudo mais torto e adiciona um groove bastante ácido em meio à tantas influências diversas. Insights que surgem desde o Stoner, passando pela psicodelia e um groove Funky que encerra o EP com ''Aquele Arregaço'', literalmente.

Na guitarra, João Yor fecha o pack, servindo como o norte de tudo que acontece aqui. Só que cuidado com essa frase, durante os quase 25 minutos que as notas surgem como um choque de taser, todos os instrumentos disputam espaço de maneira contundente.

Só que a fagulha que fará deste som, algo único nos seus fones, é justamente a criatividade de cada música. A diversidade de influências e a técnica crua de cada um dos envolvidos, que com um conceito muito bem definido, impressionam pela exatidão das timbragens.

Falei tanto das artes antes do texto por que você vai olhar pra essa daqui pra frente e lembrar: vish. É um trabalho marcante, seco e que define a força de um grupo que conseguiu achar um conceito e extendê-lo de forma rica sem se perder.

Aqui tem muito Blues, aquelas Hardeiras obscuras, música brasileira, ácido e no fim das contas o estrago chega com a força de um ''Mesclado'' mesmo. A química da banda é fervorosa, o baque é ''3>1'' na entrada, a pancadaria é vertiginosa e no fim parece que você vai cair, mas quando tudo ficar turvo, só verás um ''Teto Preto'' batizando jams ao vivo (a especialidade deste trio), como se a vida fosse uma eterna brisa num festival qualquer em 1900 e ''Setenta e Quatro''.

A cena underground brasileira vai muito bem (obrigado) e são grupos como esse, que além de evidenciarem o tato de nossos músicos e o alto nível das gravações made in Brazil (sem trocadilho), ressaltam ainda mais o puro néctar da música instrumental, nos provando por A + B, como é possível falar muito, sem precisar necessariamente cantar algo concreto. 

Uma bomba de estilhaços com um laço Prog para amarrar a ideia, esse é o Augustine Azul e seu EP. Depois da primeira audição parece que você saiu correndo e atravessou uma porta de vidro temperado. Que muqueta, é tão bom que até o nome do ''Nando Reis'' passa batido! (Texto: Macrocefalia Musical).
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/

Discografia

EP 2015 (2015)










Bruno Souto

























O pernambucano Bruno Souto é um veterano na cena independente nacional e um eterno aprendiz e entusiasta, assim como na vida, no território da canção. Após 10 anos como vocalista e principal compositor da banda Volver, o cantor apresenta agora seu primeiro disco solo, Estado de Nuvem. 
  
Produzido por Regis Damasceno (Cidadão Instigado e Marcelo Jeneci) e pelo próprio Bruno, Estado de Nuvem traz dez canções autorais que foram compostas ao longo dos últimos anos e capturam, em sua essência, impressões íntimas do compositor sobre suas relações num cotidiano de incertezas afetivas e existenciais. Um exemplo pode ser notado num trecho da faixa título, “Sempre digo que é pra sempre / E eu aqui nesse estado de nuvem”. O disco conta com as participações especiais de Fabio Góes, Guizado, Regis Damasceno e das cantoras Luz Marina e Julia Valiengo (Trupe Chá de Boldo). 
  
Expondo confidências e vulnerabilidades em suas canções encharcadas de uma corajosa carga emocional, Bruno Souto nos entrega versos como “Mastigo sua língua num gesto tão terno” (Dentro), “Meus olhos vão comer você” (Aurora), “E até no perder mostre o teu melhor pra mim” (Dance), “Uma faca em cada fala” (Avesso) e “Que o sol explode em gozo num verão sereno” (Eu e o Verão). Esses são apenas exemplos de sua poética inegavelmente confessional, por vezes erótica, por vezes pungente, mas sempre inspirada e inteligente. 
  
Estado de Nuvem é um disco solar sem deixar de ser melancólico. Esteticamente, as músicas abrangem um espectro diversificado de intenções, como Synth Pop, Soul, Rock, e até Reggae, e inspiradas também nas estruturas melódicas do cancioneiro pop brasileiro e da MPB. Mas não se engane: esse disco é a cara e as entranhas de Bruno Souto, um dos mais talentosos compositores da nova geração. (Texto: Site Oficial).
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/

Discografia

Estado de Nuvem (2013)








Into The Dust





































Das cinzas da banda Death/Thrash Grothesc (92- 97), o ITD (Into the Dust) surgiu do interesse de Santos e Nossat em criar músicas calcadas em elementos dos grandes mestres do som obscuro como Black Sabbath, Saint Vitus e Candlemass. 
  
Baseado na cidade do Gama, Distrito Federal, o ITD lançou duas demos-tape, “Into the Dust” (2000) e “March of Believers” (2006), que entre suas faixas já possuía duas músicas em português, demonstrando este novo direcionamento, fazer música pesada com letras totalmente em português. 
  
Após um breve hiato em suas apresentações e várias mudanças em sua formação, o trio recomeça o processo de composição em 2012, já com formação estabilizada, e lança seu EP no começo de 2014. 
Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/

Integrantes: 

Nossat - Voz e Distorção 
Santos - Graves 
Marra – Pulso 

Discografia

Into The Dust (2014) [EP]
























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