Acabei de ler a 'Revolta de Atlas' de Ayn Rand, sua maior obra. Quero tentar aqui exprimir em palavras minha impressão sobre os livros. Está obra é composta por três volumes mas, não pesaria nem um pouco se ela fosse compilada em apenas um.
A Revolta de Atlas para mim, é um manifesto a razão, um romance sensacional e obra definitiva que contém todo o principio da filosofia de sua autora, Ayn Rand. Há tempos venho buscando por meio da leitura, conhecimento que me faltava, das implicações que o pensamento tido como progressista vem causando na história humana, principalmente quando sua filosofia é "colocada em prática".
O livro além de ser bem escrito, um romance cativante, que nos prende a atenção e nos leva por meio da imaginação, a quase enxergar os personagens em nossa frente, ele também é um tratado filosófico, onde por meio da ficção, descortinamos de nossa visão, todo o misticismo, todo o mau, todo aquele subjetivismo e irracionalidade praticados em nossos tempos. Tudo aquilo que confrontam o real, a razão e as coisas objetivas que a cada dia mais, são negadas por intelectuais, políticos e pessoas poderosas, que por meio de um falso altruísmo, da hipocrisia, da demagogia e da cretinice seletiva, estão destruindo o homem. Ayn Rand não só escreveu em sua obra um romance que nos faz entender o seu tempo, ela foi um tanto profética se compararmos o que ela escreveu com o nosso próprio tempo, é tão atual que assusta.
Pensando em todos assuntos polêmicos em voga na atualidade, na realidade de nosso país, nos protagonistas políticos, assuntos como direita e esquerda e principalmente o feminismo, penso que o livro seria de grande ajuda para a auto estima feminina já quê, a heroína do romance é justamente uma mulher. Dagny Taggart a protagonista do livro é uma mulher forte, determinada, dona de si, apaixonada e apaixonante, uma mulher que luta contra tudo e contra todos e se iguala aos grandes personagens masculinos, sendo muitas vezes superior aos próprios. A personagem de Dagny, e toda a sua determinação nos exita, orgulha e inspira. Muito mais do que emocionar, ensina.
Falando um pouco da autora, Ayn Rand foi uma escritora, dramaturga, roteirista e filosofa norte-americana de origem judaico-russa, mais conhecida por desenvolver um sistema filosófico chamado de Objetivismo, e por seus romances.
Nascida e educada na Rússia, Rand emigrou para os Estados Unidos em 1926. Ela trabalhou como roteirista em Hollywood, e teve uma peça produzida na Broadway, no período de 1935 a 1936.
Alcançou a fama com seu romance The Fountainhead (que foi lançado no Brasil com o título de A Nascente, e deu origem a um filme homônimo conhecido no Brasil por Vontade Indômita), publicado em 1943. Em 1957 lançou seu melhor e mais conhecido trabalho, o romance filosófico Atlas Shrugged (no Brasil, Quem É John Galt?, inicialmente lançado em 1987 e, posteriormente, relançado em 2010 como A Revolta de Atlas).
Sua filosofia e sua ficção enfatizam, sobretudo, suas noções de individualismo, autossustentação e capitalismo. Seus romances preconizam o individualismo filosófico e a livre iniciativa econômica
Ela ensinava:
Que o homem deve definir seus valores e decidir suas ações à luz da razão;
Que o indivíduo tem o direito de viver por amor a si próprio, sem ser obrigado a se sacrificar pelos outros e sem esperar que os outros se sacrifiquem por ele;
Que ninguém tem o direito de usar força física para tomar dos outros o que lhes é valioso ou de impor suas ideias sobre os outros.
Um admirador de Ayn Rand, David Nolan, organizou, em 1971, o Partido Libertário Americano, cujo programa original tinha os traços que ela mesma defendia nos anos 40. Posteriormente, ela brigou com libertários como Murray Rothbard e passou a criticar o partido pelo fato da filosofia dela ter se distanciado a da escola austríaca.
Um de seus principais pupilos foi Alan Greenspan, mais tarde presidente da Reserva Federal (o sistema de bancos centrais dos Estados Unidos).
