Vivemos em tempos em quê a sexualidade dos indevidos estão em voga, sendo discutida e representada nas ruas e nos plenários, muita polemica em relação a conservadores religiosos e as minorias que se sentem sem representação, ora isso no Brasil, o país mais falso moralista do mundo, bom mas não estou aqui para levantar bandeira, pelo menos agora não, estou aqui para mais uma dica de cinema, e mais uma vez um filme de produção argentina, um filme de 2007, que abordaram um tema delicado referente a sexualidade, no caso uma história de uma hermafrodita de 15 anos, um filme que certamente nos faz refletir sobre a natureza das pessoas, que não fizeram escolhas mas sim nasceram com suas respectivas condições sexuais:
XXY é um filme argentino escrito e dirigido por Lucía Puenzo, lançado em 2007. Conta a história de uma adolescente intersexual que, devido a uma doença genética apresenta características de ambos os sexos. Alex, interpretado pela atriz Inéz Efron é um hermafrodita de aspecto quase andrógeno. Tal condição dificulta a definição de sua orientação sexual, até a adolescência pelo menos.
Para proteger seu filho do preconceito os pais levam-no ainda criança para morar em uma pequena cidade do interior. No entanto, o drama do enredo se dá quando um outro adolescente se apaixona por ela, sem saber, a princípio, de sua situação especial.
O florescer da sexualidade pode ser abordado de muitas formas pelo cinema, mas este filme - co-produzido entre Espanha e Argentina - encontra uma forma única de abordar um drama desse gênero ao explorar de forma delicada como uma menina de 15 anos é capaz de enfrentar o fato de ser hermafrodita.
Alex (Inés Efron) vive num povoado de pescadores no Uruguai. Seus pais, Suli (Valeria Bertuccelli) e Kraken (Ricardo Darín, de Nove Rainhas), moravam em Buenos Aires (Argentina), mas, com o nascimento da filha hermafrodita, resolveram mudar-se para o povoado a fim de manter-se longe dos olhos preconceituosos da sociedade. A de XXY ação tem início quando Erika (Carolina Pelleritti), amiga de Suli, viaja ao Uruguai acompanhada por seu marido médico Ramiro (Germán Palácios) e o filho adolescente Alvaro (Martín Piroyansky). A visita da família tem como objetivo definir de vez o gênero de Alex: com os dois órgãos sexuais, ela tem de decidir se quer ser homem ou mulher, escolha concretizada por meio de uma cirurgia.
Ao invés de explorar o drama que envolve a protagonista por conta da escolha, XXY prefere tratar a situação de uma forma sincera e honesta, abordando os tipos de problemas que qualquer outro adolescente teria: o sexo, a vergonha em relação ao próprio corpo, a insatisfação com a vida. Claro que todos esses problemas são únicos em relação a Alex por conta de sua situação. O filme se passa muito próximo ao mar, onde existem espécies naturalmente hermafroditas, como os cavalos marinhos, como uma forma de aproximar a personagem à "normalidade".
Todos os dramas do longa são tratados de forma digna, como se os personagens sofressem sempre sozinhos. Por isso, sua boa interpretação é crucial para que o espectador emocione-se de forma quase que involuntária.XXY passa longe de qualquer tipo de sensacionalismo que o tema poderia acarretar e esse é um dos grandes méritos do filme, dirigido por Lucia Puenzo. Tudo é desenvolvido tendo como base a situação psicológica de cada personagem; por isso, são todos muito bem-desenvolvidos, com destaque para a atuação fria e contida de Ricardo Darín, que dá a densidade necessária ao seu papel.
Fonte: http://www.cineclick.com.br/
Assista o filme completo aqui:
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