quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O ROCK INDEPENDENTE BRASILEIRO (PARTE 12)









Facção Caipira











Uma banda que toca o passado para encontrar o futuro. Pode parecer bobo, mas isso é só um pouco de toda a mistura de influencias, ritmos e nomes que descrevem o som cru, divertido e dançante da Facção Caipira. A Facção nasceu em 2009, em Niterói, composto por Jan Santoro (Voz/Resonator), Daniel Leon (Gaita), Vinicius Câmara (Baixo) e Renan Carriço (Bateria), com a simples intenção de tocar o que gosta e cantar o que quiser.

Com seu primeiro registro, um EP autointitulado com duas prensagens esgotadas que apresentou a banda ao público a partir de 2012, o quarteto alcançou várias partes do território brasileiro e acumulou prêmios em festivais de música, mirando sempre a explosão de seus shows. Essa catarse musical de suas apresentações pode ser assistida no Youtube sob os nomes Facção Caipira no Teatro Municipal de Niterói e o Ao Vivo no Circo Voador – ambos emblemáticos pela loucura do show, do público, lotação esgotada e os 80 mil views ultrapassados.














Foi em vídeo também que eles despontaram no reality show “Mais Vinícius, Por Favor”, promovido pela Multishow em homenagem ao centenário de Vinícius de Moraes em 2014, contando ainda com as bandas Baleia e Mahmundi, outros artistas requisitados no cenário independente brasileiro.

Mas o ápice do crescimento da Facção acontecerá em 2015, com o lançamento do álbum de estreia da banda. O trabalho foi gravado nos estúdios da Toca do Bandido (Maria Rita, O Rappa, Raimundos), com produção de Felipe Rodarte (Ava, Nervoso e os Calmantes, Lafayette e os Tremendões) e mixagem do nova iorquino Aaron Bastinelli, que já trabalhou com Bono (U2), Marky Ramone (Ramones), Mark Foster (Foster The People) e vários outros. O que se espera é um registro atemporal e explosivo, como uma mistura das músicas da banda e suas apresentações ao vivo.
















A Facção Caipira se destaca justamente pelo seu jeito despretensioso de fazer pop, indo ao passado para ilustrar o futuro, brincando de fazer o blues parecer menos complexo e o country mais acessível. É o rock britânico, com influência do Alabama e perfomance à brasileira.

Discografia

Homem Bom – 2015




















Fonte: Site oficial da banda
Baixe o disco gratuitamente: http://www.faccaocaipira.com.br







Dingo Bells













Quem rola a timeline do Facebook e bate o olho na imagem que estampa a capa de Maravilhas da Vida Moderna (2015, Independente), primeiro registro de estúdio da banda gaúcha Dingo Bells, talvez se espante com a sonoridade explorada no interior do trabalho. Longe do ambiente “cinza” reforçada na fotografia de Rodrigo Marroni – praticamente a capa de um álbum punk -, cada uma das composições que movimentam o disco apontam a construção do um som nitidamente pop, talvez sombrio em se tratando dos versos, mas não menos colorido. 
  
Como o próprio título indica, Maravilhas da Vida Moderna utiliza de versos fáceis para reforçar tormentos típicos de um (jovem) adulto. Músicas ancoradas em conceitos existenciais (Dinossauros), maturidade (Mistério dos 30), a necessidade de conviver em sociedade (Eu Vim Passear) e até personagens (Funcionário do Mês) que cercam o universo irônico/realista do grupo – hoje composto por Rodrigo Fischmann (voz, bateria e percussão), Diogo Brochmann (Voz, guitarra e teclados) e Felipe Kautz (voz, baixo). 














  
Cercado por diferentes colaboradores da cena de Porto Alegre – entre eles o produtor Gustavo Fruet (Chimarruts, Pública) e Felipe Zancaro (Apanhador Só) -, o debut está longe de ser encarado como um típico fragmento do “Rock Gaúcho”. Da abertura ao fechamento do disco, não é difícil perceber o movimento leve executado pela trio, sempre atento, desviando com naturalidade da sonoridade lançada por veteranos da década de 1980 (como Nenhum de Nós e Engenheiros do Hawaii), porém, ainda íntimos das melodias e canto sarcástico explorado há mais de uma década por artistas como Bidê ou Balde e Wonkavision. 
  
De fato, a explícita relação do coletivo com a música (pop) lançada no começo dos anos 2000 está longe de parecer uma “coincidência”. Mesmo entregue ao público como o primeiro álbum oficial do grupo gaúcho, Maravilhas da Vida Moderna ultrapassa com naturalidade os limites do presente cercado temporal, crescendo e dialogando como o produto final da longa trajetória da banda, em atuação há mais de uma década.















Tamanha maturidade e enorme carga de referências em nenhum momento interfere no caráter jovial que preenche a obra. Brincando com o pop na medida certa, marca que lentamente ultrapassa os limites dos versos e cresce de forma expressiva nos arranjos (elétricos e acústicos) do trabalho, o grupo sustenta com naturalidade um catálogo de 11 faixas  essencialmente pegajosas. Músicas de apelo (quase) imediato como Olhos Fechados Pro Azar e Eu vi Passar, tão íntimas do som plástico de Lulu Santos na década de 1980, como das mesmas melodias descomplicadas assumidas pela também conterrânea Video Hits em Registro Sonoro Oficial (2001).
  