Uma curiosidade é que, eu como um grande fã de música e principalmente apreciador de Rock and Roll fiquei feliz em saber, pesquisando sobre a autora que um dos meus bateristas prediletos e também escritor e compositor Neil Peart, da banda canadense Rush, foi influenciado pelos livros da escritora e o objetivismo, fez inúmeras referências na faixa Anthem, do álbum Fly by Night, e 2112, do álbum do mesmo nome.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Achei na internet uma resenha bem interessante em um site de administração sobre a obra de Ayn Rand, intitulada: "Alguns motivos para você ler “A Revolta de Atlas”, de Ayn Rand e resolvi transcrever aqui.
Alguns motivos para você ler “A Revolta de Atlas”, de Ayn Rand
A "Revolta de Atlas", de Ayn Rand, foi considerado o 2º livro mais influente da História. Eis outros motivos para lê-lo:
Em primeiro lugar, o livro é uma aula de empreendedorismo. Um dos eixos centrais da história traz os esforços da protagonista, Dagny Taggart, para manter as atividades da Taggart Transcontinental, a linha de trens fundada por seu avô, a despeito da falta de matéria prima, da ausência de mão de obra qualificada e do excesso de regulações provenientes de um governo absolutamente corrupto. Assim, a obra é uma lição inspiradora para aqueles que creem no poder das ideias, da inovação e do trabalho como meios para atingir o sucesso e o enriquecimento.
Eis, aliás, outro motivo para se dedicar à leitura da obra de Ayn Rand. A ambição e a busca permanente pelo êxito pessoal e profissional são mostradas como virtudes. Trata-se de um estímulo para empreendedores e empresários, tão acostumados a ser criticados por sua defesa do lucro. No livro, ao contrário, os defensores da livre iniciativa, são os heróis, reconhecidos como “o motor do mundo”, únicos capazes de criar riquezas e promover desenvolvimento para os demais.
Por outro lado, no caminho dos protagonistas, a autora coloca políticos, sindicalistas e mesmo outros empresários que buscam se locupletar a expensas do esforço alheio. Assim, outro motivo para ler a obra é análise crítica que a autora faz da forma como atuam políticos e empresários inescrupulosos, que se beneficiam de sua influência e de seus relacionamentos com os agentes do poder, fazendo com que sejam aprovadas leis que lhes são altamente vantajosas. O altruísmo, para Ayn Rand, não passa de uma desculpa para atender interesses próprios.
Como se percebe, o livro também merece ser lido pela íntima relação existente entre a narrativa e o momento político, econômico e social atual. As poucas referências temporais oferecidas por Ayn Rand, na obra, não permitem situar a história em um período cronológico específico. Dessa forma, ao passo que alguns críticos referem que o contexto econômico e político criado pela autora remonta à crise de 1929, outros não hesitam em afirmar que Ayn Rand foi não só profética, como precisa, antevendo com exatidão algumas situações que já se avizinhavam na metade do século passado.
Não parece, portanto, ter sido à toa que a The Economist e o The New York Times noticiaram que as vendas de “A Revolta de Atlas” aumentaram desde a crise Financeira de 2007. O leitor, afinal, não terá maiores dificuldades em encontrar muitas semelhanças entre o cenário descrito por Ayn Rand e o contexto atual, o que somente contribui para aumentar o interesse pela obra.
Outra grande razão para ler “A Revolta de Atlas” é a sua trama. É certo que a obra possui aproximadamente mil páginas, mas, salvo alguns diálogos excessivamente alongados e possivelmente monótonos, a leitura flui facilmente, já que a todo momento novas personagens são acrescidos ao enredo e novas reviravoltas se sucedem. É certo também que algumas passagens acabam tomando forma de textos teóricos, nos quais a autora expõe as suas ideias. No entanto, ainda que não fosse pela filosofia de Ayn Rand, que permeia toda a obra, a leitura valeria a pena exclusivamente pela história. Trata-se de um texto muito bem narrado e construído de forma que o leitor inevitavelmente se identifica com algum dos protagonistas e tem dificuldade para abandonar a leitura antes de conhecer o desfecho reservado à sua personagem favorita.
Não se trata, contudo, de um enredo fácil de ser sintetizado e, por isso, não me atreverei a fazê-lo, sob pena de causar o efeito contrário ao desejado, desmotivando o leitor que até este ponto estava se interessando pelo livro. Deixo, portanto, que o os motivos até aqui apresentados exerçam sua influência. E, se não o fizeram, tenho certeza que um dia o leitor encontrará um admirador fervoroso das ideias de Ayn Rand, que finalizará o trabalho que não logrei êxito em concluir. (Ricardo Heller, 20 de abril de 2013)
Fonte: http://www.administradores.com.br/
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