Em um estrutura marcada pelo continuo equilíbrio dos versos e arranjos, cada uma das faixas carrega no bom humor uma ferramenta de rápida comunicação com o público. São versos que mesmo amargurados, como em Dinossauro – “Já nem lembro como era no começo / Quando sabia tudo o que me esperava / E acreditava ser alguém especial”, em nenhum momento tendem ao exagero típico de obras do gênero. Fragmentos líricos que poderiam ser extraídos de uma simples conversa rápida pelo WhatsApp ou mesmo pinçados de uma noite de lamúrias alcoólicas em mesa de bar. (Texto: Miojo Indie). 

Discografia

Maravilhas da Vida Moderna (2015)




















Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/









Quarto Sensorial













Desde sua formação no ano de 2007 o Quarto Sensorial (Carlos Ferreira/Guitarra, Bruno Vargas/Baixo, Martin Estevez/Bateria) mantém-se fiel a ideia de funcionar como um “laboratório sonoro”. Apesar das evidentes características de rock progressivo e jazz contemporâneo, o power trio instrumental de Porto Alegre/RS extrapola as noções de gênero e nao demonstra qualquer necessidade ou desejo de enquadrar seu trabalho em um determinado nicho – dizem-se influenciados pelo mundo ao redor. De maneira descompromissada, o grupo mostra-se livre para elaborar composições multifacetadas, redefinindo as limitações do formato guitarra-baixo-bateria por meio de diferentes ritmos, texturas e fórmulas composicionais aplicadas intuitivamente, em um método coletivo de criação. Destaque na nova e prolífica cena instrumental de Porto Alegre, o Quarto Sensorial segue mantendo seu trabalho em constante movimento, a parte de regras musicais rigidamente estabelecidas, e sem receio algum de gerar controvérsias. (Texto: Dia da Música).

Discografia

EP (2009) [EP]















A + B (2012)















Halteroniilismo (2014)




















Fonte: http://armazemdorocknacional.blogspot.com.br/







Ardil













Banda formada em Curitiba em 2013 mas, nenhum integrante nasceu em Curitiba, um é carioca, um paulista e um nascido na Italia. Se definem como um power trio com influências meio indie, meio índio, modernista. Vem com um rock forte e ainda não domesticado.














A banda toca essencialmente músicas autorais cantadas em português. Gravaram as primeiras 8 músicas e lançaram somente na Internet. 

Ardil é:
Antonio - Guitarra e voz
Osmar - Baixo
Jaron - Bateria

Conheça Ardil
https://ardil.bandcamp.com/releases
https://www.facebook.com/ardilbanda
https://www.youtube.com/channel/UCKtjsZIztcX-X8Rc-sL2KQg







Turbo














A banda já tem quase dez anos e é reconhecida pelo shows performáticos e por manter um ritmo em seu trabalho gravando e lançando novas músicas com frequência a partir de um selo próprio, o Rajada Records. A banda conta com 2 álbuns de estudio, 2 Ep's e Um Compacto.

A banda paraense de rock Turbo lançou o segundo álbum da carreira. O disco intitulado com o nome forte “Eu sou Spartacus” parece ser a própria afirmação da banda que galga cada vez mais espaço como referência no cenário musical local. O novo álbum da banda formada por Camilo Roayle (voz e guitarra), Neto B (bateria), Wilson Fujiyoshi (baixo) e Bruno Cruz (guitarra) traz a melhor receita do rock do Pará com muito barulho e refrões pops pegajosos.

Segundo o vocalista e guitarrista Camilo Royale, mesmo sem muitas pretensões o resultado final foi bem satisfatório. “Essas músicas tem cinco anos da minha vida. Eu fui fazendo o queria para que o ‘Eu Sou Spartacus’ fosse sobre vidas comuns, qualquer pessoa poderia ter vivido o que está no disco. O Turbo é uma banda muito urbana, as pessoas acham que uma banda de rock tem glamour, mas não, somos pessoas normais que pegam ônibus, que a casa enche. A última música fala sobre isso, sobre as pessoas comuns”, explicou.

















Um outro diferencial do álbum é a gravação feita na Suécia em parceria com Chips Kiesbye, que trabalhou com grupos de renome mundial como Hellacopters, Millencollin e Sahara Hotnights. A banda ficou 18 dias no local, trabalhando 12 horas por dia no estúdio Music-a-Matic, um dos mais importantes de lá. A banda também produziu um diário em vídeo que resultaram no clipe da música “Já”. A direção ficou por conta de Vanja Von Seke.

“Foi um período de muito aprendizado, trabalhar com caras que trabalham com grandes bandas. Lá eles foram perceber o quanto eram famosos, já que tem três caras de Belém do Pará disseram que queriam gravar com eles. Eles disseram borá lá fazer essa história o produtor e o engenheiro de som. Até hoje gente sempre se fala”, relembra Royale.

Para o vocalista, este é um dos momentos mais profícuos do rock paraense com o surgimento de novas bandas e, ao mesmo tempo, com o fortalecimento do cenário musical através de uma rede de ajuda entre as bandas mais consolidadas. “Eu gosto do momento e espero que venham mais e mais bandas que tenham prazer de se divertir”, diz. “Temos a sorte de morar em uma cidade em que as pessoas ainda se ajudam. Tem cidades que não são mais assim. Belém é uma cidade legal pelo fato da gente estar longe tendo algo que é especial, porque não liga tanto para os modismos”, complementa.

















No site oficial da banda (www.turbooficial.com) as pessoas podem encontrar todas as faixas do álbum “Eu Sou Spartacus” para ouvir ou baixar gratuitamente e ainda ver o clipe da música “Já” presente no álbum. 

Discografia

2006 - Turbo














2015 - Eu Sou Spartacus




















Fontes: http://rocknacionaldownloadsbr.blogspot.com.br/ e http://www.ormnews.com.br/

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